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CURSO DE PEDAGOGIA/PARFOR/UEA ORIENTAÇÕES PARA O ESTÁGIO

Por:   •  13/6/2018  •  9.038 Palavras (37 Páginas)  •  304 Visualizações

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Considerando esta perspectiva e para facilitar o processo de reflexão sobre a própria prática, sugerimos iniciar pela investigação dos “[...] fundamentos epistemológicos, filosóficos e históricos da prática de ensino [...]”, como sugere Lima (2009, p. 2)[2], assim como a adoção de instrumentos de coleta de dados, como a observação, entrevista e as narrativas da história de vida (prática docente).

Deste modo, o estágio tem início com breve discussão da fundamentação teórica sobre o ensino fundamental e se amplia com a prática e sua análise, tendo como atividades:

- A observação da realidade - momento em que devem ser registrados em caderno de campo todos os eventos, fatos ou atividades desenvolvidas na escola pelos atores que a organizam, que promovem o processo de ensino-aprendizagem ou destes são sujeitos, no caso, as crianças;

- Organização e interpretação de dados obtidos pela observação, de modo a compor um diagnóstico da realidade escolar. Esta organização dará origem ao relatório de estágio;

- Elaboração e execução de um Projeto de aprendizagem a partir do diagnóstico da realidade e com o objetivo de tratar de um tema que pode se traduzir na abordagem de um problema, reelaborando práticas pedagógicas ou despertando para a mudança de comportamentos.

Este também pode ser elaborado com a ajuda da técnica “casos de ensino”[3], na qual o professor-aluno pode descrever, analisar e oferecer alternativas fundamentadas na relação realidade x teoria, aplicando-a e refletindo sobre os resultados em termos de aprendizagem.

A observação a ser realizada em atendimento a proposta de estágio da UEA, será orientada pela técnica de observação participante.

Quanto aos registros, serão realizados no CADERNO DE REGISTROS E MEMÓRIAS, constituído por informações levantadas, dos acontecimentos observados e de suas impressões pessoais sobre os mesmos. Enfatizamos que este registro deve ser realizado, primeiramente de forma descritiva, anotando-se tudo que se observa, sem juízo de valor.

Posteriormente, as anotações devem se transformar em narrativa, momento em que constituirão um relato analítico, elaborado com apoio em referencial teórico, composto por textos, obras pesquisadas e por registros de estudos ao longo do Curso (saberes adquiridos); todos os dados serão nele registrados, assim como aqueles obtidos por meio da aplicação de instrumentos de pesquisa e contribuirão para elaboração do PROJETO DE APRENDIZAGEM.

Isso facilitará o processo de análise crítica e problematização do fenômeno observado, podendo facilitar a definição do objeto de pesquisa/ação pedagógica para o processo investigativo, a ser realizado nas etapas seguintes do estágio.

Além destes, considerar as expressões, interpretações das crianças sobre si mesmas, a escola, os atos pedagógicos da escola, dentre outros. Neste caso, seguir orientações concedidas na disciplina Teoria e Prática da Educação infantil e nas disciplinas de metodologia da aprendizagem (Língua Portuguesa, História, Geografa, Ciências e Matemática).

A OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE: breves notas

A observação participante é uma técnica de pesquisa oriunda da antropologia e adotada na etnografia, uma abordagem da pesquisa qualitativa, na qual as informações são buscadas na interação com o contexto onde ocorrem os fatos e fenômenos que se quer conhecer e compreender. Visa compreender processos sociais no contexto de interações humanas.

Por meio da observação participante o pesquisador observa o ambiente ao mesmo tempo em que dele participa, integrando-se ao grupo/comunidade que comporá sua pesquisa.

Nesta técnica, a observação é, conforme explica Silva et al [s.d.], “[...] contextualizada e de anotações feitas em campo, realizando, posteriormente, uma descrição densa, detalhada, o que favorece a compreensão do problema de pesquisa, [...].

Ao adotarmos a observação participante, temos como objetivo a compreensão da realidade escolar em sua totalidade. Isto implica um constante questionamento sobre a escola e suas práticas pedagógicas, sobre o papel desempenhado pelos seus atores, sobre a organização de seus espaços e tempos, seus condicionantes externos, entre outros, visando à reconstrução de práticas educativas significativas ao contexto sociocultural da escola.

ROTEIRO PARA CADERNO DE REGISTROS E MEMÓRIAS –ESTÁGIO II

INSTRUMENTOS DE ORIENTAÇÃO E ANÁLISE DO ESTÁGIO

A formação de professores pensada na perspectiva da articulação entre ensino e pesquisa, tem como ponto de partida a busca pela compreensão da realidade escolar em sua totalidade. Isto implica um constante questionamento sobre a escola e suas práticas pedagógicas, sobre o papel desempenhado pelos seus atores, sobre a organização de seus espaços e tempos, seus condicionantes externos, entre outros, visando à reconstrução de práticas educativas significativas ao contexto sociocultural da escola. Esta necessidade se alia à prática investigativa, de pesquisa, visto que o conhecer, enquanto instrumento mais eficaz de intervenção, não se concretiza sozinho, é preciso incorporar a pesquisa, vista como campo de conhecimento que liga mutuamente teoria e prática.

Educar pela pesquisa requer a observação, registro, reelaboracão e produção própria dos instrumentos didático-pedagógicos a serem desenvolvidos no processo de ensino e aprendizagem; a contribuição da pesquisa vinculada ao ensino promove a inovação criativa destes instrumentos e renova significativamente a prática pedagógica, contribuindo para a recuperação da competência do professor enquanto sujeito que é ao mesmo tempo produto e produtor de conhecimento.

I – Estágio II

No estágio II do Curso, propõe-se ampliar o olhar sobre a escola, tendo como ponto de partida a OBSERVAÇÃO da realidade, seguida pela descrição de todas as características, fatos e fenômenos que permitem representar a escola nas seguintes perspectivas:

- Aspectos Físicos, administrativo-pedagógicos:

a) Espaço escolar: descrição da estrutura física, do entorno da escola e dos recursos presentes; histórico da escola (origem e ano de fundação, níveis de ensino, turnos de funcionamento, número de turmas e alunos, recursos humanos e realidade sociocultural dos sujeitos escolares);

b) Administrativo-pedagógico: o funcionamento

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