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A Organização e Metodologia do Ensino Fundamental

Por:   •  28/9/2018  •  2.744 Palavras (11 Páginas)  •  223 Visualizações

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condições do próprio magistério, favorecendo a relação de dominação.

Entende-se, portanto, que esta disciplina tem uma grande contribuição para o projeto de educação pública comprometido com a efetiva melhoria das condições de vida da população, especialmente da parcela mais marginalizada. Reafirma-se nesta proposta o compromisso com a superação da forma fragmentada de produzir o ensino-aprendizagem, que impede a visão crítica sobre a sociedade da qual o professor e os alunos fazem parte. Por outro lado, não se pode ignorar o lado dinâmico desta sociedade, cuja expressão mais significativa na atualidade é o avanço da tecnologia.

Antes de nos referirmos as leis e artigos que instituíram o ensino fundamental de nove anos, vamos primeiramente colocar em questão se foi uma vantagem ou desvantagem, em relação a atual situação da educação em nosso país. Sendo que a ampliação do período da escolaridade obrigatória, que assegura o acesso da criança de seis anos de idade ao ensino fundamental, além de viabilizar um tempo maior de convívio escolar, pretende desenvolver e qualificar suas oportunidades de aprendizagem. Esta ampliação requer uma organização maior e criteriosa nos currículos, na proposta pedagógica, no material didático e nos recursos, uma vez que a faixa etária dessas crianças exige uma didática diferenciada, respeitando suas especificidades.

E se formos analisar nossos governantes não analisaram estas questões ao publicarem a a lei nº 11.274/2006 (art. 5º) diz: que Municípios, Estados e o Distrito Federal terão prazo até 2010 para implementar a obrigatoriedade para o Ensino Fundamental disposto no art. 3º desta lei. Essa obrigatoriedade consiste na ampliação da duração do Ensino Fundamental de oito para nove anos letivos, introduzida pela Lei nº 11.274/2006 no caput do art. 32 da LDB, uma vez que a idade de seis anos para a matrícula no ensino obrigatório já fora introduzida pela Lei nº. 11.114/2005. Nesse mesmo dispositivo da Lei nº 9.394/96. Matriculam todos os educando a partir dos seis anos de idade, no Ensino Fundamental, os artigos. 6º, 30, 32 e 87 passaram a vigorar baseados na nova lei de diretrizes e base da educação nacional, lei 9.394. Determinando que os sistemas de ensino passem a atuar em regime de colaboração.

E ainda, com a ampliação do tempo letivo da educação básica do ensino fundamental, a escola passou ter mais autonomia e independência, passou a gerar por si sós projetos, métodos e meios para capitalizar recursos de infraestrutura, que antes eram quase que impossível visto que as políticas geradoras da lei de diretrizes e bases da educação 4.024 e 5.692 em seus artigos e incisos, deixava a desejar. A saber, em especial a lei 4.024 em seu artigo 93. Que diz: Os recursos a que se refere o art. 169, da Constituição Federal, serão aplicados preferencialmente na manutenção e desenvolvimento do sistema público de ensino de acordo com os planos estabelecidos pelo conselho federal e pelos conselhos estaduais de educação.

Art. 1o  É instituído, no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, um Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB, de natureza contábil, nos termos do art. 60 do Ato das  Disposições  Constitucionais Transitórias - ADCT. (LDB 9.394).

Outra questão por sinal muito importante tem sido motivo de grandes debates e divergências. Será que atualmente o Brasil possui professores preparados para oferecerem um saber de qualidade a seus alunos? Á criança com seis anos realmente esta preparada para iniciar seus estudos no sistema de educação fundamental, séries iniciais? Estas argumentações, citadas acima, consideramos como uma única questão por estarem intimamente ligadas entre si. A educação brasileira está em crise decorrente de diversos problemas, um deles é o despreparo do professor, prejudicando a qualidade do ensino. A UNESCO realizou uma pesquisa objetivando, traçar o perfil do professor das escolas públicas e privadas. Analisaram os vinte e sete estados e contou com a participação de 5.000 professores. Aproximadamente 1.600 profissionais se consideram pobres. Baixos salários impedem que o professor tenha acesso às novas tecnologias e às várias formas de cultura. A pesquisa revelou que 45% dos professores jamais conheceram um museu, 40% nunca assistiu a uma peça teatral, 25% jamais foi ao cinema.

A grande maioria dos estudiosos afirma que sim “á criança possui condições com está idade para frequentarem as salas de aula”. Por outro lado, alguns, afirmam que nesta idade a criança não possui estruturas cognitivas e bases concretas de sua realidade, o mundo a sua volta é compreendido ainda por aspectos lúdicos. Todo seu desenvolvimento psicossocial está baseado pelo lúdico, sendo assim a maioria dos professores, mesmo os que já trazem uma extensa bagagem profissional, não tem ou não possui condições para tratar e desenvolver um ensino e uma aprendizagem adotando o lúdico.

Finalizamos esta etapa do trabalho, defendendo a ideia de que o papel da escola e de seus professores é o de propiciar aos seus educando um ensino de qualidade e respeitando as experiências e a adversidade cultural de cada um, ajudando na formação e na construção de seus valores éticos e morais, acompanhando cada um no decorrer do processo letivo, construindo junto a eles, ideias e conceitos quanto as suas realidades, oferecendo e oportunizando trocas de experiências e conceitos a respeito do mundo em que se vive. Preparando cada um e de acordo com suas culturas a assumirem seus papéis frente à sociedade em que vivem.

E por fim podemos esclarecer que o problema não está na quantidade de anos, mas na qualidade dos mesmos. Seria necessária uma ampla reestruturação na forma de ensino e na qualificação dos professores. Enquanto continuarmos tratando todos "como iguais", num contexto que todos são muito diferentes estaremos cometendo os mesmos erros, independente da quantidade de anos organização escolar não seria uma coisa totalmente objetiva e funcional, um elemento neutro a ser observado, com é visto pelo enfoque científico-racional, mas uma construção social levada a efeito pelos professores, alunos, pais e integrantes da comunidade próxima. E ai aonde entra as organizações auxiliares da escola, que tem como objetivo prestar auxilio como diz o próprio nome, ou seja, em contribuir em fatores positivos a instituição de ensino.

Paralelamente à estrutura organizacional, muitas escolas mantêm Instituições Auxiliares tais Como: a APM (Associação de Pais e Mestres), o Grêmio estudantil e outras

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