A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS COMO CONTRIBUIÇÃO PARA O FORTALECIMENTO NA CONSTRUÇÃO DO SABER
Por: Jose.Nascimento • 10/10/2018 • 3.530 Palavras (15 Páginas) • 268 Visualizações
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nosso interesse neste trabalho abordar a importância do ensinoaprendizagem
do EJA, os recursos didáticos utilizados, visando atender o principio da
adequação desta realidade dos jovens e adultos. Atendendo a este princípio, as propostas
metodológicas devem ser diferenciadas do ensino fundamental, pois considera-se que os
jovens e adultos têm uma realidade bastante diferente em relação as crianças, sendo
necessária então a adequação das metodologias empregadas nessa modalidade de ensino. Por
isso ao longo dessa pesquisa, pretende-se conhecer e analisar os métodos e práticas aplicadas
no EJA.
Buscando estabelecer relações entre as questões e a prática pedagógica, procuram-se
aspectos que se julgam necessários no processo de construção do conhecimento, com a ideia
de uma educação libertadora. A construção do conhecimento não acontece de maneira linear,
constitui-se em importantes etapas, os momentos de dúvida e erro cometidos desde que
utilizem sistemática, produtividade e estágios superiores de desenvolvimento.
O conhecimento é adquirido através da interação social. Ele é construído a partir da
relação do indivíduo com o meio social, considerando as experiências de vida, os valores, as
crenças, ou seja, a cultura do alfabetizando.
O aspecto social de aprendizagem diz respeito aos valores e as aspirações coletivas,
bem como a dimensão política da educação. A intervenção pedagógica pode ter um amplo
alcance, requerendo responsabilidade e compromisso por parte dos educadores.
Maria margarida Machado (1996-2204) em sua obra EJA uma memória
contemporânea, aborda que “a educação básica é para todos”, assim oportunizando não
apenas educandos em tempo regular, como até mesmo os que por algum motivo não puderam
frequentar a escola. Que o quadro educacional brasileiro é ainda bastante insatisfatório e que
uma educação de qualidade continua sendo um grande desafio.
Paiva (2006) em Alfabetização e Cidadania: Diversidade do público EJA, diz que
embora haja concordância em que a educação de adultos deve ser aberta a todos, na realidade
muitos grupos ainda estão dela excluídos, idosos, migrantes, ciganos, deficientes e etc. “Que
educar é promover um direito, não um privilégio”
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Em educação em valores humanos, Cassia Janeiro considera o espaço educativo como
crescimento e transformação, mas que requer educadores capazes de considerar os saberes dos
alunos promovendo o diálogo transcultural. ”Valores que promovam a construção de uma
sociedade mais justa”
Para o sucesso do presente trabalho, serão adotadas como metodologia basilar as
pesquisas exploratórias, principais bibliografias que envolvem o assunto em questão e
material da internet, bem como as pesquisas descritivas e explicativas.
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2 O ANALFABETISMO E A EDUCAÇÃO POPULAR
Em relação a educação no Brasil e seus diversos processos de formação, cabe ressaltar
a trajetória da educação popular, objeto desta pesquisa. Desde o período colonial, a educação
era vista como um caráter mais religioso que propriamente educacional. Paiva chega a afirmar
que é infactível falar da existência de uma educação popular neste período. Nenhuma
importância era destinada a educação popular, ressaltando que mesmo a hipotética de caráter
religioso, administradas pelos jesuítas e outros religiosos, não resistiu a ação de pombal. No
que diz respeito a época no Brasil Império, várias políticas educacionais preconizavam a
necessidade de haver classes noturnas de “ensino elementar para adultos e analfabetos”.
Assim Stephanou registrou que a partir do ato educacional, as províncias se encarregariam de
conduzir as instruções destinadas ao ensino primário e secundário visando a educação de
adultos, formulando políticas de caráter específico para essa modalidade de ensino. Para
Romanelli, a descentralização, desencadeado pelo ato adicional fragmentou os escassos
projetos e recursos existentes, contribuindo para a proliferação de leis contraditórias. Nesse
sentido para Paiva, toda ineficácia percebida após o ato educacional, quanto o ensino primário
e secundário, encontrou significações. Ponderadas conclusões, ressaltando que no Brasil do
século XIX surgiu um desafio que consistia em preparar a transição entre a escravidão e a
liberdade dando a sociedade a capacidade de ser moderna, com todas as nuances que a mesma
pudesse trazer, sem que para tanto, ocorresse nenhum desequilíbrio na ordem vigente.1
Na década de 1920, devido mesmo ao panorama econômico-cultural e político que se
delineou após a 1° Grande Guerra, o Brasil começou a se repensar. Em diversos setores
sociais, as mudanças foram debatidas e anunciadas. Ademais, o setor educacional
compartilhou
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