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A Relação Professor-Escola

Por:   •  22/2/2018  •  3.720 Palavras (15 Páginas)  •  433 Visualizações

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E a escola, os professores que meios métodos buscam saída para atingir a aquisição das tais necessárias competências? Cabe somente ao desejo de aprender do aluno, a “libertação” de seu estado receptivo para um mais participativo? E ao nos reportarmos ao pais, estão eles preparados para apoiar e transmitir os conhecimentos que os filhos buscam? Estamos preparados para enfrentar os desafios que se apresentam?

A escola deixa de ser o espaço do saber, passa então a ser o local onde se produz, aprimora conhecimentos para uma aplicação posterior ou imediata; ao aluno cabe descobrir o prazer do aprender, de adquirir cultura. O ensinamento adquire, maior sentido quando é aprendido com vivacidade, com vontade e determinação pois não somos capazes de motivar no aluno o desejo de aprender. A motivação vem intrínseca de cada ser.

Ao nos reportarmos num contexto mais específico que seria a sala de aula, a relação entre professor e escola, estabelece-se da seguinte maneira: o docente adotou também o desenvolvimento do espírito, do gosto pelo saber, da criatividade e do sentido de responsabilidade; por isso o papel da sala de aula que passou a ser um local de processamento e produção de conhecimento e não apenas um local de transmissão e avaliação do conteúdo programático.

O fascínio por esta nova conceitualização pode ser entendido se tivermos em consideração a crise de confiança na competência de alguns profissionais.

“a valorização da escola e” de seus profissionais nos processos de democratização e da sociedade brasileira, a contribuição do saber na formação da cidadania; sua apropriação como processo de maior igualdade social e inserção crítica no mundo (e daí, que saberes? Que escola?) a organização.

Da escola, os currículos, os espaços e os tempos de ensinar e aprender; o projeto político e Pedagógico; a democratização interna da Escola; o trabalho coletivo; as condições de Trabalho e estudo (de reflexão) de planejamento a jornada remunerada, os salários, as responsabilidades da universidade, dos sindicatos, dos governos neste processo, a escola como espaço de Formação contínua; os alunos: quem é? De onde vem? O que querem da escola? (de suas representações); dos professores; Quem são? Como se veem na profissão? Da profissão; Profissão? E as transformações Sociais, políticas, econômicas, do mundo do trabalho e da sociedade da informação. Como ficam a escola e os professores?”

PIMENTA,2002:35.

O professor não pode agir isoladamente na sua escola, pois a mesma precisa ser organizada de modo a criar condições de reflexividade individuais e coletivas. A ideia do profissional da educação que reflete em situação e constrói conhecimento a partir do pensamento sobre a sua prática, é perfeitamente transponível para a comunidade educativa que é a escola.

Se a capacidade reflexiva é inata no ser humano, ela necessita de contextos que favoreçam o seu desenvolvimento, sejam esses de liberdade e responsabilidade.

A postura do professor em relação ao aluno, neste contexto sério de modelo racional, caracteriza-se por duas fases bem distintas que podemos chamar de seleção e exposição. Na primeira etapa o professor seleciona o conteúdo, organiza e sistematiza didaticamente para facilitar o aprendizado dos alunos. Depois disso, a próxima fase é a de exposição, quando o professor fará a demonstração dos seus conteúdos. Neste modelo é exatamente neste ponto que termina a atividade do professor, o que irá ocorrer daí para frente dentro do aluno não é problema dele, o aluno que memorize as informações que ele, dono absoluto do conhecimento, exigirá de volta nas provas. Aliás, parece-nos que o professor gasta muito de seu tempo em sala de aula com mecanismos de controle, tais como: prova, chamada oral, controle de atividades, etc..

Em outras palavras, antes dos alunos chegarem à escola de volta das férias, por exemplo, o professor planeja suas atividades para as quais o livro didático é seu principal apoio; já na segunda fase, no contato direto com os alunos, ele faz a apresentação do conteúdo para o aluno, onde o giz, a lousa e o trabalho individual são suas ferramentas básicas para que eles possam memorizar seus conteúdos programáticos.

Na abordagem cognitivista, o professor atua ao investigar, pesquisar, orientar e criar ambientes que favoreçam a troca e cooperação. Ele deve criar desequilíbrios e desafios sem nunca oferecer aos alunos a solução pronta. Em sua convivência com alunos, o profissional da educação deve observar e analisar o comportamento deles e tratá-los de acordo com suas características peculiares dentro de sua fase de evolução.

Piaget aparece como o principal nome na abordagem cognitivista, que desloca o foco da passividade do aluno em relação à informação. O professor passa a criar o cenário necessário, pensando no estágio de desenvolvimento em que o aluno se encontra, para que o aluno possa explorar o ambiente de forma predominantemente ativa. Neste ponto, o aluno não é um ser que recebe a informação passivamente, ele deverá experimentar racionalmente atividades de classificação, seriação e atividades hipotéticas. Assim, o docente sempre oferecerá ao aluno situações problemas que tragam a eles a necessidade de investigar, pensar, racionalizar a questão e construir uma resposta satisfatória.

2.1 A relação entre educação e as demais esferas escolares:

O que está a acontecer na educação reflete o que acontece em outras áreas: uma crise de confiança no conhecimento profissional, que acarretará a busca de uma nova epistemologia da prática profissional. No processo educacional, essa centra-se num conflito entre o saber escolar e a reflexão-na-ação dos professores e alunos. Antes de explicitar mais profundamente sobre esta ideia, é preciso dizer que ela nada tem de novo. O movimento crescente no sentido de uma prática reflexiva, cujas origens remontam a John Dewey, a Montessori, a Tolstoi, a Froebel, a Pestalozzi, e mesmo ao Emílio de Rosseau, encontra-se no centro de um conflito epistemológico. (Schön, 1997, p. 80 e 91)

Esse conflito epistemológico entre o conhecimento escolar e a "reflexão-na-ação" (ou conhecimento tácito) é analisado por Schön tanto no que diz respeito à formação do professor como no que diz respeito às maneiras por meio das quais a escola trabalha com o conhecimento que os alunos construiriam em seu cotidiano não escolar.

Schön estabelece uma forte ligação entre o conhecimento tácito (conhecimento cotidiano) que

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