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O Pequeno Gigante - Crônica

Por:   •  9/4/2018  •  740 Palavras (3 Páginas)  •  354 Visualizações

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Foi então dar um dedo de prosa com uma lavadeira. Entre uma cantiga e outra, uma batida e outra do pano na pedra, dona Baia passou a lhe dizer:

- Não vê Seu Come Longe, a água não espuma mais o sabão! Mal serve para beber, lá pras bandas da ponte da fazenda Iguaçu, um rio secou. Era ele que com suas águas negras, trazia fartura pro nosso Paraguaçu!

Intrigado com a conversa, Seu Jão passou tirar a limpo esta história com seu amigo, velho Alfredo. Será verdade?

- Jão, perto do rio da ponte, tem muitas fazendas de gado e plantação. Puxaram a água do rio nuns canos grandes e fizeram uma tal de irrigação, junto a isso a estiagem é grande, faz quase uma ano que não chove por essas banda. Parece que São José anda triste com a gente! Não quer mais mandar a chuva boa pra nosso sertão.

E confirma o que não queria acreditar, a quase morte de um gigante que pela falta de seu pequenino ia definhando. Sem o fio d’água o gigante pode morrer. O rio de águas turvas, está sendo explorado da forma mais vil, na tentativa tola de atrair riquezas, suas margens e sua força vão secando. Pequeno em tamanho, o gigante Una faz o majestoso Paraguaçu continuar vivo.

E Seu Jão reza para que venha a chuva e o Una possa encher. Pede também pra que o homem possa acordar e deixar o Una seguir seu caminho unindo-se outra vez ao colossal, completando-o por inteiro.

Quando passar pela ponte do Iguaçu, tente olhar e confirmar.

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