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O ENTRELAÇAMENTO DA EDUCAÇÃO COM O MUNDO VIRTUAL: As redes sociais ganhando o mundo educacional

Por:   •  19/10/2018  •  4.227 Palavras (17 Páginas)  •  377 Visualizações

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O ciberespaço se configura como uma infinidade de leituras possíveis. Sendo assim, buscamos elucidar tópicos como as revoluções que ele nos apresenta; o que muda na leitura do hipertexto; como lemos um texto impresso e um hipertexto; e qual o caminho que percorremos em sua leitura. A popularização do hipertexto, através da Internet, permite que, diariamente, as pessoas acessem sites para ler alguma coisa. Por isso, precisamos compreender melhor essas práticas não lineares, suas aplicações e a influência em nosso modo de ler e entender o mundo.

Os recursos oferecidos pelo Facebook, além de outras redes sociais de menor expressão podem auxiliar na educação e na transmissão de conhecimento através do contato entre pessoas de diferentes níveis sociais, culturais, políticos, econômicos e educacionais. Os professores podem diminuir dúvidas de alunos a qualquer hora, de qualquer lugar, promover atividades em grupo para aumentar a interação entre os alunos e compartilhar conhecimentos e experiências.

- GÊNEROS TEXTUAIS E GÊNEROS DIGITAIS: DIFERENTES CULTIVOS DE COMUNICAÇÕES

Partilha-se de informação comunicativa linguisticamente por meio de textos, onde se apresentam em duas modalidades a escrita ou a oral. O estilo como usamos a linguagem é determinada pela circunstância de comunicação. Sendo assim, interagimos através de textos que assumem as mais variáveis formas, de acordo com as situações comunicativas (KOCH e ELIAS, 2009).

Cada texto vem a realizar um gênero textual correspondente a sua situação de comunicação. Os gêneros são eventos textuais que possuem, em sua gênese, plasticidade e dinamicidade. Os gêneros textuais permitem observar o funcionamento da sociedade e, por esse motivo, trata-se de um tema que está cada vez mais atual, por ser a consolidação do texto em seu formato e função definidos social e discursivamente. Assim, dizemos que gêneros textuais possuem formatos relativamente estáveis, uma vez que somos capazes de identificá-los e diferenciá-los. No entanto, não são estáticos, pois podem variar em seus aspectos e em significação, dependendo da situação comunicativa (MARCUSCHI, 2008).

Com o aparecimento da escrita, por exemplo, o número de gêneros textuais existentes aumentou de maneira significativa, o que permitiu a criação de novos gêneros, tais como a carta, o bilhete e o memorando. O telefone possibilitou, da mesma forma, a constituição do gênero telefonema e o celular, a constituição do SMS ou mensagem de texto. Semelhantemente, o computador e a internet permitiram a composição de outros gêneros, como o e-mail, o blog, o chat, dentre outros (XAVIER e MARCUSCHI, 2005). Atualmente, a manifestação das redes sociais (Facebook, Twitter, Whatsaap etc.) permitiu aos navegadores da internet vivenciar as mais distintas relações para além das suas comunidades locais. A principal característica dessas redes é a interatividade em tempo real.

Ratificando que não necessariamente que sempre que houver o nascimento de uma nova tecnologia propiciará a criação de um gênero textual novo. Importante também frisar que novos gêneros textuais são formados a partir de antigas bases. Observando o gênero carta podemos perceber que é um gênero textual semelhante a uma conversa, atualizando-se em forma de e-mail. Consequentemente, todas essas transformações presentes na contemporaneidade, que surgem fora dos ambientes escolares, devem ser incorporadas às suas práticas de modo a favorecer ainda mais o processo de ensino-aprendizagem, visto que são ferramentas presentes cada vez mais no cotidiano dos jovens (SETTON, 2010).

- A INTERATIVIDADE EDUCACIONAL A PARTIR DAS REDES SOCIAIS

O que vem a ser uma rede social?

“uma estrutura social composta por pessoas ou organizações, conectadas por um ou vários tipos de relações, que partilham valores e objetivos comuns. Uma das características fundamentais na definição das redes é a sua abertura e porosidade, possibilitando relacionamentos horizontais e não hierárquicos entre os participantes. Muito embora um dos princípios da rede seja sua abertura e porosidade, por ser uma ligação social, a conexão fundamental entre as pessoas se dá através da identidade. (...) Um ponto em comum dentre os diversos tipos de rede social é o compartilhamento de informações, conhecimentos, interesses e esforços em busca de objetivos comuns.” (http://pt.wikipedia.org/wiki/Rede_social)

A Web é o local de grande expansão das redes sociais, estas redes de relacionamento virtuais uma das diferentes redes sociais, em que mais tem crescido o número de usuários, porque o uso destas permite com que eles possam atravessar seus interesses para o mundo virtual e assim a Web passa a fazer parte do cotidiano das pessoas, principalmente dos jovens, porque é nela que eles se reconhecem, comunicam-se, interagem e se informam.

Em face de expansão do uso das redes sociais, a escola, o processo educativo em si não pode ficar alheio ao papel que estas exercem nas formas de se expressar e relacionar da geração net; se é fato que estamos em uma configuração social diferente de todas as anteriores, então a educação também deve se renovar para atender as novas demandas formativas que estão surgindo neste contexto. Considerando que:

“o ensino via redes pode ser uma ação dinâmica e motivadora. Mesclam-se nas redes informáticas- na própria situação de produção e aquisição de conhecimentos – autores e leitores, professores e alunos. As possibilidades comunicativas e a facilidade de acesso às informações favorecem a formação de equipes interdisciplinares de professores e alunos, orientadas para a elaboração de projetos que visem à superação de desafios ao conhecimento; equipes preocupadas com a articulação do ensino com a realidade em que os alunos se encontram, procurando a melhor compreensão dos problemas e das situações encontradas nos ambientes em que vivem ou no contexto social geral da época em que vivemos.” (KENSKI, 2004,p.74)

Entretanto, o uso das redes sociais na escola ainda é uma discussão controversa; muitos ainda apresentam grandes resistências quanto ao uso das mesmas ou de quaisquer outros recursos tecnológicos na escola, seja por desconhecimento do funcionamento dos mesmos, preconceito ou incapacidade de realizar uma transposição pedagógica de seus conteúdos para um meio que não seja a sala de aula presencial e seus recursos tradicionais – quadro, giz, projetores, livros didáticos. Mas, devem-se rever estes conceitos antiquados e qualificar estes profissionais para o uso destes

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