Impacto do Colonialismo em Africa

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soberania e independência política e económica dos africanos. Estes perderam direito de traçar planos de desenvolvimento para os seus países, bem como de participar na tomada de decisões porque apenas o governo colonial é que ditava as regras e governação. Portanto, os africanos impedidos de exercer a sua cidadania no seio dos próprios países.

Outro aspecto negativo foi o subdesenvolvimento do continente africano e a desorganização do sistema social político e económico das sociedades africanas. Várias comunidades e grupos étnicos e culturais foram divididos pelas fronteiras artificiais, milhares de riquezas africanas foram pilhadas e milhões de pessoas mortas arbitrariamente.

Foi instituído um sistema judicial que relegou para um plano secundário das leis africanas, embora tenha permitido a integração dos africanos no sistema judicial internacional inspirado no direito romano.

2.3. Ao nível sociocultural

Com a colonização, em algumas colónias, como as portuguesas deu-se a aculturação das populações africanas, “a assimilação das raças ditas inferiores, por cruzamento, pela religião cristã, pela mistura dos elementos mais diversos, mesmo a liberdade do acesso as mais altas funções do estado na europa”, esta situação levou ao esmagamento das tradições culturais africanas a favor da cultura ocidental.

A educação ministrada para as populações ditas indígenas contribuiu bastante para implantar a educação ocidental e retardar o pensamento intelectual dos africanos, ensinando-os apenas o saber-fazer para servir os interesses económicos dos europeus.

A existência de uma pequena elite africana e a política de assimilação desenvolveram em alguns países, sobretudo onde a forma de administração foi a direita, uma política de discriminação racial caracterizada pela existência de brancos, mestiços e negros.

Apesar do sofrimento da colonização, a cobrança dos impostos no campo, a pobreza extrema e a procura de melhores condições de vida levaram a número elevado da população camponesa a emigrar para as cidades culminando com o crescimento destas.

3. O significado do colonialismo em África

O significado do colonialismo em África pode ser visto de várias formas. Segundo alguns historiadores várias questões são colocadas.

Uma delas é a importância do colonialismo em África.

A outra é saber se o colonialismo não passou de um episódio da sua história e que o mesmo constitui uma ruptura com o passado do continente.

Estas questões dividiriam a classe dos historiadores. Uns defendiam que o período colonial em África não obstante ter sido um breve episódio teve um grande impacto negativo nas comunidades africanas, cujas marcas ficaram gravadas na história da África. Outros defendiam que o período colonial não foi um momento de rupturas históricas mas sim de estímulo para o desenvolvimento de integração global. Estes destacam como principais feitos a actual delimitação e divisão do continente africano, o uso das línguas dos colonialistas nos territórios africanos, o enquadramento do continente africano no sistema de justiça internacional, a administração pública ou o sistema burocrático, a valorização da escolaridade em detrimento de riqueza material, a introdução da economia monetária bem como o sistema bancário. O nacionalismo africano e as novas elites com o suporte na educação escolar e na civilização, a ase dos novos dirigentes da vida política e militar das novas nações africanas.

Ao nível social, o significado do colonialismo manifestou-se pela manutenção das línguas estrangeiras nas novas nações africanas pelo nascimento das novas classes sociais criadas pelo colonialismo, fundadas nos critérios ocidentais da escola e da civilização, e não nos critérios africanos da riqueza e do prestígio. A primeira classe social é a elite política, constituída pelos dirigentes dos partidos políticos que proliferam em todo o continente africano e são os presidentes, primeiros-ministros, ministros, embaixadores, etc.

A segunda classe social e a elite militar formados por oficiais e ex-oficiais das forças armadas de cada estado independente.

O colonialismo em África durou mais de 80 anos e representou uma fase extremamente importante na vida do continente sob o ponto de vista político, económico e social. Representou também uma nítida ruptura na história de África: o desenvolvimento posterior desta foi e continuará a ser muito influenciado pelo impacto do colonialismo.

4. Conclusão

Da realização deste trabalho constata-se que os europeus introduziram em África as suas línguas e perduram até hoje com linguagens oficiais os africanos ou ainda de unidade nacional, caso de Moçambique, facto este facilitado pela diversidade das línguas africanas em cada país. A colonização proporcionou uma gama de infra-estruturas pela qual assentaram as novas administrações nascidas com as independências africanas. Isto não quer dizer que a ocupação colonial foi totalmente positiva, porque enquanto ajudavam despropositadamente