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INCLUSÃO ESCOLAR E AS INFLUÊNCIAS DO LÚDICO PARA A EDUCAÇÃO ESPECIAL

Por:   •  19/11/2018  •  5.260 Palavras (22 Páginas)  •  458 Visualizações

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A justificativa para elaboração e execução do estudo fez-se necessária pelo fato de perceber que ainda existe na sociedade em geral, nas escolas e nas próprias famílias preconceito e discriminação em relação ao cidadão com necessidades especiais frequentar a escola regular.

O estudo tem como objetivo analisar e compreender a perspectiva dos professores em relação à utilização da atividade lúdica para o processo ensino/aprendizagem e para o desenvolvimento de crianças portadoras de deficiência e como ela contribui para a inclusão escolar.

Considerando, a Escola Especial é a escola que todo aluno deveria ter. É a escola que considera cada pessoa um caso muito especial, e suas potencialidades para poder proporcionar estímulo ao seu desenvolvimento e melhores oportunidades de aprendizagem e integração social.

2. CONCEITO DE INCLUSÃO ESCOLAR E EDUCAÇÃO ESPECIAL

2.1 INCLUSÃO ESCOLAR

Incluir significa colocar algo dentro de outro espaço ou lugar.

Inclusão é fazer parte da sociedade, conviver com o outro, ter a oportunidade de estar em um espaço comum a todos e não ser excluído, não ser olhado de forma diferente. O sujeito só está incluído quando ele sente-se bem naquele ambiente, quando ele participa das atividades com as pessoas ditas “normais”, quando ocorre a interação de todos independente das limitações que apresentem. É respeitar e aceitar o sujeito e vê-lo como um cidadão na sociedade que tem direitos como qualquer outro.

Na inclusão escolar é necessário reconhecer que todas as crianças são diferentes e é preciso respeitar as diferenças, para responder as mais diversas necessidades, capacidades e níveis de desenvolvimento individual.

Educação inclusiva é o processo que garante a matrícula de todas as crianças, portadoras ou não de necessidades educacionais especiais, na rede regular de ensino.

A educação inclusiva possibilita o acesso de todos os alunos na rede regular de ensino. Portanto, a sala de aula é o lugar que se deve lidar com a diversidade, ou seja, com as diferenças: rico/pobre, branco/negro, deficiente ou não.

Para Ferreira (2005), a inclusão escolar é:

Justamente garantir o acesso e a permanência do aluno na escola, seguida do mais pleno desenvolvimento escolar de todos os alunos, em um espaço de relações educacionais que valorize a diversidade como riqueza humana e cultural. (FERREIRA, 2005, p.65).

A Declaração de Salamanca (1994) afirma o compromisso em prol da educação para todos em escolas regulares garantindo a qualidade do atendimento prestado, ou seja, buscar educar todas as crianças independentes das diferenças.

A Declaração de Salamanca (1994) propõe que:

“as crianças e jovens com necessidades educativas especiais devem ter acesso às escolas regulares, que a elas devem se adequar [...]”, pois tais escolas “constituem os meios mais capazes para combater as atitudes discriminatórias, construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educação para todos” (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994, p. 8-9).

Frente a esse compromisso, foi natural que profissionais se mobilizassem a fim de promover o objetivo da Educação para Todos, examinando as mudanças fundamentais e políticas necessárias para desenvolver a abordagem da Educação Inclusiva, nomeadamente, capacitando as escolas para atender todas as crianças, sobretudo as que têm necessidades educativas especiais (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994).

Sendo assim, inclusão escolar não é somente matricular e manter o aluno na escola, mas também provê-lo de um ambiente onde de fato possa se desenvolver plenamente.

Na visão de Mantoan (2003), inclusão escolar é:

Todos os alunos, sem exceção, devem frequentar às salas de aula do ensino regular, e quando aborda a questão dos alunos que fracassam em suas salas de aula diz que “a inclusão implica uma mudança de perspectiva educacional” (2003, p. 19), atingindo não somente os alunos com deficiência, mas todos os demais, com o objetivo de alcançarem sucesso em sua vida escolar. (MANTOAN, 2003, p. 19).

Mantoan (1996, p. 17) sugere a inclusão como forma de inovação da escola, “[...] a Inclusão não prevê a utilização de métodos e técnicas de ensino específicas para esta ou aquela deficiência. Os alunos aprendem até o limite em que conseguem chegar”.

Para Mantoan (1996) “Inclusão é o privilégio de conviver com as diferenças”. É a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós. A educação inclusiva a colhe a todas as pessoas, sem exceção. É para o estudante com deficiência física, para os que têm comprometimento mental, para os superdotados, para todas as minorias e para a criança quer é discriminada por qualquer motivo.

Inclusão é fazer do aluno que tem alguma limitação se sentir incluído, participando ativamente das atividades propostas, contribuindo para que ocorra a socialização dos sujeitos através da ludicidade e também da inserção do aluno especial na escola. Nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), pág. 47, diz que “é fundamental que o aluno se sinta valorizado e acolhido em todos os momentos de sua escolaridade ”.

2.2 EDUCAÇÃO ESPECIAL

Educação Especial é uma modalidade da educação escolar que realiza o atendimento educacional especializado definido por uma proposta pedagógica que assegura recursos e serviços especializados para apoiar o processo de escolarização. Fundamenta-se na concepção de direitos humanos, para além da igualdade de oportunidades e define-se pela garantia do direito de todos à educação e pela valorização das diferenças sociais, culturais, étnicas, raciais, sexuais, físicas, intelectuais, emocionais, lingüísticas e outras.

Para Silva, 2010,

A educação especial é uma área de conhecimento e também uma modalidade de ensino que tem como objetivo o desenvolvimento de práticas e estratégias pedagógicas voltadas para os alunos com necessidades educacionais especiais (SILVA, 2010, p. ix).

Conforme a Resolução CNE/CEB N°2 de 11 de setembro de 2001 estabelece em seu artigo 5º, alunos com “Necessidades Educacionais Especiais” são aqueles que apresentam durante o processo educacional:

I - dificuldades

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