Situando a Pluralidade de Contribuições que Emanam da Ciência Psicológica

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• JONAS

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Situando a pluralidade de contribuições que emanam da ciência psicológica Psicologia na Formação Docente

• A escola, por sua vez, nutre também expectativas de que a família proporcione um mínimo de sustentação (afetiva e econômica, por exemplo) para que o aluno seja bem sucedido na escola. Há, nesse sentido, verdadeira teia de cobranças e expectativas que se estabelece entre escola e família em torno da educação da criança.

• Diante disso tudo, é de se supor a difícil posição em que se encontra o professor, destinatário de expectativas e cobranças sobre a melhoria do ensino e de desafios que o cotidiano lhe põe à frente. Bem ou mal preparado, o professor enfrenta um cotidiano difícil, independentemente de questionamentos sobre quais atribuições seriam de sua competência.

• O trabalho pedagógico no interior das salas de aula não é livre da complexidade. SMOLKA & LAPLANE (7) remetem a reflexões sobre a relação entre teoria e prática considerando as mediações representadas pelas condições reais e concretas presentes no cotidiano pedagógico. Dizem as autoras:

• Portanto, quando se trata de ensino, a própria dinâmica dos acontecimentos oferece resistência a uma prática pedagógica considerada ideal e as

• opções que o professor faz, segundo os referenciais de compreensão que possui, produzem novas manifestações por parte dos alunos.

• MARIO

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• As autoras explicam que nem sempre o professor tem claros os pressupostos teóricos em que se amparam suas decisões. E comum professores declararem adesão a uma teoria específica ou dizerem que pegam um pouco de cada teoria para tentar dar conta das manifestações presentes. As interpretações que o professor faz das situações heterogêneas presentes cm seu cotidiano de atividades dependem do acesso que teve e que tem à produção de conhecimentos na área, além de fatores como a sua história de vida e experiência profissional. Tais conhecimentos — teóricos, sistematizados, [...] — porque históricos, configuram-se em determinado espaço e tempo e tomam- se (ou não) disponíveis ao professor [...] passando a fazer parte dos recursos materiais dos quais ele lança mão nas situações concretas. (ld.ibid., p.4).

O professor pode interpretar a prática pedagógica a partir de uma diversidade de lugares teóricos e pressupostos epistemológicos. E qualquer sala de aula um behaviorista, um construtivista, um sociointeracionista, descobrirão princípios pertinentes às suas teorias e terão o que dizer sobre as relações de e si o (Id. ibid., p.3). Assim também, ao considerar a escola como um todo, pode-se dizer que behavioristas, construtivistas, sociointeracionista, psicanalistas, humanistas e outros sempre terão o que dizer da dinâmica escolar, assim corno terão contribuições a oferecer.

• RICARDO

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Situando a pluralidade de contribuições que emanam da ciência psicológica Psicologia na Formação Docente

• Entende-se que ao admitir que diferentes teorias têm contribuições a oferecer não significa a pregação de urna iscel ea epistemológica. Tentar caracterizar em que medida essa contribuição pode acontecer supõe adotar urna perspectiva crítica do conhecimento produzido pela Psicologia Educacional. Tal perspectiva só será possível quando se posicionar histórica e epistemologicamente o conhecimento na área e quando a Psicologia dirig ir-se ao homem concreto.

• A adoção dessa visão crítica mostra que não deve haver psicologismo, entretanto não pode cair em outra espécie de reducionismo, implicando que não haja demolição de tudo o que a Psicologia construiu até aqui, porque burguesa, porque objetivista ou subjetivista, como se a dialética não existisse no seio da própria produção da Psicologia.

• Entende-se que a diversidade deve ser propiciada na formação de professores. Mas o futuro professor, no contato com as diversas escolas e teorias psicológicas, precisa saber em que condições históricas aquele conhecimento foi produzido, a que” ou a

ue ele serve e como pode ser utilizado para interpretar e interferir na prática pedagógica.

• O privilegiamento de um enfoque teórico na formação de professores dificilmente capacitará docente para dar conta da complexa realidade envolvida no processo educativo. Conforme se posiciona LIMA (1 990)

• SILVIO

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Situando a pluralidade de contribuições que emanam da ciência psicológica Psicologia na Formação Docente

• Isolar urna teoria de uma área do conhecimento, de suas múltiplas relações com outras áreas e outras teorias da mesma área e procurar transformá-la num referencial absoluto, não só significa um equívoco científico, como implica no risco perigoso, de transformar esta teoria em instrumento de discriminação e de impedimento à evolução do conhecimento. (p.3).

• Este tipo de equívoco é ainda mais prejudicial quando propostas de reformulações geradas no seio de urna dada política educacional seqüestram urna teoria em particular para fazer dela o fundamento científico de suas proposições e, o que é pior, tomando tal fundamento teórico corno se ele fosse o único a oferecer contribuições para a interpretação e solução de problemas enfrentados no âmbito escolar.

• Freqüentemente a perspectiva teórico-filosófica adotada como fundamentação explicativa de urna medida política é apresentada aos professores como soluç o i aculosa dos problemas enfrentados. Várias estratégias são deflagradas para garantir a adesão dos professores, entre elas medidas de capacitação massiva como aconteceu com as reciclagens no auge do tecnicismo pedagógico.

• THAMAIO

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