MUROS INVISÍVEIS NA HISTÓRIA
Por: Sara • 11/9/2018 • 3.215 Palavras (13 Páginas) • 307 Visualizações
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É importante destacar que critica religiosa não é a mesma coisa que intolerância religiosa. O direito de criticar dogmas e encaminhamentos de uma religião são assegurados pelas liberdades de opinião e expressão. Porém, isso deve ser feito de forma que não haja desrespeito e ódio ao grupo religioso a que é direcionada a crítica.
Olhando para a Intolerância religiosa de outra maneira é importante dizer que alguns valores historicamente inseridos contribuem para que exista tal intolerância. Como exemplo no período colonial, onde houve a catequização da população nativa, pelos colonizadores portugueses, e essa catequização gerou preconceitos com as demais religiões causando a intolerância que persiste até atualmente. Em 2014 no Brasil por exemplo o Disque 100 registrou 149 denúncias de discriminação religiosa e as principais vítimas são as religiões de matriz africana, como o candomblé e a umbanda. E muito disso se dá a uma forte influência católica na formação do estado brasileiro, desde o período colonial.
Não deixando de fora também a forma estereotipada e parcial que a mídia retrata as diferentes religiões. É necessário que haja um olhar crítico e questionador sobre como as religiões são apresentadas pelos veículos de comunicação, pois em atual período midiático, onde a maior parte da população concentra sua busca por conhecimento e entretenimento nas diversas mídias, deveria se existir cuidado e maior conscientização por parte dos meios de comunicação na questão de intolerância religiosa, dessa maneira combatendo ou diminuindo a intensidade de tal intolerância.
É importante que o Estado crie projetos para que haja uma maior conscientização a respeito da intolerância religiosa, para que aqueles que sejam desprovidos de conhecimento e pratique tal ato, entenda as consequências que poderão ser aplicadas deixando claro as Leis que protegem a liberdade de culto e proteção contra a discriminação.
XENOFOBIA
Xenofobia é a aversão a tudo que é estrangeiro, não somente ao indivíduo, mas também aos costumes, culturas, religião e etc. O estranhamento em relação a diferença é um fato normal, o problema é quando este estranhamento se torna uma aversão e passa a ser uma pratica social, gerando uma série de efeitos como exclusão, intolerância, violência física e psicologia contra pessoas ou grupos.
Esta é uma realidade de muitos países hoje, especialmente dos países europeus. O problema da xenofobia na Europa vem se agravando com o tempo, o continente europeu é um dos locais que mais recebem imigrantes, além de ter uma grande migração interna. Com isso, a xenofobia, que é a aversão, o preconceito ou a intolerância para com grupos estrangeiros, aumenta a cada dia. É possível identificar 2 razões entre muitas, que sustentam a xenofobia atualmente na Europa sendo: 1º O medo da crise econômica: Esta é uma das justificativas para a aversão aos imigrantes, argumentando que os estrangeiros tornam o mercado de trabalho muito mais concorrido e difícil para os cidadãos dos países Europeus; 2º O medo da desnacionalização: Se trata do temor de uma possível perda da identidade nacional dos Europeus com a chegada de imigrantes. O medo, é que a chegada de novos costumes e culturas mudem o modo de vida dos europeus, estabelecidos em suas sociedades específicas. Devido a este medo, vários partidos de extrema direita vêm ganhando força, ocupando cadeiras nos parlamentos nacionais e até no parlamento europeu. As bandeiras levantadas por esses partidos são extremamente xenófobas e abrangem desde o fechamento das fronteiras nacionais até a expulsão dos imigrantes.
Atualmente no Brasil a Xenofobia também é muito presente, embora na Europa seja uma situação mais grave, o fato de aqui termos uma situação “relativamente” mais confortável não quer dizer que seja uma boa situação.
Apenas 49% dos brasileiros consideram que os imigrantes tornam o país um lugar mais interessante para se viver. Só 47% acham que os imigrantes trazem benefícios ao país. E preocupantes 38% acham que a presença de imigrantes tornou mais difícil de se encontrar emprego no Brasil e, mais grave, 41% acham que há um excesso de imigrantes por aqui.
O grande problema da xenofobia é ser tratada na maioria das vezes pelos xenófobos como uma brincadeira, mantendo desta forma um preconceito silencioso para com as vítimas que sofrem ataques de pessoas xenofóbicas. Vale ressaltar que a xenofobia está presente em todos os lugares do mundo, sem exceções e é um problema que ainda precisa ser muito evoluído dentro das sociedades para uma futura diminuição.
HOMOFOBIA
O termo homofobia surgiu na década de 1960 e significa medo ou terror de iguais. Motivada pelo preconceito, a homofobia pode levar a violência física, institucional, psicológica e sexual contra o público LGBT. No passado a homossexualidade já foi considerada uma doença, atualmente, o Conselho Federal de Psicologia a entende como variação normal. Em 1990, a Organização Mundial da Saúde retirou da lista de doença ou transtornos a homossexualidade pois, a orientação sexual se dá ao desejo ou atração sexual de um indivíduo.
Em vários países o afeto e as relações sexuais entre adultos do mesmo sexo são considerados crime, e essas pessoas são punidas com prisão ou até pena de morte, como é o exemplo o país de Tigres Asiáticos. No Brasil, os casos de homofobia são considerados os mais relevantes e, é o pais mais perigoso para o público LGBT ocorrendo, uma morte a cada 27 horas e apesar de ter diversos avanços em direito, a prática de homofobia não é considerada como crime por não haver nenhuma lei que a determina um.
Diversos países adotam leis contra o crime de ódio, na Espanha, Suécia, Canadá e Inglaterra, por exemplo, o Código Penal supõe punições para os crimes motivados por ódio e incluem a homofobia como motivações de violência e ódio. No entanto, está longe de acabar com o preconceito ao público LGBT, os relatos de casais do mesmo sexo que enfrentam diariamente constrangimentos se tornam comuns.
O casamento homoafetivo que atualmente está estendido por todo o Brasil desde 2013, o CNJ determinou que todos os cartórios de toso o país não podem se recusar a celebrar um casamento civil de homossexuais. Em 2006, a deputada Iara Bernardi que criminaliza a homofobia, alterou a Lei do Racismo para o PLC 122 (Projeto de Lei Complementar), caso houvesse aprovação seria incluída nessa lei os crimes contra os homossexuais, porém, em 2015 a PLC 122 foi somente arquivada no Senado.
Grupos
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