Essays.club - TCC, Modelos de monografias, Trabalhos de universidades, Ensaios, Bibliografias
Pesquisar

A Importância da Afetividade no Processo Ensino Aprendizagem

Por:   •  20/12/2018  •  4.810 Palavras (20 Páginas)  •  387 Visualizações

Página 1 de 20

...

Sendo assim, a escolha deste tema visa uma contribuição para fomentar maior discussão e interesse dos pedagogos que, assim como eu, acreditam no sucesso escolar tendo como princípio básico a afetividade em sua relação educacional e, conseqüentemente, contribuindo para uma auto-estima positiva. Nesta perspectiva, demonstrarei que, podemos construir um ambiente escolar pautado no respeito, favorecendo a construção da auto-estima que está intimamente ligada à afetividade.

Ao lidar com os problemas da educação nos dias de hoje, os especialistas afirmam que devem concentrar-se em um processo essencial: o estímulo e o reforço da auto-estima das crianças, pois os estudos avaliam que a importância da auto-estima no bom desenvolvimento das crianças proliferam nos países desenvolvidos, onde os problemas básicos já foram resolvidos e é possível se concentrar nas angústia da alma.

A auto-estima é, numa abordagem simplificada, o que a pessoa sente em relação a si mesma. Quando positiva, significa que a pessoa tem uma boa imagem de si, acredita que os outros gostam dela e confiam em sua habilidade de lidar com desafios. Quando negativa, acha que não merece o amor de ninguém, não acredita em seu potencial, que não é capaz, e considera que não sabe fazer nada direito.

Na escola diante de diferentes profissionais o professor é que tem mais contato com a criança dentro do espaço educacional, por isso, torna-se o referencial para a construção da personalidade da criança e da sua auto-imagem, no sentido de oferecer atenção devida ao seu desempenho escolar, fazendo com que o amor-próprio seja solidificado, pois faz parte do processo de aprendizagem de vida e é o sentimento obrigatório em uma existência satisfatória.

A família também desempenha um papel fundamental na formação da auto-estima, e é, em muitos casos, o primeiro grupo social que as crianças têm contato. Vale ressaltar que existem outras construções familiares que não são tradicionalmente pai, mãe e filhos, porém a afetividade é um fator fundamental na relação com as pessoas que estão envolvidas com o desenvolvimento integral da criança.

A educação é um conjunto de relações, fatores, influências sobre o ser humano, destinados a prepará-los para a vida num determinado meio social. Numa definição mais completa, a Educação constitui-se do conjunto dos processos de desenvolvimento integral dos indivíduos que ocorrem como medicação na relação ativa do homem com a realidade natural e social. (Libânio, 1995, pg. 10).

Dentro deste contexto, podemos citar as idéias de Davis, Cláudia e Oliveira, Zilmar (1994) que afirmam:

O afeto pode assim ser entendido como a energia necessária para que a estrutura cognitiva passe a operar. E mais, ele influencia a velocidade com que se constrói o conhecimento, pois quando se sentem seguras aprendem com mais facilidade. (p. 84).

1. A afetividade

Segundo Piaget (1981), o aspecto afetivo tem profunda influência sobre o desenvolvimento intelectual. Ele pode acelerar ou diminuir o ritmo do desenvolvimento. Vemos no cotidiano escolar crianças abandonadas emocionalmente pelos pais e estas são inseguras e não confiam em si mesmas e menos ainda em sua capacidade de aprender.

A forma de tratamento que crianças recebem em casa e na escola refletem suas dificuldades de aprendizagem, sua agressividade e desinteresse pelo estudo; ficam irritadas ou assustadas em frente de situações difíceis.

Segundo Fernandes: “Se alguém não se investiu de amor, não poderá dá-lo a outro” (1990, p. 163). Dessa forma, a timidez e o isolamento revelam a rejeição na qual estão mergulhados.

Para Wallon:

No cotidiano escolar são comuns as situações de conflitos envolvendo professores e alunos: turbulência e agitação motora, dispersão, crises emocionais, desentendimento entre alunos e destes com o professor; irritação, raiva, desespero e medo, (1994, p. 104).

Tradicionalmente os estudos relacionados às questões emocionais e afetivas envolvidas na educação escolar se limitam a estabelecer relações entre essas características dos alunos e seus resultados de aprendizagem, mas na atualidade tem-se destacado a necessidade de considerar a interação produzida entre elas e as características do contexto de ensino em que ocorrem os processos educacionais, destacando-se como elementos fundamentais todas as pessoas com quem o aluno interage principalmente o professor e os demais alunos.

As representações que cada um tem de si e do outro são determinantes nas relações interpessoais que se estabelecem nos processos educacionais e em consequência, incidem nos seus resultados. Coli e Miras (1990) analisam que dado o caráter das instituições educacionais não se pode descartar que, antes que se estabeleça o contato direto, professores e alunos, em particular por meio de outros companheiros, já contêm algum tipo de informação que os ajude a configurar as primeiras representações mútuas. Conforme alguns estudos esse conhecimento leva a construir paulatinamente uma imagem ou perfil de “professor ideal”, no caso do aluno, “aluno ideal”.

Alguns pesquisadores levantam a hipótese que essas expectativas desenvolvidas pelo professor em relação ao desenvolvimento de seus alunos poderiam repercutir nos resultados de aprendizagem que estes conseguem obter.

Os educadores precisam refletir sobre a seguinte questão, de acordo com Vasconcelos:

“Se no campo educacional, os afetos continuam sendo problemáticos para o conhecimento, não seria ingenuidade ignorá-los?” (Mario Sérgio Vasconcelos; Educação Social, p. 616, 2004).

Na Psicologia contemporânea, esta tendência de integração é particularmente observada em três teorias do desenvolvimento: na de Piaget, na de Vygotsky e na de Wallon.

Na teoria de Piaget, a afetividade é caracterizada como instrumento propulsor das ações, estando a razão a seu serviço. Sobre este ponto, Taille, Dantas e Oliveira (1992, p.66) explicam que, para Piaget,

a afetividade seria a energia, o que move a ação, enquanto a Razão seria o que possibilitaria ao sujeito identificar desejos, sentimentos variados, e obter êxito nas ações. Neste caso, não há conflito entre as duas partes. Porém, pensar a Razão contra a afetividade é

problemático porque então dever-se-ia, de alguma forma, dotar a Razão de algum poder semelhante ao da afetividade, ou seja, reconhecer nela característica de móvel,

...

Baixar como  txt (32.5 Kb)   pdf (84.9 Kb)   docx (29.3 Kb)  
Continuar por mais 19 páginas »
Disponível apenas no Essays.club