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APS comportamento humano nas organizações

Por:   •  22/4/2018  •  4.834 Palavras (20 Páginas)  •  451 Visualizações

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- A administração não tinha noção clara da divisão de suas responsabilidades com o trabalhador;

- Não havia incentivos para melhorar o desempenho do trabalhador;

- Vários trabalhadores não cumpriam suas responsabilidades;

- As decisões dos administradores baseavam-se na intuição e no palpite;

- Não havia integração entre os departamentos da empresa;

- Os trabalhadores eram colocados em tarefas para as quais não tinham aptidão.

Taylor passou a buscar soluções para esses e outros problemas que eram e continuam sendo comuns nas empresas. Através de suas observações, ele desenvolveu um sistema de administração de tarefas, que mais tarde ficou conhecido como sistema de Taylor, taylorismo e administração científica. Taylor argumentou que a administração deveria primeiro procurar descobrir quanto tempo levaria para que um homem, dando o melhor de si, completasse uma tarefa, levando a que ele chamou de “estudo sistemático e científico do tempo”: divisão de cada tarefa em seus elementos básicos e, com a colaboração dos trabalhadores, cronometrá-las e registrá-las.

Esta Teoria coloca a ênfase nas tarefas preocupando-se com:

- O método de trabalho;

- Os movimentos necessários à execução da tarefa;

- O tempo – padrão para a execução da tarefa.

Taylor que iniciou a sua atividade como operário em 1878, passando posteriormente e sucessivamente a capataz, a contramestre, chefe de oficinas e finalmente a engenheiro, registou cerca de 50 patentes de invenções sobre máquinas, ferramentas e processos de trabalho.

Taylor começou por fazer uma detalhada análise das tarefas dos operários, analisou os seus movimentos e processos de trabalho, para aperfeiçoá-los e racionalizá-los. Ele considerava que o operário que produz mais, deve ser melhor remunerado que o seu colega que produz menos. Considerava também que a empresa deve abandonar os métodos empíricos de produção e começar a aplicar os princípios gerais da ciência. Considerava que a organização deve ser estudada cientificamente, o que implica uma organização racional do trabalho.

Pressupostos gerais da administração científica do trabalho:

- Os operários que desempenham as mesmas tarefas devem fazê-las, todas do mesmo modo, e de acordo com a melhor maneira que existe para fazê-las.

- Compete à administração da organização fazer o estudo minucioso do trabalho do operário e estabelecer a melhor maneira de o executar. Compete à supervisão do operário, assistir ao seu trabalho, durante a produção (vigiar e controlar). Compete ao trabalhador, unicamente executar o seu trabalho.

- O trabalho tem melhores resultados e torna-se mais econômico, caso dividirem em pequenas partes todos os movimentos necessários para a sua execução. É necessário, pois, decompor cada tarefa numa série ordenada de movimentos simples.

- Deve-se economizar tempo e esforço do operário. Os movimentos inúteis são eliminados e os movimentos úteis são simplificados.

- Adaptação dos operários à tarefa.

- Maior especialização dos operários.

- Maior especialização das atividades.

- Melhorar a eficiência do operário. A eficiência é a relação existente entre o desempenho real do operário e o desempenho estabelecido previamente, com uma eficiência de 100%.

A administração científica coloca ênfase nas tarefas da organização, simplificando-as, de modo a obter o máximo de especialização dos operários.

O operário, ao invés de executar uma tarefa complexa, realiza tarefas simples e específicas que, numa linha contínua de montagem, permite obter o resultado final – o produto. Este passou por uma série de operários, intervindo cada um com a sua especificidade, movimentos simples e repetitivos.

Nesta perspectiva, a relação entre operários é reduzida ao mínimo para não se perder tempo, porque o tempo de produção foi previamente estabelecido e não deve existir desvios desse tempo.

De acordo com este plano de administração e organização empresarial, Taylor procurou conciliar o interesse da empresa, na medida em que aumentasse a produção, diminuem-se os custos. Com os interesses dos operários, na medida em que produzem mais, obtém-se maior rendimento e salários mais elevados.

Essa teoria considera que é exclusivamente o dinheiro que influencia o indivíduo para o trabalho e ele é a sua única fonte de motivação. Esta concepção leva a uma determinada visão do Homem – o Homem econômico – que somente se interessa por dinheiro, produzindo o máximo de que é capaz fisicamente para obter o máximo de salário e de prêmios de produtividade.

No entanto, esta teoria, apesar de ter tido sucesso no ambiente industrial do inicio do século XX, já que permitiu a especialização de processos, e consequentemente da redução de tempos de fabrico, trouxe também várias críticas face ao papel do operário na vida das empresas.

Críticas à organização empresarial de Taylor:

- Visão mecanicista do Homem – Este é visto unicamente como possuidor da força de trabalho, útil para a produção. As pessoas são vistas como sequência de peças que se articulam para a consecução de determinada tarefa.

- O homem é considerado como um ser passivo, sem vontade, sem iniciativa e outras motivações e interesses, que não seja o dinheiro. O seu papel é executar ordens específicas de forma correta e o mais depressa possível.

- Especialização exagerada do operário, realizada através da divisão das tarefas, o que aumenta a produtividade e a eficácia do operário. Esta (especialização) não qualifica o funcionário e o impede de aprender a executar outras tarefas, dificultando a mobilidade profissional. O que interessava era colocar o homem certo no lugar certo.

- Esta perspectiva apresenta uma visão microscópica do homem e não considera os aspectos humanos da organização.

- ESCOLA HUMANÍSTICA DE ADMINISTRAÇÃO

A escola científica humanística teve seu início com a Teoria das

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