Resumo crítico do tópico (Do Universitário ao Humanista) do livro "Os intelectuais na Idade Média"
Por: Ednelso245 • 15/5/2018 • 1.435 Palavras (6 Páginas) • 548 Visualizações
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Afirma-se a autonomia do Estado.
O Estado laico detém o poder legislativo, executivo e judiciário e toma para si até a missão de administrar o domínio espiritual.
A primeira universidade nacional: Praga. Em Praga, duas linhas se opõem. Os alemães (ricos burgueses; nobreza e clero) e os checos (classes populares; camponesa e artesanal). Com a derrubada da maioria das nações em proveito dos checos, os alemães abandonam a universidade de Praga e fundam a de Leipzig.
Paris: grandezas e fraquezas da política universitária.
A universidade vincula-se ao papado.
Em 1499, a universidade perde o direito de greve, está nas mãos do rei.
O ensino segue dupla evolução (relações entre escolástica e humanismo)
A esclerose da escolástica.
Formam-se duas linhas escolásticas: Os antigos (aristotélicos e tomistas) e os modernos (nominalistas originários de Ockham).
Os universitários abrem-se ao humanismo.
Iniciam-se os estudos do Grego
O intelectual medieval estava ficando cada vez mais distante enquanto o humanismo do renascimento se fixava.
O regresso à poesia e à mística.
Considera-se Platão como ‹‹Filósofo Supremo››.
Lefèvre de Étaples inclina-se para os poetas e místicos e seu ideal de conhecimento é o contemplativo. A filosofia encontra-se está envolvida diretamente com a retórica e a poesia, e tem-se sua forma perfeita no diálogo platônico.
Em torno de Aristóteles: o regresso à bela linguagem.
Preocupa-se com o belo, os humanistas escolhem a forma, enquanto os escolásticos selecionam o fundo.
O latim escolástico estava para morrer, mas o humanismo definitivamente fez do latim uma língua morta.
O humanista aristocrata.
O meio-ambiente humanista é o do grupo, da Academia fechado, mas o verdadeiro humanismo não é ensinado na Universidade, mas numa instituição destinada a uma elite: (o Colégio dos Leitores Reais).
Humanistas socialmente ainda mais diferentes dos intelectuais medievais. Preocupados com a proteção dos grandes, o funcionalismo, a riqueza material.
O regresso ao campo.
Burgueses enriquecidos e príncipes investem na terra, mandam construir cassas de campo e palácios.
Reencontra-se o homem interior de S. Bernardo, ‹‹Fugindo da pompa das cortes e do tumulto das cidades, habitarás no campo, amarás a solidão››.
A ruptura entre a ciência e o ensino.
Os humanistas abandonam o contato com a massa, a ligação entre ciência e ensino.
A sua ciência, as sua ideias, as suas obras-primas alimentarão mais tarde o progresso humano. Porém se inicia com um retrocesso. (antes de espalhar por todo lado a cultura da escrita), os que sabem ler, (uma reduzida elite de privilegiados) terão sorte.
Apreciação Crítica da Obra. A parte III Do Universitário ao Humanista, da obra, Os intelectuais da idade média, de Jacques Le Goff dedica-se a entender os intelectuais, um grupo de homens (professores, mestres, doutores, homens de saber, intelectuais), em sua maioria rica, que refletia sobre sua atuação dentro da universidade ao longo dos séculos do fim da Idade Média. Destaca-se a relação desses intelectuais com a Igreja e com a ciência, as diferenças entre os escolásticos e os humanistas e o processo de decadência do intelectual medieval em virtude do humanismo do renascimento. Foi possível entender as principais ideias colocadas pelo autor, pois a escrita da obra é em estilo claro, objetivo e de fácil compreensão. Porém sua organização sistematizada em tópicos curtos, ou seja, menos de uma lauda de um tópico para outro, quebra um pouco a linha de continuidade do texto. O autor também faz algumas oscilações entre datas no texto, hora se fala em séculos XIV e XV, hora em XIII, depois volta para XIV e XV novamente, principalmente quando se cita as datas de criação de algumas universidades, complicando um pouco o entendimento do leitor. Dirigida a estudantes, pesquisadores e profissionais da área de humanas. A obra requer um conhecimento prévio a cerca do tema proposto, pois apesar de deter muitos detalhes, esta não explica diretamente certos termos contidos no texto. Foi perceptível que um dos debates fundamentais travados na parte III, por exemplo, entre ensino gratuito e o pago, não foram bem dissecados, o autor coloca a informação, mas não a esclarece. Por exemplo: Em “A evolução da fortuna dos universitários”, o autor apresenta que (os estudantes deviam dar presentes aos mestres na altura dos exames) p. 140-141, porém não há uma explicação para isso, por que estes estudantes deviam dar presentes para seus mestres antes dos exames? Além de que o autor falou mais a cerca dos ricos do que dos pobres na universidade.
Portanto,
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