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O Mito da Democracia Racial no Brasil

Por:   •  21/8/2018  •  1.336 Palavras (6 Páginas)  •  309 Visualizações

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10 anos após as referencias anteriores, o perfil dos brasileiros mudou e mais da metade da população, ou seja, 51,07% não se consideravam branca, com isso em mente e para não ficarmos restritos ao estudo vejamos por exemplo os brasileiros mais ricos da atualidade segundo o levantamento da revista Forbes. É de se esperar que dentre os brasileiros mais ricos pelos menos a metade deles não seja branco. Exemplos sem numeros: Eike Batista, Jorge Paulo Lemann, Joseph Safra, Marcel Telles, Benjamin Steinbruch, Carlos Alberto Sicupira, Antonio Heminio de Moraes, Aloysio de Andrade Faria, Abilio Diniz, Alfredo Egidio Arruda Villela Filho.

Dos 10 brasileiros mais ricos, nenhum é negro ou pardo, o que mostra o abismo existente entre o acesso a riqueza e a cor da pele no nosso País. Alguns podem dizer que a mostragem é pequena e que não passa de uma coincidencia, mas pesquisamos outros nomes e todos confirmam essa tendencia. No Brasil, ser rico, é quase dinonimo de ser branco. A população encarcerada tambem é um indicativo importante, a maioria das pessoas e capaz de admitir que os crimes tem relação direta com a pobreza, o que justifica que sua ocorrencia seja maior em regioes pobres do que em ricas. Em países menos desenvolvidos do que em países mais desenvolvidos. No caso do Rio de Janeiro, onde a violencia figura diariamente na imprensa, os negros e pardos representam 66,5% da população carceraria enquanto na cidade como um todo totaliza apenas 40,2%. no caso da população especificamente negra a diferença é ainda maior. Nas cadeias a proporção de negros é relativamente 2,6 vezes maior que a população da cidade do rio de Janeiro. Os dados são da Fundacao Getulio Vargas(FGV) e no resto do Brasil as estatisticas não são muito diferentes. O mesmo se aplica aos casos de omicidios, dados do sistema de informação sobre mortalidade e do Ministerio da Saude apotam que ao longo do periodo de 2000 a 2009 os pretos e pardos foram mais vitimados do que os brancos no Brail. Em 2009 por exemplo foram registrados 15.053 homicidios de pessoas brancas, ao passo que a quantidade de vitimas de pretas e pardas foi mais que o dobro totalizando 33.929 pessoas. Vale a pena instir, em 2009 48,22% dos brasileiros se declaravam brancos e 51,07% se declaravam pretos ou pardos, o que acentua incrivelmente essa desproporção.

A Dr. Denise de Carvalho, pesquisadora do nucleo de estudo da violencia, da USP ajuda a mostrar o quanto negros e pardos estao muito mais propensos a serem assassinados do que os brancos em nosso pais.

Isso mostra que todas as estatisticas apontam para fato de que no Brasil as chances de ser pobre, encarcerado e morto são muito maior pra população negra. A distancia que separ negros e pardos dos brancos é mais do que evidente. Mas se nada disso convencer o defensor da democracia racial, encomendamos que o mesmo percorra as escolas particulares, especialmente as mais caras e veja se a proporção de negros e pardos matriculados corresponde à media de sua cidade. Va tambem a restaurantes caros, academias imponentes, a escritórios aclamados, visite os hospitais e veja quantos medicos negros consegue identificar. Depois disso que confirme as hipoteses fazendo a mesma observação nas escolas e hospitais publicos, nas favelas e nas comunidades de baixa renda, que de a seus olhos a oportunidade de vislumbrar a realidade; e se não conseguir provar o contrario do que apontamos que asssuma a atitude honesta de assumir que não vivemos em uma democracia racial,nesse caso, é preciso criar meios pra remediar essa discrepancia, o sistema de cotas é um deles.

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