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A COERÊNCIA TEXTUAL

Por:   •  6/8/2018  •  2.141 Palavras (9 Páginas)  •  280 Visualizações

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Assim é o texto, para que ele tenha um "bom caimento" é necessário um ajuste adequado de pequenas palavras ou expressões para unir partes maiores.

Entretanto, um dos maiores problemas que as pessoas encontram para garantir a coesão em um texto é a dificuldade de usar os chamados conectivos, articuladores textuais ou operadores de discurso (KOCH, 2002, p. 133) - palavras e expressões que estabelecem relações de sentido entre partes do texto:

- marcadores de relações espácio-temporais (defronte de, depois. . .);

- indicadores de relações 1ógico-semânticas (condicionalidade, causalidade, finalidade, oposição/contraste ...);

- indicadores de relações discursivo-argumentativas (justificativa, explicação, comprovação...);

- marcadores que comentam a própria enunciação (geograficamente, politicamente, economicamente, às vezes, em primeiro lugar, evidentemente, aparentemente, infelizmente, não há como negar, curiosamente, mais uma vez, e indispensável, sinceramente.. . ).

E quais são essas palavras e expressões consideradas articuladores?

Morfologicamente falando, os articuladores ou conectivos correspondem basicamente a quatro classes gramaticais: as preposições/locuções prepositivas, as conjunções/locuções conjuntivas, os pronomes e os advérbios. Por isso, como pré-requisito para o estudo da coesão, é preciso conhecer esses grupos de palavras.

Preposições e locuções prepositivas:

[pic 1]

As preposições podem se combinar com outras palavras e sofrem pequenas modificações, como por exemplo:

[pic 2]

Conjunções e locuções conjuntivas:

[pic 3]

Esses conectivos recebem uma classificação de acordo com o sentido das relações que eles marcam predominantemente, ou seja, a priori temos um sentido pré-determinado (mais usual) nessas palavras, embora seja sempre imprescindível analisar o contexto em que elas se inserem, para verificarmos seu efetivo valor.

[pic 4]

[pic 5]

[pic 6]

Esta tabela aponta alguns conectivos e auxilia o escritor a estabelecer as relações de sentido no texto. Entretanto, não basta somente estabelecer relações; há necessidade de uma ligação adequada e coerente para não haver contradição entre as partes do texto. Para isso, um cuidado e atenção especiais são necessários quanto ao uso de alguns conectivos.

Por exemplo:

1) O emprego de mas e embora:

O conectivo mas evidencia uma "estratégia de suspense', enquanto que embora indica uma"estratégia de antecipação".

Exemplos:

Embora os conectivos mas e embora indiquem oposição, cada um apresenta uma especificidade no seu uso.

Os conectivos mas e embora indicam oposição, mas apresentam especificidade no seu uso.

Atente também para o modo verbal: embora pede o modo subjuntivo (indiquem), mas exige o modo indicativo (apresentam).

2) O emprego de mas e porém:

Mas e porém têm o mesmo sentido. Há necessidade, no entanto, de observar sua posição na frase:

- mas aparece obrigatoriamente no começo da oração. Seu emprego no início de frase é também muito freqüente quando o interlocutor deseja mudar a seqüência de um assunto ou retomar um assunto que ficou suspenso.

Exemplos:

Li várias vezes a notícia, mas não entendi.

O homem evolui constantemente, mas não pode perder a sua essência.

"Nova linha Kodak Fun. Você pode perder a fala. Mas não perde a foto."

"(...) Mas se os sons não podiam entrar, verdade é que também não podiam sair."

- porém (e as demais conjunções adversativas) podem vir no início da oração ou após um de seus termos.

Exemplos:

O homem evolui constantemente, porém não pode perder a sua essência.

O homem evolui constantemente; não pode, porém, perder a sua essência.

Pronomes Relativos

Como os pronomes relativos referem-se a um termo já citado, relacionando uma oração à outra, eles são muito importantes como articuladores textuais.

Pronomes relativos:

VARIÁVEIS

INVARIÁVEIS

o qual, a qual, os quais, as quais cujo, cujos, cuja, cujas

quanto, quanta, quantos, quantas

que

quem

onde

quando

como

- Que: é o mais usado dos pronomes relativos, por isso é chamado de relativo universal. O antecedente pode ser coisa ou pessoa. O que é usado depois de preposição monossilábica.

Exemplos: O livro, que eu comprei, é ótimo.

A mulher, que ali está, é minha mãe.

A casa, em que moro, é muito arejada.

Comprei o livro a que te referes.

- Quem: antecedente pessoa ou coisa personificada. Com antecedente pessoa, só se pode usar quem quando o relativo vier regido de preposição.

Exemplo: Não conheço a pessoa a quem amas.

- Onde: indica lugar. Pode ser substituído por em que/no qual. No padrão culto da língua, o pronome relativo

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