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O Alinhamento Político Brasileiro no Inicio da Guerra Fria

Por:   •  20/1/2018  •  1.569 Palavras (7 Páginas)  •  345 Visualizações

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No período pós-guerra, o Brasil goza de certa notoriedade com os EUA, uma digamos, dívida moral, uma vez que foi o único país latino-americano a enviar tropas para lutar ao lado dos aliados durante a segunda guerra mundial.

Esse caminho de aproximação econômica entre o Brasil e os EUA foi construído aos poucos, algumas vezes por influência política, noutras por vantagens econômicas, num jogo de influências e busca de lucros constantes.

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2 DESENVOLVIMENTO

No mundo pós-guerra, pode-se dizer que, o Brasil estava em uma zona de conforto pois tinha consideráveis possibilidades.

De um lado temos os Estados Unidos, país que sempre foi aliado do Brasil, desde a sua independência, devido ao apoio para tal acontecimento, e o viam como vantagem no que tangue o sistema capitalista, como forma de novas experiências, visto que temos uma gama de recursos e matérias primas sendo está uma das muitas maneiras de se controlar a produção de bens industrializados e garantir a base de suas industrias e até mesmo ser mercado consumidor de seus produtos.

Cabe salientar que além do fator econômico, era de suma importância ter um país como o Brasil integrado com as ideias americanas na América Latina, haja vista que este é um período de forte afirmação política e tal fato seria ponto importante contra a socialista da URSS.

De outro lado temos a URSS ampliando aliados políticos econômicos pelo mundo e influenciando nações afim de favorecer o socialismo e derrubar o capitalismo.

Neste contexto se insere o Brasil, que em 1930 sofria uma desvalorização em sua moeda devido à queda do comércio do café, podemos observar que se por um lado a desvalorização da moeda brasileira favoreceu ao setor exportador do produto, por outro lado complicou a entrada de artigos estrangeiros bem como o pagamento da dívida externa, pois o governo teve que se desprender-se de recursos financeiros oriundos das importações.

No governo Vargas são tomadas algumas medidas para conter a queda do comércio do café, entretanto essas medidas são de pouco efeito e servem apenas como recurso para adiar a crise.

Segundo Abreu (2010) para mudar esta situação uma medida cabível foi a instucionalização de taxa cambial única, sobrevalorizada, e o controle de importações operado pelo Banco do Brasil, evitando assim uma maior desvalorização da moeda do país.

Podemos observar que a relação do Brasil e EUA se fortaleceram após a posse do presidente Roosevelt nos EUA em 1933, visto que a Guerra trouxe mudanças de grandes proporções para a economia brasileira, pois as exportações foram praticamente paralisadas e as importações dificultadas. Porém em 1940 há uma nova aproximação do mercado americano com o brasileiro, pois era imprescindível a compra de materiais estratégicos para a guerra, surgindo assim a Companhia Siderúrgica Nacional. A necessidade americana de obter borracha, cujo fornecimento pela Ásia estava interrompido, também uniu os países - houve forte migração nordestina para a Amazônia, para a extração do látex.

Já no mandato do primeiro presidente eleito pelo voto do povo após o Estado Novo, Eurico Dutra, no que tangue a economia, observamos que o país eleva os níveis de importação se tornando um mercado consumidor de grande interesse, o Brasil absorveu uma significativa quantidade de bens de consumo, principalmente dos Estados Unidos.

Não somente no setor econômico, a aliança do governo Dutra junto ao governo norte-americano também reproduziu em ações políticas de natureza autoritária. Após receber uma significativa quantidade de votos, o Partido Comunista foi posto na ilegalidade e todos os funcionários públicos pertencentes ao mesmo partido foram exonerados de seus cargos, ocasionando no rompimento com a União Soviética.

No Brasil, o alinhamento com a política anticomunista dos Estados Unidos, uma estratégia brasileira adotada na esperança de receber ajuda econômica, mas que, de fato, não obteve os resultados esperados.

A linha política adotada pelo presidente Dutra levou o Brasil apenas a entregar a indústria e a economia nacional para o capitalismo estrangeiro sem receber nada em troca. Nos EUA a certeza de que o apoio brasileiro era algo já adquirido, justificava a inexistência de tratamento privilegiado em relação ao Brasil. Somente no segundo governo Vargas, o Brasil retornará a uma política externa mais autônoma e de caráter nacionalista.

Esses fatos só viriam a afirmar mais tarde a ampla influência e condicionamento exercidos pelos EUA no Brasil, enquanto que na prática os investimentos só aconteceriam se as condições fossem favoráveis para o capital americano no Brasil.

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3- CONCLUSÃO

Com o presente texto foi possível observar que os interesses americanos ao fortalecimento da economia brasileira são vinculados a fatores como: necessidade de matéria prima e estratégias de alinhamento político.

O “bom vizinho”, só fez aumentar e fortalecer o sistema capitalista no Brasil, com promessas de grande desenvolvimento econômico, de ampliação de estrutura de produção de matéria prima e agricultura, reestruturação da indústria, etc.

Com herança deste período só temos o endividamento externo, o aparente desenvolvimento não atingiu der forma efetiva as camadas sociais, o fortalecimento de sociedade brasileira e seus trabalhadores, este “falso” desenvolvimento ficou encoberto nas políticas paternalistas e de repressão.

É clara a fata de estrutura e planejamento para o fortalecimento de econômica do país a longo prazo, a busca em um investimento real em áreas extremamente necessárias para a ampliação do desenvolvimento da produção industrial no Brasil.

Muitos são as mazelas de nossa economia, e este é um fator histórico que vem de

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