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A SOCIEDADE BRASILEIRA NO PERÍODO COLONIAL.

Por:   •  15/11/2018  •  3.577 Palavras (15 Páginas)  •  324 Visualizações

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Fiéis à igreja católica romana, os portugueses trouxeram consigo a Companhia de Jesus, que futuramente daria o suporte espiritual aos “civilizados”, que fundariam uma comunidade em um ambiente não favorável. A princípio foram trazidos os condenados ao exílio para que aqui se purificassem de seus crimes e pecados, e também os ingénuos índios que conheceriam o “reino dos céus”, que eram seu principal alvo, e por séculos a pequena população colonial vegetou sob o comando do poder senhorial, religioso e burocrático. A cultura que se desenvolveu nesse período, foi marcada pelo autoritarismo da religião católica, por uma sociedade favorecida pela aristocracia e brutalmente dividida em extremos inalcançáveis e pelo comodismo das pessoas que viviam das produções primarias. Assim, essa cultura colonial, que era precária, se distanciava da verdadeira cultura e por ser uma “mercadoria de lucro” só usufruíam dessa cultura os privilegiados. Mesmo dentre esses privilegiados, só tinham acesso a essa cultura os filhos primogênitos das famílias, e para os demais restava o ofício sacerdotal ou intelectual, e mesmo assim muitos dispensavam a parte intelectual, pois acabariam representando quem não possuía poder, como os escravos.

Como a cultura propriamente dita, ficaria concentrada mais na parte Senhorial, a cultura que circulava pelos países europeus, estaria fazendo com que acontecesse um avanço capitalista, uma evolução em suas técnicas de produção. Como poucos tinham essa cultura, logo o empirismo se instalaria, fazendo com que as civilizações ganhassem seu conhecimento através da observação. Os países feudais cultivavam um saber cada vez mais sem movimento, compatível as suas produções. Esse era o caso de Portugal, que, por causa da invasão territorial moura, se acomodara aos monopólios, esquecendo-se de suas próprias produções de mercadorias, mas após a reconquista territorial, com sua economia e cultura ainda acomodadas, faria com que houvesse um processo de reforço à cultura literária teórica, diferentemente das sociedades agrárias. Isso acabou sendo passado a nós não só pelo fato de estarmos ligados a Portugal, mais porque fariam com que a elite fosse atrás dos estudos. O saber pela cultura não era mais visto como algo supérfluo.

Uma cultura aqui já existia antes da vinda dos portugueses, essa mesma procurava resistir à invasão da “civilização cristã”. Outra que também lutava por sua resistência ao exílio e que se produzia na população colonial abandonada, era a dos negros africanos. Essas culturas preparavam, de forma espontânea e assistemática a população desprivilegiada para a sua vida no cotidiano e trajetória de trabalho.

Pouco se sabe sobre essas culturas e muito ainda precisa-se investigar sobre; essa se vê “escondida” nos livros de História, e se expressa no que chamamos de “cultura popular” através do folclore, contos, lendas, crenças, e que, por trás, dessas, ela esconde uma sabedoria, que eram mascaradas para a elite de uma forma lúdica. Se ultrapassarmos a barreira cultural e educacional, vamos perceber essa sabedoria representada em nossas artes, música, dança, e até em nossa literatura, mas ela aparece “tímida, silenciosa”.

- Portugal, Colônia Inglesa?

Portugal tinha fácil acesso as mercadorias orientais e as grandes produções alimentícias e de matérias-primas de sua colônia, mas não tinha condições necessárias de se manter em um novo molde de sociedade capitalista e moderna, fazendo-os descuidar-se de sua própria produção, que então só obteve avanço no séc. XIX.

De 1580 a 1640 Portugal viveu sobre a custa da Espanha, e por conta da excessiva produção no mercado, o país perdeu-se, não dando conta da administração de suas produções, interna e externa, enfraquecendo ainda mais sua colônia.

- O Crescimento do Brasil.

Ao início do século XVIII o Brasil-Colônia tem um grande desenvolvimento tanto financeiramente, quanto socialmente onde mesmo decorrente da falência do açúcar, do ouro, que era uns dos principais meios de produção, o Brasil-Colônia mantém-se. A imigração de pessoas para o sudeste do Brasil faz com que o país em pouco tempo se expanda, aumentando cada vez mais a população, desta forma passando a gerar mais produção, e decorrente deste fato a grande massa da população passa a trabalhar em mineradoras a fim de explorar os recursos naturais.

Animais passaram a ser criados em suas terras para que futuramente os mesmos dessem lucro, gerando alimentos para a população trabalhadora, devido suas manufaturas a colônia começou a crescer. Insatisfeitos com o excessivo trabalho, os camponeses decidiram passar a contestar a Coroa Portuguesa.

- A Modernização Portuguesa.

Com o enfraquecimento da metrópole surge então as “Reformas Pombalinas” que tinham como objetivo modernizar Portugal e fazer com que o mesmo gerasse muito lucro, já que neste período o país enfrentava grandes problemas econômicos. Em termos educacionais o ensino médio e o ensino superior deveriam ter como competências o pleno desenvolvimento do homem em seus aspectos econômicos, sociais e culturais. Pode-se notar que o ensino naquele período era dado através de imitações, memorizações e erudição (sábios), sendo ele de caráter totalmente iluminista e conservador.

CAPÍTULO 2 – A ORGANIZAÇÃO DO ENSINO NA COLÔNIA.

Uma ordem religiosa ficaria responsável por educar os nativos, essa ordem era a “A Companhia de Jesus”. Esse nome que utilizavam, designado a um pelotão de soldados de Cristo e da Igreja, tinham como objetivo de recuar a invasão protestante, colocando em risco a “superioridade” que tinha o catolicismo entre os “eleitos por Deus”. Viram-se diante de uma grande batalha que só poderia ser vencida em território ameaçador, e para tal, se viram como “mestres” da causa católica preparados para a tarefa de civilizar seres exóticos.

Desembarcando na colônia, Tomé de Sousa foi o primeiro governador, e junto com ele chegaram os padres jesuítas com a tarefa de catequizar e instruir os nativos e a população que já havia sido trazida, além de manterem uma organização interna para que o mesmo fosse realizado. Sua tarefa educativa, com os nativos, consistia em aculturá-los e convertê-los e criar uma atmosfera civilizada e religiosa para os que vinham aventurar-se aqui, e para isso deveriam ter muita criatividade para seus métodos pedagógicos. Esses ensinamentos trariam uma sustentação para a criação de uma colônia.

Formaram-se

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