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A Guerra Fria

Por:   •  31/3/2018  •  1.326 Palavras (6 Páginas)  •  424 Visualizações

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Logo percebe que tem de ajudar nas despesas da casa e já casada e com filho volta para a escola e vai cursar a “Escola Normal de São Paulo” (posterior Caetano de Campos) na Praça da República. Formou-se em 1895, quando já era mãe de 4 filhos, sendo que uma de suas filhas (Maria Eleutério) nasceu um pouco antes da sua formatura.

Em 1896, recém formada, mudou-se para Amparo, no interior do Estado, indo lecionar no Grupo Escolar “Luiz Leite”.

No final de 1900 consegue transferência para uma localidade mais perto de São Paulo e vem lecionar em Osasco, que já conta com os benefícios trazidos com a construção de uma estação de trem, patrocinada por Antonio Agu e que por isso leva o nome da sua cidade natal na Itália.

No princípio as aulas eram ministradas na casa da professora, que ficava na Rua da Estação e somente em 1901 a escola passou a funcionar em uma sala destinada para esse fim.

Entre 1900 e 1906 ela foi a única professora na Escola Preliminar mista da Estação de Osasco. Em 1907 a escola que agora já tinha 88 alunos, se divide em duas: a Escola Preliminar da Estação de Osasco – Secção Feminina, onde a professora Adelaide continuava dando aulas para 50 meninas e a Secção Masculina, que passa a ter aulas com o professor Ataliba José de Campos, com 38 alunos.

Adelaide teve três filhos nascidos em Osasco – Carlos, Joaquim e Constança, sendo que esta última aos 94 anos de idade, ainda vive e com quem tive a feliz oportunidade de conversar longamente, ao lado de familiares que me contaram muitas histórias da pioneira professora.

É curioso como as coisas acontecem, o interesse por essa história surgiu ao ler os livros sempre corretamente preenchidos pela professora, onde era perceptível a dedicação e o rigor que ela empreendia nas coisas que fazia. Essas impressões foram confirmadas com o contato com a família.

Ao deixar Osasco em 1907, a professora foi morar no Brás e diariamente tomava o trem para lecionar na Estação de Pilar, hoje município de Mauá. Conta a família que em função dos 12 filhos que teve, ela carregava os menores consigo, já que tinha sempre algum que precisava amamentar. Mas nunca faltava ao compromisso assumido com o seu trabalho. Foi uma pioneira da região que hoje forma a grande São Paulo.

Dizem os que a conheceram que apesar da retidão e do dever acima de tudo, sempre levou compreensão, amizade e bondade aos seus alunos, sendo muito querida por eles.

Adelaide Escobar aposentou-se no extinto Grupo escolar “Júlio Ribeiro”, no Bexiga e formou quase todos dos seus 12 filhos.

Como mãe e trabalhadora, ela foi um exemplo, sobretudo numa época onde não havia leis trabalhistas que protegiam a mulher.

Grande personagem, a vida de Adelaide ensinou-me um pouco sobre a história de Osasco. No entanto, ficam algumas lacunas que, mesmo com todo o meu empenho, não consegui preencher. Onde funcionaram essas escolas: a Preliminar Mista e as posteriores Secção Feminina e Secção Masculina que existiram até 1922, quando foram transformadas em “Escolas Reunidas” e passaram a funcionar na Rua Primitiva Vianco?

Há indícios de que a Secção Feminina ficava na Rua André Rovai e a Masculina na Rua Antonio Agu, mas são somente possibilidades. Por isso, aproveito este espaço para pedir ajuda e solicitar àqueles que tiverem informações desta natureza, bem como de quaisquer outras informações e documentos que julguem úteis para o resgate da história de Osasco, nos enviem para Rua Alice Manholer Piteri, 82 – apto 83 – Bela Vista – CEP: 06018-160, aos cuidados de Sonia Regina Martim.

Vamos formar uma corrente para evitar que a nossa história se perca, pois somente um povo que conhece o seu passado, pode construir o seu futuro.

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