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Conversa com Quem Gosta de Ensinar

Por:   •  12/3/2018  •  14.148 Palavras (57 Páginas)  •  345 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O presente estudo monográfico objetiva avaliar quanto à importância dos jogos no desenvolvimento cognitivo dos educando.

Recomendamos os jogos não apenas com a intenção de que o educando aprenda jogar, mas sim como maneira de se conseguir objetivos mais amplos na educação, contribuindo e enriquecendo o desenvolvimento intelectual afetivo e moral.

O educando que brinca, joga, cria e inventa mantém-se em equilíbrio com o mundo.

Encontra-se no jogo uma forma mais dinâmica e atraente de estudar com novas técnicas e estratégias.

O objetivo é, portanto ressaltar a importância do jogo na sala de aula, como necessidade no processo de alfabetização.

Os jogos fazem o aluno pensar e constitui um excelente meio didático pedagógico, quando bem escolhidos, podendo ser modificados na forma e nas regras, de acordo com o tema visando um redimensionamento do processo ensino aprendizagem.

A pesquisa procura assim contribuir para que os profissionais que atuam na educação infantil compreendam a necessidade de melhorar o processo ensino-aprendizagem, buscando novas metodologias educacionais para auxiliá-los, atendendo as necessidades básicas da criança que é o desenvolvimento integral de forma lúdica, prazerosa e criativa.

O presente trabalho será desenvolvido dentro de uma abordagem qualitativa, procurando captar a situação em toda a sua extensão. A metodologia da pesquisa se embasa em princípios dialéticos, pois pretende ser um estudo questionador que exige constante reexame da teoria e a critica da prática, visando à mudança.

Com o objetivo de compreender a importância do brincar no processo de desenvolvimento integral da criança estruturamos a pesquisa em cinco capítulos sendo que o 1 capítulo constitui-se em um estudo sobre jogos e brincadeiras: uma incursão histórica.

Desde o nascimento e durante toda a infância, a criança age e se relaciona com o ambiente físico e social. Assim constrói seu conhecimento sobre a realidade que a rodeia e que pode ir se percebendo como individuo único entre outros indivíduos. A cada momento desse processo de conhecimento se utiliza de instrumentos diferentes e sempre adequados às suas condições cognitivas.

No segundo capítulo O Brinquedo e o jogo no processo educativo. Ao brincar e ao jogar a criança constrói o conhecimento. E para isso, uma das qualidades mais importantes do jogo e do brinquedo é a confiança que a criança tem quanto à própria capacidade de encontrar soluções. Pois através da brincadeira e do jogo que a criança constrói laços de amizade, afetividade e socialização de culturas e conhecimento.

No terceiro capítulo denominado: O papel do jogo e da brincadeira no desenvolvimento. Corpo, movimento e ludicidade. Uma contribuição ao processo de alfabetização que busca a valorização da criança e sua cidadania.

O quinto capitulo apresenta práticas pedagógicas relativas ao brincar. Brincando, as crianças recriam o mundo, refazem os fatos, não para mudá-los simplesmente ou para contestá-los, mas para adequá-los à capacidade de assimilação, aos filtros de compreensão. E aí existem dois tipos de filtros: o cognitivo e o afetivo. Algo pode caber no cognitivo, mas não no afetivo. O brinquedo e o jogo facilitam o transito do cognitivo para o afetivo.

A importância de estudos na área do lúdico se revela quando, a partir deles e dentro do contexto cultural, é preciso investigar de modo claro e apurado a participação do jogo e brincadeiras no desenvolvimento infantil.

Sabemos que na Educação atual, há muitas interrogações sobre o valor dos conteúdos, ou seja, se aquilo que nos é ensinado vale ou não vale a pena aprender. E quando o educador deseja encaixar atividades lúdicas na escola a fim de melhorar a aprendizagem e, mudar os métodos quer ou não é proveitosos, ele deve definir certos objetivos.

Educar é um ato de coragem e ousadia. Só poderemos reconhecer uma criança se, nela, reconhecermos um pouco da criança que fomos e que de certa forma, ainda existe em nós. Provavelmente, tivemos medos, aventuras, birras, alegrias e frustrações, e tudo isso uma criança vive em nossos dias. A sociedade que não cuida de criança é uma sociedade sem passado, sem história.

CAPÍTULO I

1. JOGOS E BRINCADEIRAS: UMA INCURSÃO HISTÓRICA

1.1 Origem e Evolução dos Jogos e Brincadeiras.

Já na Antigüidade o brincar era uma atividade das crianças e dos adultos, pois desde os primórdios da civilização as crianças participavam das festividades e jogos dos adultos, tendo ao mesmo tempo um ambiente à parte para os jogos infantis.

Nessa época a brincadeira era considerada como elemento da cultura, uma representação da vida real.

Todos os elementos do grupo participavam da brincadeira, pois era considerado um

As crianças imitavam as atividades e os instrumentos usados pelos pais, o que contribuía para a sua formação, era uma visível atividade utilitária.

A brincadeira perdeu os laços comunitários, tornando-se mais individual, com o progresso e a mudança de hábito devido à evolução da humanidade, quando o brincar sofreu modificações radicais.

A industrialização, o processo de urbanização e a poderosa influencia da TV, modificou profundamente a relação da criança com o brinquedo.

“Eu sabia muito bem que com um pau não se pode matar um pássaro, nem mesmo deflagrar qualquer tiro”... se agente começasse a pensar desse modo, então não se deveria mais andar a cavalo nas cadeiras. E entre tanto o próprio volúpia haveria de recordar muito bem que durante os compridos serões de inverno nós cobríamos uma poltrona com xales e transformávamos em carruagem. Um fazia de cocheiro, o outro de lacaio, e as meninas ficavam no meio: as três cadeiras eram tróica de cavalos, e nos púnhamos a caminho.

E que aventuras nos aconteciam nessa viagem imaginária! E com que rapidez se passava os longos e alegres serões de inverno! Se enxergar tudo com os olhos da razão, já não é possível brincar. E se não s brinca, que nos resta, então. (LEON TOLSTOI)

As

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