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A COMUNICAÇÃO TOTAL OU BIMODALISMO

Por:   •  3/5/2018  •  1.209 Palavras (5 Páginas)  •  717 Visualizações

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Assim, a língua natural das pessoas com surdez é negada tanto no oralismo como na comunicação total e isso provoca perdas consideráveis nos aspectos cognitivos, sócio afetivos, linguísticos, político culturais e na aprendizagem desses alunos.

Os resultados obtidos com a comunicação total são questionáveis, quando observamos as pessoas com surdez frente aos obstáculos do dia-a-dia. O que caracteriza a comunicação total que é a linguagem gestual visual, os textos orais, os textos escritos e as interações sociais parece não viabilizar um desenvolvimento satisfatório e esses alunos permanecem isolados, continuando agrupados pela deficiência, marginalizados, excluídos do contexto maior da sociedade, já que a comunicação total não utiliza a língua de sinais de forma plena, logo, não se leva em conta o fato de ela ser natural (ter surgido de forma espontânea na comunidade surda) e de carregar uma cultura própria.

A pratica bimodal, também conhecida como português sinalizado, não mostra uma realidade diferente: é concebida erroneamente por muitos educadores, tendo em vista que o uso da fala é completamente dissemelhante da enunciação através do português sinalizado. Por razões de natureza linguística, línguas orais e línguas de sinais são impossíveis de serem reunidas em uma mesma exposição, com exceção de raríssimas sentenças, onde a complicação do tema é mínima, é provável reunir sinais e fala simultaneamente. Assim, o aluno aprende que a palavra equivale ao sinal utilizado e, com isso, torna-se propensa a erros e produz frases incompreensíveis todas as vezes que expressa os próprios pensamentos.

Também por essa razão, o bimodalismo, não atende às complexidades de uma conversação, a não ser em níveis bastante superficiais. Muitos educadores advogam o uso do bimodalismo como solução para a situação interativa entre alunos surdos e professores e colegas ouvintes na sala de lição, insistindo em ignorar a recepção desse sistema sintético pelo surdo e desprezando as contradições.

3. CONCLUSÃO

No brasil há poucas escolas especiais para os surdos cursarem o ensino médio, e não há universidades com professores que dominam a língua de sinais e/ou interpretes em todos os cursos e disciplinas. Não há caminhos alternativos para que possam crescer profissionalmente. Então, cabe ao surdo esforçar-se para competir no mundo de linguagem oral, estudar e trabalhar faz essa linguagem não ser uma “opção”, mas uma “contingência”.

Nesse diapasão, é possível concluir que por mais bem intencionada que a comunicação total seja, sua pratica não demonstra grande eficácia, pois não valoriza a natureza do surdo o compelido a seguir métodos extremos para se enquadrar ao meio social, fazendo uso inadequado da sua própria língua, já que a mesma tem gramática diferente das línguas orais, tendo como consequência a deformação de ambas.

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