A FIGURA DO VAMPIRO NO CINEMA DO SÉCULO XXI
Por: YdecRupolo • 18/7/2018 • 2.333 Palavras (10 Páginas) • 482 Visualizações
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Drácula condenava a preguiça e devassidão, e diz-se que por este motivo, em certo feito, organizou um grande banquete e reuniu todos que não tinham serventia (vagabundos, coxos, cegos e pobres), mandou que fechassem as portas e queimasse todos.
Apesar da época de Drácula ter sido marcada por horrores e doenças como a sífilis, tuberculose e lepra, ainda assim para muitos Drácula era um herói nacional, devido à guerra contra os turcos. Seu método preferido em batalha era o empalamento, daí o nome de Vlad Tepes, ele executava seus inimigos das mais diversas formas, cravava suas cabeças em estacas e espalhava pelos campos de batalha, aterrorizando seus inimigos, como referem Radu Florescu e Raymond T. McNally, dois dos seus maiores investigadores, ele “Cegava, estrangulava, enforcava, queimava, cozia, esfolava, assava, rachava, pregava, enterrava vivos e mandava apunhalar as vítimas. ”[1]
1 LITERATURA
Na literatura um dos primeiros poemas a respeito de vampiros teria sido,“The Vampire ” (1748) de Heinrich August Ossenfelder. No cenário literário até mesmo um dos mais importantes escritores do Romantismo, Lord Byron escreveu sobre estes seres em The Giaour (1813), e teve uma peça intitulada, The Vampyre (1819), inspirada em suas aventuras.
Porém o maior sucesso no campo do Romance vampiresco viria anos depois com o “Drácula”, de BramStocker, escrito em 1897, que aproveita a lenda sobre o Príncipe da Valáquia, Vlad III, mesclando possessão demoníaca, sexo, sangue e morte. Este romance sensibilizou a Europa vitoriana devido à época que estavam passando e as doenças enfrentadas pela sociedade, entre elas a Sífilis, ligada diretamente ao fator sexual.
2 CINEMA
No cinema, o primeiro clássico conhecido sobre vampiros, foi 'Nosferatu, uma sinfonia de horror' de F. W. Murnau no ano de 1922. O filme ainda em cinema mudo, contava com as técnicas pouco sofisticadas da época, mas ainda assim foi aclamada pela crítica, por seus jogos de negativos, como a reprodução de arvores brancas espectrais balançando ao fundo do castelo de Drácula, remetendo o público a imagem sombria, morta. Ainda sobre as técnicas utilizadas, em duas sequências foram usadas a filmagem em câmera rápida, o que remetia o personagem a movimentar-se freneticamente, como se realmente possuísse poderes especiais. O vampiro, interpretado pelo ator Max Schreck, teve suas mãos coladas em forma de garras, alto, magro, careca, com orelhas de morcego e dentes de coelho, e movia-se como se estivesse em constante convulsão.
Apesar do sucesso de crítica do filme, o diretor F.W Murnau, teve de enfrentar um processo por violação dos direitos autorais, movido pela família de Bram Stocker. Embora o roteiro do filme seja mais simples e elimine ou coloque nome diferentes em alguns de seus personagens, o roteiro segue em partes o enredo do Clássico de Bram Stocker.
Devido à semelhança apresentada no filme, F.W. Murnau, perdeu um processo, e uma ordem judicial exigiu a destruição de todas as cópias do filme.
1.1 BRAM STOCKER NO CINEMA
A adaptação cinematográfica de Drácula, do autor Bram Stocker, lançada no ano de 1992, retrata o conde Drácula, como um ser que apesar de impiedoso com seus inimigos nos campos de batalhas, sofre copiosamente a perda de sua amada, que cometera suicídio acreditando que ele estava morto. Assim que soube da morte, Drácula amaldiçoa a Deus e a si mesmo, sendo condenado a perambular através dos séculos como um morto-vivo. Passados alguns séculos, o vampiro novamente expõe sua fraqueza ao apaixonar-se pela bela jovem Mina Murray, reencarnação de sua amada, se segue para Londres para encontrá-la e finalmente viver o amor que o sustentou durante toda sua morte-vida.
Acontece, porém, que a jovem é noiva, e Drácula tem que livrar-se do noivo, usando para isso uma possível compra de terras na Inglaterra, levando o rapaz até seu castelo na Transilvânia para conclusão da negociação. Com o caminho livre Drácula vai ao encontro de seu grande amor e a reconquista ao ponto de transformá-la em uma Vampira também. Mas nem tudo são flores e nem todo o final é feliz, Drácula acaba morto nos braços de sua amada, assassinado por Jonathan, o noivo de Minna, e Van Helsing, o caçador de vampiros.
3 OS VAMPIROS DE STEPHENIE MEYER
Diferentemente do Vampiro de Bram Stocker, Stephenie Meyer, retrata um vampiro mais humano, onde a única batalha enfrentada é consigo mesmo, seus conflitos internos, e sua condição de morto-vivo. No romance de Stephenie Meyer, o personagem principal, é um jovem vampiro, Edward Cullen, que se apaixona por sua colega de escola, a jovem Isabella Swan, que por sua vez corresponde ao sentimento.
O romance, no entanto, não é nada fácil, visto a condição de Edward, que além de tudo teme o tempo todo pelo bem-estar de sua amada, já que ele mesmo representa riscos. Para complicar um pouco mais Jacob Black, é um jovem lobisomem, também apaixonado por Bella e assim como todo seu clã inimigo dos vampiros.
Apesar de todas as dificuldades, o romance engata, e no quarto livro e filme da série, intitulados “ Amanhecer ”, o casal finalmente casa-se, e o que poderia ser o final feliz, trata-se na verdade do início de um novo conflito, pois na lua de mel, a garota fica grávida, e o que deveria ser motivo de felicidade torna-se um grave problema, pois o bebê, meio humano, meio vampiro, suga as forças da mãe, e alimenta-se de seu sangue. Para solucionar o problema, Bella passa a ingerir sangue a fim de nutrir o bebê e assim permitir que ele nasça. O bebê finalmente nasce, e Bella morre, mas Edward a salva transformando-a em uma vampira, o que não trata exatamente do final da trama. Resta ainda o desenvolvimento do bebê que é mais rápido que o normal, e uma guerra contra um clã que deseja elimina-los. Após a guerra, a então criança, já tornara uma jovem, e Jacob troca a mãe pela filha, tendo enfim o final feliz da série, com Jacob e Renesmee, filha de Edward e Bella. E como não poderia deixar de ser Edward e Bella, enfim juntos, felizes e imortais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Todos têm conhecimento, nem que seja mínimo sobre a figura do vampiro. Nem que seja ao menos uma vez vimos filmes, séries, livros ou até telenovelas a respeito do assunto. Cada autor retrata à sua maneira, uns mais fantasiosos, outros nem tanto. Mas de alguma maneira todos utilizam algum ponto de “verdade ”, em suas estórias.
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