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COMPORTAMENTO HUMANO: A SOCIEDADE, A HISTÓRIA SOCIAL E A EXPRESSÃO DOS SENTIMENTOS

Por:   •  17/5/2018  •  3.785 Palavras (16 Páginas)  •  451 Visualizações

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Sendo assim, com todos esses acontecimentos que submetem o ser humano a ter alguns sentimentos caracterizados por depressão, por exemplo, quando ocorre a morte de um filho, a mãe se encontra em uma situação total de abandono do amor de seu filho. Vendo que ele se foi para sempre reage de forma depressiva. Para Viscott, esse tipo de sentimento surge quase como uma explicação ao acontecimento anterior, ou até mesmo posterior. A ansiedade mostra seus sentimentos devido a acontecimentos de espera ou de perdas. Estes sentimentos são manifestados nas desilusões, nas contradições entre outros artefatos que deixam alguns indivíduos incapacitados de se associar novamente a algo já ocorrido, como uma paixão que teve um desfecho ruim, ou possivelmente uma guerra ocorrida em sua terra, um desentendimento no trabalho ou até mesmo em família.

O englobamento dos termos caracterizadores de sentimentos pelos quais as pessoas demonstram ou que vivem sempre rodeando suas mentes, não é tão distante nas interações que ocorrem na convivência cotidiana. Desta forma, é necessário analisar o cotidiano das pessoas, comparando a mudança de comportamentos devido aos acontecimentos anteriores. Tendo para fazer uma análise sobre como o comportamento humano se altera ou muda durante uma conversa, ou no trabalho, e como interações afetam os sujeitos, levando-os aos emaranhados que é a vida humana, às mudanças de comportamento. Conforme Viscott (1938), o homem é organizado em sociedade, por isso se depara com uma linha de pensamentos que se entrelaçam, marcando vertentes distintas e as trazem para o meio de convivência.

É totalmente possível que essas linhas de pensamentos entrelaçadas se movimentem com o presente deste ser. O comportamento humano se diferencia em cada tipo de situação. Associar esse comportamento com os sentimentos em sociedade é essencial para uma compreensão do que se passa em nossa vida. Para que o comportamento humano seja estudado é preciso entender o início de tudo. Mas, é realmente possível que a origem ajude o homem contemporâneo para que entenda o comportamento de hoje? Ou melhor, é possível que este início reflita-se nos dias atuais? A resposta é sim! Entender o presente pelo passado é completamente essencial para que questões contemporâneas sejam compreendidas.

O que deixa as pessoas em uma situação constrangedora é o fato de que algo ou alguém as magoou profundamente e a mesma não pode transpor esse constrangimento. É exatamente a ação posterior que remete a uma reação, o sentimento neste caso. O comportamento humano em sociedade proporciona uma ideia de sentimentos fragilizados. A sociedade é fragilizada perante inúmeros acontecimentos que fazem refletir no porque das coisas. Os sentimentos que surgem com o passar dos anos.

3. HISTÓRIA SOCIAL DO BRASIL

Entre as inúmeras modalidades e especialidades nas quais se reparte a disciplina e a prática da História nos dias de hoje, talvez a dimensão historiográfica mais sujeita a oscilações de significado seja a da História Social. Modalidade historiográfica rica de interdisciplinaridades com todas as Ciências Sociais, e igualmente rica na sua possibilidade de objetos de estudo, a História Social abre-se de fato a variadas possibilidades de definição e delimitação que certamente interferem nos vários trabalhos produzidos pelos historiadores que atuam neste campo intradisciplinar. Veremos, a seguir, que há razões várias para essa oferta de uma diversidade de sentidos que vem à tona quando falamos em História Social.

Para retornar aos primeiros usos da expressão “história social” na historiografia moderna, podemos fixar a História Social como modalidade que começa a aparecer de maneira auto-referenciada por ocasião do surgimento na França do Grupo dos Annales, e que naquele momento principia a se mostrar claramente construída – ao lado da História Econômica – por oposição à História Política tradicional. Nesta esteira inicial, houve quem direcionasse a expressão “História Social” para uma história das grandes massas ou para uma história dos grupos sociais de várias espécies (em contraste com a biografia dos grandes homens e com a História das Instituições a que tinha sido tão afeita à historiografia do século anterior).

Também é evidente que a historiografia marxista da mesma época – seguindo os princípios norteadores que já no século XIX haviam sido indicados por Marx e Engels com vistas a uma nova filosofia da história – direcionava-se na mesma época para a elaboração de uma história preocupada com a conjunção dos aspectos econômicos e dos aspectos sociais. O que haveria de relevante a ser estudado não era certamente a história dos grandes homens, ou mesmo a história política dos grandes estados e das instituições, mas sim a historia dos ‘modos de produção’ – isto é, das bases econômicas e sociais que determinariam toda a vida social – e também a história das ‘lutas de classes’, isto é, das relações entre os diversos grupos sociais presentes em uma sociedade particularmente nas suas situações de conflito.

A delimitação de um novo campo a ser chamado de “história social” surge portanto sob a forte influência destes dois campos de motivação que passaram a exercer profunda influência no seio da historiografia da primeira metade do século XX. De um lado vinham os ataques desfechados pelo grupo dos Annales contra aquilo que consideravam uma “velha história política”, de outro lado começavam a surgir as primeiras grandes obras da historiografia marxista, que cumpriam fielmente um programa de filosofia da história voltado para o econômico e para o social tal como havia sido proposto pelos fundadores do materialismo histórico a partir de meados do século XIX.

A História Social, enfim, surgia no cenário historiográfico como campo relevante e definitivo a se estabelecer no âmbito das modalidades historiográficas que devem ser definidas pelas dimensões que são trazidas à tona quando o historiador se põe a examinar um processo histórico qualquer. Considerando aquilo que é colocado em evidência em uma determinada análise historiográfica – a Política, a Cultura, a Economia, as relações sociais – poderíamos ter respectivamente uma História Política, uma História Cultural, uma História Econômica, uma História Social, entre outras possibilidades.

Tal como foi explicitado atrás, esta tendência da historiografia contemporânea a constituir e perceber a história social como campo relacionado a uma dimensão social específica liga-se ao fato de que, na primeira metade do século XX, os novos historiadores passam

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