Formação de Diretor
Por: Kleber.Oliveira • 3/1/2018 • 1.832 Palavras (8 Páginas) • 327 Visualizações
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O envolvimento dos docentes e funcionários foi intensificado o que ocasionou visível produtividade dos educandos e consequentemente menos problemas de indisciplina.
A unidade fortaleceu o trabalho desenvolvido no Programa Mais Educação, estendendo suas aulas para a comunidade.
com coral de alunos e este realizou diversas apresentações na região. Aulas de violão foram estendidas á comunidade e realizou-se uma audiência pública com presença do vereador Eliseu Gabriel e autoridades locais com o objetivo de solicitar sinalização próxima a escola, limpeza e acessibilidade.
Diante do relatado, ficou claro ao grupo gestor a importância do conhecimento prévio de questões subjetivas e práticas pertinentes ao cargo de Diretor de Escola. Os desafios foram vencidos por meio de troca de experiência com outros diretores, esclarecimento de dúvidas junto aos setores da Diretoria Regional de Educação de Guaianases e devido á experiência prévia de mantenedora e diretora em instituição particular bem como coordenadora na rede municipal.
Diretor de Escola
A importância do preparo e atualização de conhecimentos para o exercício do cargo
Valéria Ferraz Monteiro de Oliveira
O que escrevo nasce de meu próprio amadurecimento, um trajeto de altos e baixos, pontos luminosos e zonas de sombra. Nesse curso entendi que a vida não tece apenas uma teia de perdas, mas nos proporciona uma sucessão de ganhos. O equilíbrio da balança depende muito do que soubermos ou quisermos enxergar
(Lia Luft em sua obra Perdas e Ganhos – 2005, p-14)
Introdução
Como Coordenadora Pedagógica da rede municipal de São Paulo desde 2010 e da EMEF Conj. Hab. Barro Branco II-C de 2011 á 2014 iniciei o percurso da gestão escolar na rede pública. Em 2015 a oportunidade de assumir o cargo vago de Diretor de Escola na mesma unidade educacional permitiu que esse horizonte se alargasse e que a função dessa figura tão importante para a instituição escolar fosse alvo de reflexão.
Ao assumir a direção da unidade deparei-me com segmentos que precisavam ser resgatados no âmago de sua importância e funcionalidade para uma gestão escolar compartilhada, democrática e de qualidade, em especial, os colegiados escolares: conselho de escola e APM. As parcerias da escola com as empresas terceirizadas, prestadores de serviço, transporte e comunidade escolar também se encontravam estremecidas e funcionavam sob desconfiança mútua, afetando diretamente a qualidade de funcionamento da unidade escolar.
Diante do difícil cenário encontrado, passamos a refletir e agir por meio de ações que fortalecesse a gestão compartilhada e democrática, procuramos dar um novo significado ao conselho de escola e APM, passamos a desenvolver diferentes tipos de formação com as equipes terceirizadas, com os parceiros da escola, assim como todo quadro de funcionários que desenvolvem diferentes funções no ambiente escolar, sempre procurando alcançar o mesmo objetivo, melhorar a qualidade social da educação por meio de uma gestão compartilhada e democrática.
Chegamos hoje, 2016, com muitos problemas do início da gestão superados (muitos ainda a serem superados), com muitas conquistas, com uma visível e reconhecida melhoria da qualidade da escola, tanto em seus aspectos de infraestrutura como em seus aspectos didático-pedagogico, que envolvem a aprendizagem de nossos alunos.
Nossos desafios e experiências ao longo dessa trajetória sempre foram para a gestão escolar objeto de muitos questionamentos e reflexões sobre a formação necessária para o cargo de Diretor de Escola, suas qualidades acadêmica e capacidades práticas para mediar os diferentes conflitos presentes em uma unidade escolar.
Nossa experiência, assim como o relato de outros ingressantes no cargo de Diretor de Escola apontam para a necessidade do preparo prévio para exercício do cargo visto a singularidade do mesmo e o que implicitamente produz uma administração escolar compartilhada e democrática, realizada com seriedade, comprometimento e certeza dos objetivos que necessitam ser alcançados por uma unidade escolar.
Justificativa
A escola ocupa na sociedade moderna papel de importância fundamental na formação de crianças, adolescentes e jovens. Cabe a ela a maior parte do trabalho de socialização, apropriação de conhecimento e aprimoramento da ética social. Sua função e apresentação no mundo atual é foco de intensas discussões, críticas e investimentos, sendo consenso da maioria dos indivíduos adultos que uma boa escola muito contribui para o avanço do local onde está inserida.
Desta forma, os profissionais que nela trabalham e a ela dedicam seu fazer diário possuem grande relevância para que os objetivos esperados sejam alcançados. Dentre estes profissionais, observa-se o papel desempenhado pelo Diretor de Escola.
Ao diretor cabe articular todos os segmentos que compõem a unidade escolar a fim de que o coletivo de profissionais juntamente com alunos, pais e comunidade construam um Projeto Político Pedagógico efetivo que contribua para a aprendizagem significativa e cidadã de seus educandos.
Em algumas publicações pedagógicas a figura do Diretor de Escola é comparada ao maestro de uma orquestra, pois apesar dos músicos possuírem conhecimento musical e terem diante de si a partitura faz-se necessário o maestro para unificar o conjunto de intérpretes em uma única expressão.
“É possível fazer uma comparação entre o trabalho de um maestro e o de um diretor de escola. Ambos são líderes e regem uma equipe. O primeiro segue a partitura e é responsável pelo andamento e pela dinâmica da música. O segundo administra leis e normas e cuida da dinâmica escolar. Os dois servem ao público, mas a platéia do "regente-diretor" não se restringe a bater palmas ou vaiar. Ela é formada por uma comunidade que participa da cena educacional.” (Paro, 2014).
Diante da importância deste profissional para o cotidiano escolar observa-se a necessidade de investir na formação teórica e pratica antes do início do exercício do cargo.
A formação inicial acadêmica em sua maioria aborda as questões conceituais inerentes a gestão escolar, mas as sutilezas que envolvem o organismo vivo chamado “Escola” exige percepções, articulações e interações que a academia não consegue mensurar.
Sendo
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