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A Importância da Afetividade no Processo Ensino Aprendizagem

Por:   •  20/12/2018  •  4.810 Palavras (20 Páginas)  •  477 Visualizações

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Sendo assim, a escolha deste tema visa uma contribuição para fomentar maior discussão e interesse dos pedagogos que, assim como eu, acreditam no sucesso escolar tendo como princípio básico a afetividade em sua relação educacional e, conseqüentemente, contribuindo para uma auto-estima positiva. Nesta perspectiva, demonstrarei que, podemos construir um ambiente escolar pautado no respeito, favorecendo a construção da auto-estima que está intimamente ligada à afetividade.

Ao lidar com os problemas da educação nos dias de hoje, os especialistas afirmam que devem concentrar-se em um processo essencial: o estímulo e o reforço da auto-estima das crianças, pois os estudos avaliam que a importância da auto-estima no bom desenvolvimento das crianças proliferam nos países desenvolvidos, onde os problemas básicos já foram resolvidos e é possível se concentrar nas angústia da alma.

A auto-estima é, numa abordagem simplificada, o que a pessoa sente em relação a si mesma. Quando positiva, significa que a pessoa tem uma boa imagem de si, acredita que os outros gostam dela e confiam em sua habilidade de lidar com desafios. Quando negativa, acha que não merece o amor de ninguém, não acredita em seu potencial, que não é capaz, e considera que não sabe fazer nada direito.

Na escola diante de diferentes profissionais o professor é que tem mais contato com a criança dentro do espaço educacional, por isso, torna-se o referencial para a construção da personalidade da criança e da sua auto-imagem, no sentido de oferecer atenção devida ao seu desempenho escolar, fazendo com que o amor-próprio seja solidificado, pois faz parte do processo de aprendizagem de vida e é o sentimento obrigatório em uma existência satisfatória.

A família também desempenha um papel fundamental na formação da auto-estima, e é, em muitos casos, o primeiro grupo social que as crianças têm contato. Vale ressaltar que existem outras construções familiares que não são tradicionalmente pai, mãe e filhos, porém a afetividade é um fator fundamental na relação com as pessoas que estão envolvidas com o desenvolvimento integral da criança.

A educação é um conjunto de relações, fatores, influências sobre o ser humano, destinados a prepará-los para a vida num determinado meio social. Numa definição mais completa, a Educação constitui-se do conjunto dos processos de desenvolvimento integral dos indivíduos que ocorrem como medicação na relação ativa do homem com a realidade natural e social. (Libânio, 1995, pg. 10).

Dentro deste contexto, podemos citar as idéias de Davis, Cláudia e Oliveira, Zilmar (1994) que afirmam:

O afeto pode assim ser entendido como a energia necessária para que a estrutura cognitiva passe a operar. E mais, ele influencia a velocidade com que se constrói o conhecimento, pois quando se sentem seguras aprendem com mais facilidade. (p. 84).

1. A afetividade

Segundo Piaget (1981), o aspecto afetivo tem profunda influência sobre o desenvolvimento intelectual. Ele pode acelerar ou diminuir o ritmo do desenvolvimento. Vemos no cotidiano escolar crianças abandonadas emocionalmente pelos pais e estas são inseguras e não confiam em si mesmas e menos ainda em sua capacidade de aprender.

A forma de tratamento que crianças recebem em casa e na escola refletem suas dificuldades de aprendizagem, sua agressividade e desinteresse pelo estudo; ficam irritadas ou assustadas em frente de situações difíceis.

Segundo Fernandes: “Se alguém não se investiu de amor, não poderá dá-lo a outro” (1990, p. 163). Dessa forma, a timidez e o isolamento revelam a rejeição na qual estão mergulhados.

Para Wallon:

No cotidiano escolar são comuns as situações de conflitos envolvendo professores e alunos: turbulência e agitação motora, dispersão, crises emocionais, desentendimento entre alunos e destes com o professor; irritação, raiva, desespero e medo, (1994, p. 104).

Tradicionalmente os estudos relacionados às questões emocionais e afetivas envolvidas na educação escolar se limitam a estabelecer relações entre essas características dos alunos e seus resultados de aprendizagem, mas na atualidade tem-se destacado a necessidade de considerar a interação produzida entre elas e as características do contexto de ensino em que ocorrem os processos educacionais, destacando-se como elementos fundamentais todas as pessoas com quem o aluno interage principalmente o professor e os demais alunos.

As representações que cada um tem de si e do outro são determinantes nas relações interpessoais que se estabelecem nos processos educacionais e em consequência, incidem nos seus resultados. Coli e Miras (1990) analisam que dado o caráter das instituições educacionais não se pode descartar que, antes que se estabeleça o contato direto, professores e alunos, em particular por meio de outros companheiros, já contêm algum tipo de informação que os ajude a configurar as primeiras representações mútuas. Conforme alguns estudos esse conhecimento leva a construir paulatinamente uma imagem ou perfil de “professor ideal”, no caso do aluno, “aluno ideal”.

Alguns pesquisadores levantam a hipótese que essas expectativas desenvolvidas pelo professor em relação ao desenvolvimento de seus alunos poderiam repercutir nos resultados de aprendizagem que estes conseguem obter.

Os educadores precisam refletir sobre a seguinte questão, de acordo com Vasconcelos:

“Se no campo educacional, os afetos continuam sendo problemáticos para o conhecimento, não seria ingenuidade ignorá-los?” (Mario Sérgio Vasconcelos; Educação Social, p. 616, 2004).

Na Psicologia contemporânea, esta tendência de integração é particularmente observada em três teorias do desenvolvimento: na de Piaget, na de Vygotsky e na de Wallon.

Na teoria de Piaget, a afetividade é caracterizada como instrumento propulsor das ações, estando a razão a seu serviço. Sobre este ponto, Taille, Dantas e Oliveira (1992, p.66) explicam que, para Piaget,

a afetividade seria a energia, o que move a ação, enquanto a Razão seria o que possibilitaria ao sujeito identificar desejos, sentimentos variados, e obter êxito nas ações. Neste caso, não há conflito entre as duas partes. Porém, pensar a Razão contra a afetividade é

problemático porque então dever-se-ia, de alguma forma, dotar a Razão de algum poder semelhante ao da afetividade, ou seja, reconhecer nela característica de móvel,

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