RESENHA E FICHAMENTO A REVOLUÇAO INGLESA DE 1640
Por: Jose.Nascimento • 20/11/2018 • 3.167 Palavras (13 Páginas) • 327 Visualizações
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“Tratava-se, em si mesma, de uma revolução tanto moral como económica, de um corte com tudo o que os homens tinham considerado justo e correcto, e teve os efeitos mais perturbadores nas formas de pensamento e de crença.” (p.31)
“...no século XVI, a ideia de o lucro ser mais importante do que a vida humana — que nos é tão familiar que perdemos todo o sentido de indignação moral — era demasiado nova e chocante.” (p.31)
“Efetivamente, eram os proprietários de terras que controlavam o governo locai, como senhores de vastos domínios ou juízes de paz.” (p.33)
“Os meios de comunicação deficientes impediam contudo, o total desenvolvimento de um mercado nacional, restringiam as possibilidades da divisão do trabalho e, portanto, da evolução capitalista da agricultura.” (p.35)
“Todas as classes participavam de uma intensa luta para tirarem proveito das mudanças que ocorriam na agricultura. Em geral, estas transformações proporcionavam maior produtividade e permitiam a alguns camponeses mais ricos e pequenos proprietários de terras subirem na vida” (p.35)
“O Estado é sempre um instrumento de coerção nas mãos da classe dominante; e os proprietários de terras dominavam a Inglaterra do século XVI. ” (p.39)
“Todavia, temos de ter cuidado para não antecipar esta evolução, nem exagerar a sua amplitude; ela é significante como tendência dominante. ” (p.40)
“Embora a maior parte do povo inglês trabalhasse nos campos antes de 1640, verificaram-se no comércio e na indústria transformações não menos importantes do que as que descrevemos, as quais impulsionaram efectivamente o desenvolvimento agrário” (p.42)
“Os obstáculos à expansão do capitalismo no comércio e na indústria eram tantos e tão sérios como na agricultura. ” (p.46)
“Dissolvido o antigo controlo industrial, a Coroa, no interesse da classe terratenente feudal ...procurou impor novos controlos. Qs monopólios — a venda a um indivíduo particular dos direitos exclusivos de produção e/ou venda de uma determinada mercadoria eram o
meio através do qual a Coroa procurava submeter a indústria e o comércio ao seu controlo,
à escala nacional, agora que as corporações das cidades tinham sido ludibriadas.” (p.48)
“Portanto, existiam realmente três classes em conflito...Mas um novo conflito viria a desenvolver-se, irremediavelmente, entre as duas últimas classes, uma vez que a expansão do capitalismo envolvia a dissolução das antigas relações agrárias e industriais e a transformação de pequenos patrões e camponeses independentes em proletários” (p.51)
“Contra este fundo de transição económica e social, o papel da monarquia Tudor torna-se
claro” (p.53)
“Assim a pequena nobreza feudal, à medida que os rendimentos provenientes das terras
diminuíam, tornava-se cada .vez mais dependente da corte para o trabalho e os ganhos
económicos, cada vez mais' parasita. A medida que a monarquia Stuart se ia tornando menos útil à burguesia, tornava-se cada vez mais indispensável à aristocracia e aos cortesãos, constituindo a sua única garantia de sobrevivência económica. Essa a razão por que viriam
a lutar tão desesperadamente na Guerra Civil ” (p.56)
“... a colaboração entre Coroa e o Parlamento no período Tudor baseava-se numa comunhão de verdadeiros interesses. ” (p.57)
“Na última década do século XVT, quando todos os inimigos internos e externos tinham sido esmagados, a burguesia deixou de depender da protecção da monarquia; ao mesmo
tempo, a Coroa tomou-se progressivamente consciente do perigo que a crescente riqueza da burguesia significava, batendo-se por consolidar a sua posição^ antes que fosse demasiado tarde.” (p.58)
“A primeira política conduziu a violentas disputas com o Parlamento, que há muito reivindicava o direito de controlar a aplicação das taxas, e não iria permitir o aumento destas” (p.59)
“A segunda política levou à criação de mono pólios, na tentativa de controlar determinadas
indústrias e de obter rendimentos ilícitos a partir desse controlo, por exemplo, das indústrias do carvão, do alume, do sabão, etc. ” (p.59)
“A terceira política, tentada pelos Stuarts depois de todas as outras falharem, nunca teve uma oportunidade de sucesso. Consistia numa tentativa de restaurar e aumentar os rendimentos provenientes de impostos feudais. (p.60)
“A medida que a ruptura entre a Coroa e a burguesia se acentuava, o ataque dos Puritanos à Igreja, às suas formas e cerimonias, aos seus tribunais e disciplina, quase não se diferenciava do ataque dirigido pelo Parlamento à Coroa. ” (p.61)
“Assim, a luta pelo controlo da Igreja era de importância fundamental; quem quer que controlasse a sua doutrina e organização estava em posição de definir a natureza da sociedade. (p.64)
“Perante estes factos, as manobras do governo para angariar o apoio dos camponeses mais pobres, contra os proprietários de terras que os exploravam, não iludiram ninguém e nem sequer foram eficazes” (p.71)
“O primeiro grande sinal de revolta foi a recusa de John Hampden de pagar a taxa marítima, em 1637. ” (p.69)
“Em 1640, todavia, a maior parte das classes estava unida contra a Coroa. ” (p.76)
“A crise foi desencadeada por uma revolta na Irlanda em 1641” (p.76)
“Durante o s.eu reinado, a política de Carlos I ilustra a base de classe do seu governo. Procurou controlar o comércio e a indústria, com a intenção, contraditória, quer de travar um desenvolvimento capitalista demasiado rápido, quer de participar nos seus lucros. (p.80-81)
“O seu fracasso na Escócia evidenciou a podridão da estrutura que erigira; e os seus apelos à unidade nacional contra o inimigo estrangeiro caíram em orelhas moucas. O verdadeiro inimigo estava dentro do país. ” (p.81)
“Uma vez iniciada a guerra contra o rei, surgiram divisões no seio e no exterior do Parlamento quanto ao modo de a conduzir. ” (p.85)
“Durante muito tempo,
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