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AS ACOMPANHAMENTO FAMILIAR

Por:   •  22/10/2018  •  5.218 Palavras (21 Páginas)  •  254 Visualizações

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Este fato ainda é predominante na sociedade contemporânea. Porém, Alves (2009) salienta que existem diversificados e inovados arranjos familiares, novas formas de constituir-se família dentro da sociedade, entretanto percebe-se que a forma de organização nuclear, ou seja, o casamento monogâmico ainda é a forma de família que prevalece atualmente.

No entanto, ainda conforme o autor, no final da década de 60, o aumento de separações e divórcios acarretaram profundas transformações no conceito de casamento monogâmico e família nuclear, pois tratava-se de casamentos com relações insatisfatórias que não eram mais sustentados pela força da religião que estava em declínio. Com isso, os pressupostos de igualdade fizeram com que as relações matrimoniais desencadeassem o surgimento de várias composições familiares alternativas, dentre essas estavam as duplas de mães solteiras que compartilhava o sustento de seus filhos; Os casais homossexuais adotando seus filhos legalmente e os casais que tinham filhos de outros casamentos. Sobretudo, conforme Alves (2009) os vários tipos de convivências alternativas que surgiram no século XXI, ocasionou o surgimento da chamada família pluralista.

Oliveira (2009) enfatiza que a forma como a família vem sendo composta e modificada nos últimos tempos, torna-se impossível identificar qual o modelo único ou ideal que prevalece. No entanto, ela se manifesta conforme um conjunto de trajetórias individuais e seus arranjos diversificados, em espaços e organizações domiciliares e suas peculiaridades, mas que buscam acima de tudo educar seus membros para a convivência em sociedade.

Outro fator que deve ser ressaltado durante as transformações ocorridas na família contemporânea é a redução do número de seus membros, tornando mais visível e presente nos lares. De acordo com a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) 2006, o número médio de pessoas era de 3,6 por família em 1996, enquanto que, em 2006 esse número passou para 3,2 pessoas. No Brasil, em 1996, o número de famílias compostas apenas pelo pai ou apenas pela mãe e seus filhos, era de 73,3%, enquanto que, em 2006, esse percentual passou para 67,6%. (IBGE, 2007).

De acordo com as mudanças ocorridas no cenário familiar e na sociedade a educação escolar sofreu impactos, precisando se reinventar, adequando às novas tarefas de escolarização. Contudo a escola precisou ser pensada dentro dos novos conceitos de família e de sociedade para adequar e responder as exigências tanto das famílias quanto da sociedade sobre o seu processo de ensino.

O amadurecimento educacional de acordo com Freire (1996) é um processo que não ocorre de imediato, mais do entendimento de que a autonomia do educando está centrada em experiências respeitosas da liberdade. Infere-se com base ainda no autor, que há uma extrema relevância na relação entre a escola e a família para identificação do papel de ambas, ou seja, do que é família e do que é escola.

Com isso, é válido ressaltar que a interação entre a família e a escola torna-se uma necessidade fundamental para o desenvolvimento educacional ao longo do tempo, devendo essa ser como uma comunicação constante entre ambas. Concordando com Parolim (2003) a escola é uma instituição que necessita da família para realizar o seu projeto educativo de forma concreta.

2.2 Desempenho Escolar

Entre as temáticas da educação, o desempenho escolar encontra-se entre as problemáticas mais discutidas no contexto acadêmico. As dificuldades relacionadas ao desempenho escolar que são identificadas ao longo do processo educacional, estão inter-relacionadas às condições familiares, às características da escola, dos docentes e do contexto social de forma ampla (Gatti et. all, 1981).

De acordo com Osti (2014) a escola, seja no passado ou no momento atual, sempre enfrentou problemas com evasão de alunos do sistema de ensino regular e com as altas taxas de reprovação. No entanto, a evasão e a repetência escolar não são os problemas centrais atualmente, mas a defasagem e o baixo aproveitamento escolar por parte dos alunos, muitas vezes identificados como dificuldades de aprendizagem.

Os dados do Censo Escolar de 2010 revelou que o índice de defasagem escolar no ensino fundamental chegou a 23,6%, o que representa aproximadamente cerca de sete milhões de estudantes com defasagem escolar no país, ou seja, com idade incompatível com a série (MEC, 2010).

De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), o rendimento dos estudantes é composto por quatro taxas: aprovação, reprovação, abandono e taxa de não resposta (matrícula sem informação suficiente para que o INEP possa categorizá-la). Contudo, ainda que em 2011 esse índice tenha sido reduzido para 13%, esses números ainda são preocupantes.

Sobretudo, é válido ressaltar que na maioria das vezes o fracasso escolar é associado somente ao aluno. Contrapondo a isso, Patto (2002) salienta que a complexidade do fracasso escolar vai mais além, envolve outras dimensões tais como: as dimensões políticas, ideológicas, institucionais e socioeconômicas, assim como as dimensões pedagógicas em suas estreitas articulações.

2.3 A Importância da Família na Escola

A família e a escola são duas instâncias fundamentais para vida educacional de um indivíduo. Para Zenker (2004) a relação entre a família e a escola começa a partir da escolha da família por uma determinada escola, pois a relação entre ambas torna-se necessário para os avanços na educação dos sujeitos envolvidos.

Para alguns autores a família tem um papel significativo e de grande relevância na preparação e mediação educacional dos seus filhos. Portanto, cabe aos pais não só a manutenção da relação harmônica entre seus membros, mas de definir os papeis de educação dos seus descendentes. Prado (1981) afirma que a família não resume apenas a uma rede de relações interpessoais, mas deve partilhar os papeis socialmente definidos entre seus membros.

De acordo com Dessen e Polônia (2007) as famílias são responsáveis pelas tarefas e trabalhos realizados pelos alunos nas escolas, bem como acompanhar suas relações e permanência no ambiente escolar. Nesse sentido, é válido ressaltar que a família tem um trabalho árduo na educação dos filhos.

Dessa forma, percebe-se que a escola necessita da ajuda da família na realização educacional dos alunos. Com isso, de acordo com Dessen e Polônia (2007) para que a relação entre a família e a escola seja efetivada

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