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Discussão Sobre o Projeto “A Magia dos Contos”

Por:   •  4/1/2018  •  1.661 Palavras (7 Páginas)  •  354 Visualizações

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Também nesta observação haviam muitas crianças realizando adaptações ao espaço da escola e foi notado que a professora possuyi dificuldade em lidar com situações de choro e afastamento da mãe. Apartir dos relatos verificamos que nesta escola as crianças não possuem uma rotina pré estabelecida e que diante do que vai surgindo a professora realiza algo e que muitas vezes não atende a necessidade do grupo.

Na outra instituição particular a professora atendia um grupo entre quatro e cinco anos, nesta o trabalho está voltado para datas comemorativas e execução das atividades de forma mecânica, foi observada que atividade oferecida nada tinha a ver com a orientação da aula. Na salinha tinha cartazes da rotina ,mas em nenhum momento a professora fez referencia a eles.

Em ambas a hora do soninho era obrigatório e as professoras faziam muita pressão para que todos dormissem.

Diante destas duas escolas podemos contatar que tais instituições estão com uma forte inclinação a tendência tradicional, onde existe uma preocupação excessiva em exercícios e repetição de conceitos e memorização. A realidade e os aspectos subjetivos do aluno não são levados em conta.

Nosso grupo a partir das observações ficou o questionamento: “ É valido a hora do soninho obrigatório?”

Estes questionamentos fizeram com que pesquisássemos sobre este aspecto relacionado a rotina.

Segundo Maria Carmem Barbosa e Maria da Graça Horn, em seu livro “ Organização do Espaço do tempo na Educação infantil” , o professor deve prever momentos diferenciados que não serão o mesmo para todas as crianças, é fundamental levar em consideração.

As necessidades biológicas, como as relacionadas ao soninho e alimentação , a higiene e a sua faixa etária que ser refere as diferenças individuais, como o tempo e o ritmo de cada um, as necessidades sociais e históricas que dizem respeito a cultura e ao estilo de vida.

Com isso percebemos que dentro de uma proposta que busca incentivar a autonomia e o livre arbítrio, a criança pode realizar outras atividade neste momento e não ser obrigada a repousar.

O sono deve ser um momento tranquilo e não algo imposto pelo professor.

Texto sobre a entrevista de Pedro Demo “A criança é um grande pesquisador”

Pedro Demo em sua entrevista destaca que o aluno que se diferencia é o aluno que pesquisa, que então será um parceiro no processo de ensino aprendizado e não um dominado.A pesquisa é uma bela maneira de formar , de educar, e desta forma saber lidar com o conhecimento

A criança é extremamente curiosa e atenta ao mundo que a cerca portanto , cabe ao professor estimular a pesquisa e criar um ambiente positivo, além claro de proporcionar o trabalho em grupo, pois é através das trocas que se dá a problematização e as hipóteses a serem pesquisadas.

Pedro Demo defende a ideia do reconstrutivismo, pois partimos do que já existe em propostas educacionais para refazermos e reformula-las. Para ele o aluno deve ser o autor de sua própria história, fazendo da pesquisa sua mola mestre, dentro desta proposta o educador tem papel fundamental em orientar, aproveitar as potencialidades naturais, pois desde criança queremos conhecer, aprender e inventar. Também cabe a ele estimular o educando para que realize tais pesquisas e questionamentos, tornando-se agende de mudança da sociedade. Para ele teoria e pratica deveriam estar juntas para que desde o inicio , onde o aluno possa exercitar seus conhecimentos teóricos.

“A base da educação escolar é a pesquisa não a aula. A pesquisa deve ser atitude cotidiana no professor e no aluno.” Pedro Demo

Considerações finais

Em nossas observações em campo ressaltamos que, de fato não dá para o educador passar despercebido às exigências necessárias ao ato de saber ensinar, que se dá na mediação desse educador com os conteúdos com os educandos, que deverão apreendê-los para que, assim, possam dar significados concretos midiatizados pelo mundo, como sujeitos histórico-sociais. É a prática educativa bem sucedida do professor que conduz o aluno, direcionando-o pela trajetória de um processo, no qual construirá seus conhecimentos com base na sua reestruturação psico-cognitiva e social.

Ensinar exige criticidade e ética, pesquisa, humildade, tolerância, segurança do que se fala competência profissional, generosidade e compreender que a educação é uma forma de intervenção no mundo, liberdade de autoridade, querer bem ao educando e disponibilidade para o diálogo. Mas, antes de tudo, ensinar exige dos educadores saber escutar.

Para ensinar é necessário um envolvimento maior com a prática pedagógica, que deve ir muito além do que ensinar o que os sistemas de ensino estabelecem nas grades curriculares. Porém, acima de tudo, o educador deve ensinar o que os alunos precisam saber, enquanto sujeitos situados em um determinado momento histórico, buscando assim, despertar neles a consciência política e cidadã.

O professor deve, sem dúvida, ter apreciação a afeto por seus alunos, sem esquecer que é educador. É preciso haver um entrosamento entre o ser profissional e o sentido de responsabilidade de cada educador para com a profissão que exerce, respeitando sempre os saberes que os discentes trazem como algo próprio da sua realidade.

A prática de ensinar deve ser subsidiada pela reflexão-ação-reflexão, a fim de que o educador possa reinventá-la, tendo como sujeito principal o discente e seus interesses, bem como, ter em vista a realidade na qual atua, de modo a adequar suas práticas e seus saberes conforme este contexto. Dessa forma, este educador estará dando condições para que o discente possa construir conhecimentos, a partir do processo de ensino-aprendizagem, e que tais conhecimentos façam sentido à vida prática deste, podendo assim, intervir como cidadão na sociedade que ai se apresenta.

Portanto, os saberes necessários à pratica docente são indispensáveis a vida do educador, de forma que este possa desempenhar um trabalho, a partir de uma práxis educativa comprometida com o saber-fazer docente. E esta práxis requer o exercício diário sobre a ação docente em que atua, levando-o a trilhar por caminhos que visualizem o ensino como um trabalho coletivo e integrado à vida da escola.

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