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O psicólogo escolar e a alfabetização – Filme “Como estrelas na terra, toda criança é especial”.

Por:   •  17/8/2018  •  1.584 Palavras (7 Páginas)  •  350 Visualizações

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A dislexia, disgrafia, disortográficas e o TDAH são considerados distúrbios de aprendizagem, que estão envolvidos no processo de alfabetização. Atualmente, esses “distúrbios” são apresentados com frequência nas escolas. Distúrbios, que por sinal, é uma palavra equivocada para expressar tal situação, visto que estas são apenas dificuldades na aprendizagem. A partir disso o professor pode investigar as condições deste aluno, identificar a dificuldade dele e contribuir para que possa superar tal dificuldade. Segundo Tuleski e Chaves (2012) os professores precisam contextualizar e compreender as circunstâncias que produzem os problemas em leitura/escrita, para que assim possam elaborar procedimentos didáticos que conduzam à superação do problema encontrado, também é preciso tirar a responsabilidade do aluno de não saber ler e escrever, assim como o professor de Ishaam fez, olhou para ele de forma ampla, percebeu que o menino possuía habilidades como: memória, habilidade motora, noção de tempo e espaço, criatividade, entre outros. A partir do momento em que o professor entendeu o que acontecia com Ishaam pensou em medidas que poderiam aliviar seu sofrimento. O professor usou todas as habilidades possíveis de Ishaam para que o mesmo pudesse se desenvolver, usou diferentes métodos para que pudesse ocorrer à aprendizagem, como vimos no filme o professor através da arte possibilitou a aprendizagem, pois Ishaam desenhava e pintava muito bem, usou areia, massinha de modelar, gravetos, usou até o ambiente da escola fazendo brincadeiras na escada para que ele pudesse somar e subtrair os degraus, também o motivou dizendo que muito dos grandes pintores e físicos também possuíam dificuldades, assim não sendo o único no mundo. Sua dificuldade não o limitava, seu conhecimento promoveu a superação da sua dificuldade (BRECHT apud TULESKI, CHAVES, 2012).

A atenção de Ishaam foi sendo desenvolvida à medida que ia aprendendo, pois antes disso se atentava para aquilo que fazia parte do seu mundinho, o que ele entendia e achava interessante. Neste filme o professor apresentou algumas atitudes que um psicólogo institucional faria, pois este possibilita que os professores desenvolvam um olhar diferente para seus alunos, faz com que os valores sejam pensados, podem informar como o processo de aprendizagem ocorre e a partir disso ajuda os professores a pensarem em formas diferentes de ensinar, assim promovendo uma intervenção escolar. Primeiramente investigam o ambiente no qual estão, para assim fazer um diagnóstico e em seguida pensar em medidas preventivas. O psicólogo neste caso podia fazer com que a escola valorizasse mais as diversas formas de pensamento e as inteligências múltiplas, incentivar seus alunos a criarem coisas novas e favorecer o potencial individual de cada um, também fazer com que a escola pensasse em avaliações adequadas para as diversas habilidades humanas, pois a vida não se limita apenas a raciocínios verbais e lógicos. A presença do psicólogo escolar é imprescindível para o desenvolvimento dos alunos, pois ele estará lá para que os alunos não sejam despercebidos como Ishaam foi.

Sabemos que a subjetividade é formada a partir da interação, experiências, vivências, enraizamento da cultura, assim nos permitindo possuir modos de pensar, agir, de ser, entre outros. O professor ao identificar a dislexia de Ishaam começou a entender o seu mundinho (subjetividade) e a partir disso descobriu habilidades que possibilitaram a superação de suas dificuldades. Pode-se observar que a partir do momento que Ishaam é compreendido, motivado e pode ser quem ele realmente é sua subjetividade começa se modificar, o menino passa a se expressar mais com os outros e a interagir, começa a falar mais, começa a ser realmente feliz do jeito que é. O papel deste professor foi de tocar o coração de Ishaam e fazê-lo sentir-se verdadeiramente vivo. É isso que professores junto com psicólogos devem fazer: permitir que o aluno possa ser ele mesmo.

Referências

MASSI, G. A Desconstrução do Conceito Dislexia: Conflito Entre Verdades. 2011. Disponível em: acesso em: 02 Novembro de 2016.

MOYSÉS, M; COLLARES, C. O Lado Escuro da Dislexia e do TDAH, 2009. Disponível em: >acesso em: 04 Novembro de 2016.

RABELLO, E; PASSOS, J. Vygotsky e o desenvolvimento humano. Disponível em:http://www.josesilveira.com/artigos/vygotsky.pdf> acesso em: 01 Novembro de 2016.

TULESKI, S. C. ; CHAVES, M. Ler e escrever: da necessidade de ensinar e em defesa da superação das visões organicistas das dislexias, disgrafias e disortografias. In: FACCI, M. G. D. ; MEIRA, M. E. M. ; TULESKI, S. C. A exclusão dos “incluídos” – uma crítica da psicologia da educação à patologização e medicalização dos processo educativos. pp. 187-210. Maringá, PR: EDUEM, 2012.

VIGOTSKI, L. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

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