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LINGUAGEM: CONCEITOS BÁSICO. DE BRAZ JOSÉ COELHO

Por:   •  28/2/2018  •  1.593 Palavras (7 Páginas)  •  362 Visualizações

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compreender. A necessidade da relação, dependência e interação entre os elementos de um sistema estabelece a diferença dele com um simples conjunto.

Qualquer objeto ou fenômeno pode ser verificado por várias perspectivas. Uma delas é a que se denomina de visão de dualidade ou dualista, às vezes, aparecendo com uma denominação mais simplificada: dicotomia ou binarismo.

Por visão de dualidade ou dicotomia, entende-se, pois, o modo, pelo qual se percebe uma totalidade através de dois aspectos básicos que a constitui, sendo que a falta de um deles descaracterizaria a totalidade em questão e, até mesmo, provocaria a sua inexistência.

O termo função, nos estudo de língua, se apresenta sendo dupla acepção, no sentido de servir para que e no sentido de como funciona.

A primeira acepção pode ser entendida como uma função extrema ao sistema lingüístico, diz respeito à sua finalidade enquanto instituição social, como, por exemplo, as seis funções da linguagem emotiva, conativa, referencial, fálica, poética, metalingüística, apresentdas por Jakobson (1973, p.129). a segundo, como interna ao sistema lingüístico, se referindo às várias funções que as unidades lingüística vão adquirindo à medida que tais unidades se relacionam umas com as outras no interior do sistema e de acordo com o tipo de relação contraídas. O importante em tudo isso é perceber que, em se tratando das unidades de um sistema lingüístico, a função decorre da relação.

A competência lingüística do indivíduo apresenta dois aspectos básicos: o chamado passivo, que corresponde ao repertório lingüístico que o indivíduo nem sempre domina, mas utiliza para a compreensão do que os outros falam para ele e o conhecido por ativo, correspondendo ao repertório lingüístico que o mesmo indivíduo possui, domina e utiliza, sem muito esforço, na construção de seus enunciados.

As quatro atividades básicas da comunicação verbal — a competência oral (lexical e gramatical) passiva permite a atividade de ouvir com entendimento a língua de que se é falante; a competência oral (lexical e gramatical) ativa permite a atividade de falar, produção oral da língua aprendida. A competência escrita (lexical e gramatical) passiva possibilita a atividade de ler e a competência escrita (lexical e gramatical) ativa é responsável pela atividade de escrever.

Signo – Considerando a língua como um sistema de signos e compreendido o que venha a ser sistema, faz-se necessário agora uma explicação de signos, para que se tenha uma compreensão mais completa de língua.

Ao aspecto perceptível, Saussure chamou de significante e o define como sendo uma “imagem acústica” ao aspecto conceitual, Saussure chamou de significado e o define como sendo um “conceito” (SAUSSURÉ, 1979, P.79-84).

O signo lingüístico é uma unidade do sistema lingüístico e como tal é um elemento formal registrado na memória dos indivíduos.

Sintagma e Paradigma – Quando na definição de língua falamos nas possibilidades combinatórias dos signos, estávamos de certa forma falando de relações; a mesma noção nuclear se encontra embutida na conceituação de sistema e de signo, dois dos mais importantes aspectos da conceituação de língua. Relação é, pois, um conceito básico para a compreensão de qualquer sistema lingüístico — são as relações as responsáveis não só pela organização sistêmica de uma língua, mas também pelo seu funcionamento.

Uma língua se organiza sistematicamente e se realiza nos vários e múltiplos atos de fala, tendo por base dois eixos de relações. Estes eixos são o que se costuma chamar de sintagma e paradigma (SAUSSURÉ, 1969, p.142-155).

As variedades lingüísticas utilizadas por populações distribuídas em regiões geográficas distintas, dá-se o nome de dialeto regional ou apenas dialeto. As variedades lingüísticas utilizadas por classes, categorias ou segmentos sócio-culturais são chamadas ora de dialeto social, ora de socioleto, às primeiras costuma-se também, referir-se por variedades diatópicas, e as segundas por variedades diastráticas.

É o que se conhece com o nome de estilo ou idioleto, diversificações individuais refletindo as idiossincrasias do falante, diferenciado o seu comportamento, o que lhe é próprio. O estilo ou idioleto representa o que cada indivíduo lingüisticamente explicita de si mesmo, fazendo ressaltar suas tendências e impulsos mais marcantes, seus trejeitos e cacoetes — tudo aquilo que o marca lingüisticamente como uma personalidade única, diferente dos demais de seu grupo. O estilo ou idioleto, representa a expressividade individual, o lado mais criativa de cada pessoa.

Mas, o mesmo indivíduo pode fazer sua fala variar devido às necessidades de uma adequação de sua mensagem à situação em que esteja vivenciando no momento de produzi-la.

A elaboração de categorias metodológicas se dá a partir de um processo de abstração, vez que procura refletir em alto grau de generalização os aspectos fenomênicos do objeto, bem como suas relações e conexões internas e com outros fenômenos limítrofes ou semelhantes.

Uma categoria operacional metodológica é um instrumento abstrato-conceitual com que se busca orientação no intricado das ocorrências heterogêneas que o objeto, acontecendo em sua existência e manifestação concretas, se apresenta ao pesquisador.

Foi proposto, no início deste trabalho, a elaboração de um texto que tratasse de noções e conceitos básicos

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