Portifolio de Estagio
Por: Hugo.bassi • 13/11/2017 • 1.645 Palavras (7 Páginas) • 418 Visualizações
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Como as nações europeias além de vender suas mercadorias, precisavam de matéria-prima e mão de obra barata, a visão mais promissora seria os países com menos desenvolvimento ou menos indústrias, onde as nações supostamente ricas (não diria de tão boas intenções)facilmente poderiam também impor sua cultura, seu nacionalismo europeu, caracterizando, assim, um Imperialismo disfarçado.
O Brasil já colonizado principalmente por Portugueses começa a receber uma leva significante de imigrantes europeus a procura de oportunidades de trabalho, suíços, alemães, italianos (estes em maior número), se espalharam pelo país. Os italianos foram os que mais se envolveram com o trabalho industrial, principalmente no estado de São Paulo, eram poucas as indústrias brasileiras, que consequentemente não davam conta da demanda de mercadorias necessárias para satisfazer o número de moradores atuais no Brasil (FERNANDES, s/d).
Eis então a grande tacada dos países europeus ao mandar para o Brasil um grande número de imigrantes e por consequente, maior seria a necessidade de ingestão de mercadorias para o consumo da população.
O Brasil teria então que abrir suas portas e importar um grande número de mercadorias e esta chance, os países europeus de vender as mercadorias fabricadas em seus países não seria desperdiçadas. Analisando de outra forma, as compras de mercadorias dos países avançados teriam um custo não somente financeiro para o povo brasileiro, estavam englobados neste negócio questões políticas e econômicas.
As potencias europeias trafegaram em mão dupla, ajudando o Brasil, fornecendo também maquinários que seriam usados no desenvolvimento industrial brasileiro isto em pequena escala, afinal o Brasil, assim como outros países menos avantajados economicamente não poderiam crescer para não escaparem das mãos dos grandes (FERNANDES, s/d).
E na contra mão desta corrida se beneficiavam muito retirando do Brasil matéria-prima para a produção industrial de seus países, uma das vantagens européia se dava pelo baixo custo da matéria-prima, sendo que,quando já beneficiados estes produtos, o Brasil os comprava por um valor muito mais elevado.
Segundo Lênin (1996) apud Faria
O capital financeiro estende [..] a sua rede sobre todos os países do mundo” e “os países exportadores de capitais repartiram, em sentido figurado, o mundo” (Lênin, 199, p.61).Paralelamente à partilha econômica do mundo entre associações capitalistas: “Estabelecem-se certas relações entre associações políticas, entre estados, baseadas na partilha territorial do mundo, na luta pelas colônias, na luta pelo território econômico”(FARIA, s/d, p.06).
Percebe-se pela fala de Lênin (1996), que as grandes potências capitalistas se uniram em beneficio próprio e compartilharam decisões, e literalmente demarcando novas fronteiras para serem exploradas comercialmente e economicamente, todavia, fazendo uso de estratégias políticas repressoras.
Países menos preparados econômica e politicamente subdesenvolvidas seriam alvos fáceis, as portas seriam abertas com acenos de ajuda econômica para o desenvolvimento industrial e consequentemente econômico comercial.
Com o crescimento da produção industrial o maquinário deveria ser ampliado e melhorado e para se concretizar esta melhoria na produção e na qualidade dos produtos, seriam necessários grandes investimentos.
A integração econômica das indústrias com bancos e outros setores capitalistas foi extremamente importante para a manutenção do crescimento industrial englobando a economia mundial principalmente dos países mais ricos, que viam nos territórios em desenvolvimento uma grande chance de aumentar seu capital (BUGIATO, 2007).
Esta torrente busca de crescimento financeiro e a aliança das grandes potências, gerou grande desigualdade econômica, onde as grandes empresas teriam uma luta concorrente, pode-se dizer covarde com as pequenas empresas, causando muitas vezes a falência das mesmas. O que não deixa de ser ainda pior para os países como o Brasil, que cedeu espaço para o capital estrangeiro, é que os lucros destas nações investidoras voltariam para seu país de origem, ou seja, o lucro não era investido ou aplicado nos países onde a mão de obra e matéria-prima era explorada (BUGIATO, 2007).
A exploração brasileira principalmente pelos E.U.A. e Inglaterra, levando para fora do nosso país enormes quantidades de café e minérios de ferro, não acarretaram apenas problemas de falta de indústrias, mas também não deixaram o desenvolvimento fluir no Brasil, problemas ecológicos criados naquela época são sentidos até os dias atuais.
Outro fato ocorreu com o desenvolvimento industrial europeu, que influenciaria o mundo todo com o passar do tempo, assim como a própria evolução industrial, comercial, política e econômica capitalista. As pessoas eram influenciadas pela religião e pela filosofia, mas a partir da revolução industrial, a ciência se tronou o norte para a maioria dos intelectuais da época, seguindo-se para a população que viu com bons olhos este nova maneira de se pensar a vida, modificando seu comportamento no dia a dia.
A reforma política brasileira foi caminhando e se modificando no decorrer dos anos, observando-se que o conservadorismo foi substituído pelo liberalismo e depois novamente pelo regime conservador. Apreciadores do liberalismo se organizaram e se firmaram como partidos políticos. Por consequente, os privilégios cedidos através de contratos aos ingleses, foram vencendo e o Brasil viu a chance de através de taxas mais justas sobre os produtos importados e sobre a matéria-prima vendida, acarrear finanças e dar uma alavancada na indústria interna, sendo a alavanca para o desenvolvimento (FARIA, s/d).
Nesta perspectiva, atualmente o que temos é,
[...] um período no qual a taxa de lucro assume trajetória ascendente e a taxa de acumulação de capital não a acompanha. O que ocorre é que nas mais importantes corporações de capital aberto, a maior parcela dos lucros é distribuída entre os acionistas e não investida. Significa um fortalecimento do ambiente financeiro, com a exuberância do mercado de ações e outros instrumentos [...] (LEITE, 2014, p.529).
Diante disso, analisando todos os períodos e fatos pelos quais o Brasil já passou durante sua trajetória histórica, nota-se que na contemporaneidade ainda se identifica traços dos pensamentos e conceitos de muitos anos atrás, uma vez que nota-se facilmente a grande disparidade de oportunidades e acessibilidades
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