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FORMAÇÃO DE LEITORES

Por:   •  29/10/2018  •  1.604 Palavras (7 Páginas)  •  271 Visualizações

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Sob esta questão Silva (1997, p.106) comenta que:

Sem o bibliotecário, com os seus conhecimentos organizacionais e de orientação, o espaço dos livros torna-se altamente caótico e tende a perecer rapidamente. Sem livros, o espaço torna-se inútil. Sem usuário, o espaço da biblioteca não se dinamiza, perde o seu valor e morre.

Esses três elementos (bibliotecários, livros e usuários) são de fundamental importância

para existência de uma biblioteca, mas, infelizmente nem sempre podemos contar com isso, pois em muitos casos têm-se os livros, leitores e não o bibliotecário, em outros casos os livros são insuficientes ou desatualizadas sendo assim as realidades no que diz respeito à biblioteca são múltiplas.

Atualmente vimo nos diante de uma desvalorização do hábito de ler. Podemos perceber ao entrar nas bibliotecas escolares onde encontramos somente livros antigos ou recebidos do governo federal. As bibliotecas escolares carecem de nova estrutura, de novos incentivos. A escola e o professor que valoriza a leitura, que sabe que ela é responsável pela maior parte do desenvolvimento psíquico da criança devem valorizar a biblioteca de sua escola contribuindo para o crescimento e inovação da mesma. Criança gosta de ler, mas ler qualquer coisa não desperta aprendizagem.

Segundo Jolibert (1994, p.149):

Toda leitura é um questionamento de texto, isto é, uma elaboração ativa de significado feita pelo leitor a partir de indícios diversos, de acordo com o que está procurando num texto para responder a um de seus projetos.

4. A MÍDIA E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A FORMAÇÃO DE LEITORES

Sabemos que a mídia está cada vez mais dominando o mundo, mas não há nada que substitui uma boa leitura, o contato com um bom livro, o contato físico com este. Hoje há muita preocupação se o envolvimento de crianças e adolescentes com a mídia está sendo promisso ou não. Não podemos deixar de preocupar com o assunto, mas sabemos que o uso moderado e responsável faz a aprendizagem crescer, faz desenvolver a leitura e o psíquico e o que atrapalha é o exagero.

A mídia representa um campo autônomo do conhecimento que deve ser estudado e ensinado às crianças da mesma forma que estudamos e ensinamos a literatura, por exemplo. A integração da mídia à escola tem necessariamente de ser realizada nestes dois níveis: enquanto objeto de estudo, fornecendo às crianças e aos adolescentes os meios de dominar esta nova linguagem; e enquanto instrumentos pedagógicos, fornecendo aos professores suportes altamente eficazes para a melhoria da qualidade do ensino, porque adaptados ao universo infantil. (Belloni, 1991, p. 41).

5. POLÍTICAS PÚBLICAS NA FORMAÇÃO DE LEITORES

Existem ainda muito equívocos quando se trata da leitura e da formação de leitores. Os interesses continuam como acontece desde 1937, com a criação do INL [Instituto Nacional do Livro], voltados para o fomento de políticas do livro. Infelizmente não é apenas com livros que se fazem leitores. O investimento na formação de mediadores, de agentes de leitura e de professores ainda é insignificante, considerando a dimensão e as necessidades do País.

As pesquisas mostram que os brasileiros podem até saber da existência de uma biblioteca na sua cidade e dizer que o acesso a ela é fácil, mas isso não os anima a entrar e permanecer nesse espaço Segundo a diretora da FBN, o brasileiro costuma não se sentir à vontade nos espaços culturais à sua disposição. Não entra em museus, em centros culturais, e, portanto, em bibliotecas. Para ela, esse é um dado cultural a ser alterado, que depende, sobretudo, da mudança do conceito de biblioteca. Devemos criar políticas públicas não somente para adquirir produtos e equipamentos mas de incentivo a leitura e a cultura.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Podemos salientar que todas as intitulações discorridas são responsáveis pela formação eficaz de um bom leitor. Devemos nos ater que não somente a criança é responsável pelo seu fracasso ou sucesso na leitura porque grande parte dos profissionais não gostam de ler, lêem o que é preciso.

Diante do crescimento acelerado das novas tecnologias de comunicação e informação, faz-se cada vez mais necessária a formação de leitores críticos que sejam capazes de ler e compreender o que lêem para que possam compreender melhor o mundo e sua própria realidade. É preciso, também, preocuparmo-nos com a formação do professor no que compete a leitura crítica, por entender-se que muitos desses profissionais não gostam de ler e/ou não cultivam este hábito e por isso não desenvolvem práticas de leituras eficientes em suas salas de aulas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BELLONI, M.L. Educação para a mídia: missão urgente da escola.

Co-municação & Sociedade, São Bernardo do Campo, v. 10, n. 17, p. 36-46,ago. 1991.

BOSSA, DRA. N. A. "Do nascimento ao inicio da Vida Escolar: o que fazer para os filhos darem certo ?" in Revista Psicopedagogia. Vol. 17, São Paulo, Salesianas 1998.

JOLIBERT, Josette. Formando crianças leitoras. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.

SISTEMA

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