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Resenha Dialogo sobre a conversão do gentio

Por:   •  17/10/2018  •  961 Palavras (4 Páginas)  •  227 Visualizações

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Gonçalo Alvarez, mais uma vez coloca em questão os homens do ocidente em comparação com os gentios: porque aqueles do ocidente eram mais entendidos e tinham maiores consciências do que estes? Nugueira afirma que tal “consciência” não fazia os homens do ocidente possuir o melhor conhecimento, mas serem mais “civilizados” se comparados aqueles que tipicamente andavam nus. Justifica ainda que os gentios andavam nus e agiam como agiam, devido a uma maldição advinda do filho de Noé, Chaam. Ainda assim, por terem sido criados em um ambiente diferente daqueles que não foram “amaldiçoados”, os gentios continuavam a ter o reconhecimento divino.

Nugueira acreditava que seria mais fácil convencer a um gentio de que existe um Deus maior, do que convencer um judeu que ainda espera pelo messias. Ou seja, o desconhecimento neste caso, tornava os gentis mais voláteis a novos conhecimentos.

A conversão das almas, para Nugueira, era um dos ofícios mais solenes e que deveria ser realizado em sua máxima excelência. Não bastava falar e saber sobre aquilo que se falava. A conversão somente era realizada com o convencimento daquele que provava a própria fé, e para isto, aquele que pregava deveria ter “confiança em Deus e desconfiança de si”, fazendo a fé ser provada através das graças dos Santos, seja através do milagre ou do dom da fala.

Ao fim, Gonçalo Alvarez ainda questiona sobre as razões que usam para a conversão dos gentios. Conclui-se que na verdade, ele não consegue compreender a abstração do emprego da vontade de Deus como agente fundamental na conversão deste povo. Acreditando exclusivamente no papel dos padres e na forma como estes empregam o uso da palavra para tentar a conversão.

Já Nugueira, de seu lado, tenta de todas as formas mostrar que o ofício da conversão é algo que transcende a vontade do próprio padre: ele se torna um agente divino, cujo papel é dar assistência aos gentios, e que quando chegar a o hora certa, Deus, em sua divindade, vai abrir as portas para a conversão dos gentis, mesmo que cada um leve o seu tempo. A isto se chama os padres de “ferreiros”, e os gentios de “ferro frio”. Deus seria a chama capaz de mover a transformação e moldar ou remodelar esse povo, tão estranho a outros costumes e ao mesmo tempo, tão flexíveis as transformações.

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