IRMÃOS DE FÉ DO ROSÁRIO: AÇÕES E RELAÇÕES COM O SAGRADO NA VILA REAL

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Os senhores serviam de referencia para a entrada dos pretos para a irmandade, porém há um registro, no mínimo curioso, sobre o ingresso de Romazia Soares, forra, senhora do crioulo Sebastião. Sebastão se destacava por seu oficio de mecânico, e acabou servindo de referencia para a entrada de Romazia na irmandade.

Sobrevivencia econômica da devoção

As propriedades em torno da igreja eram em sua maioria dos irmãos, sendo que destas um grande numero era daqueles que tinham dupla irmandade (pertenciam a duas irmandades).

Os inventários demonstram as propriedades adquiridas pelos irmãos do Rosário durante sua vida, porém havia poucos bens de raiz para serem divididos entre seus parentes.

As irmandades preservavam os bens doados para servirem de respaldo em momentos de infortúnio. Alguns desses bens eram recebidos através de heranças que alguns deixavam às irmandades, esses bens algumas vezes vinham onerados de condições para sua posse e uso. Entre esses bens estavam direito a datas minerais o que acabava gerando, em alguns casos, conflitos, visto que os chamados “homens bons” queriam explorar os minérios antes das irmandades.

Uma forma comum para a aquisição de renda para a manutenção da igreja era o pagamento de entrada. Os novos irmãos deviam pagar por sua entrada na irmandade, esse valor podia variar, em geral a irmandade do Rosário na Vila real cobrava uma oitava e meia de ouro em pó.

Concluindo. A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos da Vila Real favoreceu para a formação de laços familiares, solidariedade em busca de alforria, melhoria de status e uma participação maior no ambiente urbano.

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