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HISTÓRIA – LICENCIATURA

Por:   •  30/1/2018  •  1.355 Palavras (6 Páginas)  •  237 Visualizações

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Muitos foram os movimentos por uma América Latina livre, ao longo de muitos séculos. Cansados da exploração de suas coroas, que apenas vinham para explorar o solo até a exaustão e desertificação e escravizar os nativos, que sem qualquer alternativa acabavam se submetendo. Aqueles que se rebelavam contra os desmandos de reis cruéis e invisíveis eram simplesmente eliminados da convivência em sociedade, sendo jogados nas prisões ou então condenados à morte

A problemática nacional revela-se de forma particularmente aberta quando se colocam alguns dos temas clássicos do pensamento latino-americano. Esses temas sempre implicam em aspectos mais ou menos fundamentais das forças e relações sociais que organizam, desenvolvem, transformam, ou rompem a sociedade nacional, o Estado-Nação.

Os desencontros entre a sociedade e o Estado são um desafio permanente nos países da América Latina, no continente e nas ilhas. Os partidos políticos e os movimentos sociais preocupam-se seriamente com eles. Todos que se dedicam a pensar a democracia e a ditadura são obrigados a examinar esse desafio. A atividade política de grupos e classes sociais, na cidade e no campo, defronta-se com ele Esse é um desafio prático e teórico fundamental para todos. [IANNI, 1998].

[pic 5]

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Independ%C3%AAncia_do_Haiti

Artista: January Suchodolski (1797 - 1875).

Título: Batalha de Santo Domingo

Data: 1845

Localização atual: Museu do Exército Polonês

Fonte/Fotógrafo:

O Haiti foi o primeiro país a tornar-se independente, sendo também a primeira a ter governantes de descendência africana.

A imagem selecionada mostra a violência das batalhas, ocorridas, onde até mesmo uma cabeça é mostrada na mão de um dos soldados haitianos.

Libertado por escravos, o Haiti é até os nossos dias um país pobre, sem muitas riquezas naturais que pudessem ser exploradas e não mais sendo um corredor e um porto de passagem, foi deixado em segundo plano e abandonado à própria sorte.

Em 1791, uma mobilização composta por escravos, mulatos e ex-escravos se uniu com o objetivo de dar fim ao domínio exercido pela ínfima elite branca que controlava os poderes e instituições políticas do local. Sob a atuação do líder negro Toussaint Louverture, os escravos conseguiram tomar a colônia e extinguir a ordem vigente. Três anos mais tarde, quando a França esteve dominada pelas classes populares, o governo metropolitano decidiu acabar com a escravidão em todas as suas colônias. [SOUSA, disponível: http://www.brasilescola.com/historia-da-america/independencia-haiti.htm]

A imagem revela um militarismo, que diferente da imagem da Independência do Brasil onde a figura de D. Pedro I é rodeado pelo povo menos letrado, a batalha campal é representada com crueza de detalhes.

O polonês Suchodolski retrata a cena da batalha com uma pontinha de preconceito, pois apenas os negros são colocados como degoladores e os soldados brancos são retratos apenas com os mosquetões à mão.

Esse fato leva-nos a refletir o quanto de realidade é retratado na pintura. Ela nos leva a concluir que aqueles que foram oprimidos e escravizados são selvagens e capazes de sacrificar a vida dos brancos, até então dominadores e, por esse ato de rebeldia mereciam ser mortos.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao analisarmos as duas imagens é possível perceber que história que é contada pelos vencedores sempre foi colocada como verdade indiscutível. Fomos ensinados que tudo o que valia era a opinião e a história dos opressores, enquanto aqueles que eram a classe oprimida simplesmente deveria obedecer ordens e baixar a cabeça.

Enquanto D. Pedro I é colocado como um herói do povo, mais um fato romanceado e enganoso, os lutadores pela liberdade no Haiti são considerados os vilões da história do branco.

A imagem de Moreau demonstra claramente a utopia de uma independência sem qualquer luta, apenas a aceitação de que aquele que se autoproclamaria imperador poderia fazer o povo esquecer de seus desmandos e autoritarismo.

Sucholski nos coloca frente a crueldade do preconceito racial e também do descaso, a que os povos brasileiros e haitianos ainda hoje, ainda estão relegados e esquecidos por aqueles que detém o poder, independente da forma que o usem.

Desta forma concluímos que, independente do tempo, do país e do povo, o preconceito e a discriminação impera por parte daqueles que ainda detém o poder de veto e, porque não dizer de decidir quer poderá ser o vencedor em uma batalha por uma liberdade que somente acontecerá com a união dos povos de toda a América Latina.

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REFERÊNCIAS

O processo de independência do Brasil. Artigo disponível em: http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=3, acesso:19/05/2015.

CHAUÍ, Marilena. Brasil: Mito e Sociedade Autoritária. Disponível em: https://docs.google.com/document/d/1p19OGitHPEtDnB9IclSzcwkTAh6OZmfj5zsuHtcZOtI/edit?pli=1, acesso: 19/05/2015.

IANNI, Octavio. A questão nacional na América Latina. Artigo disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-40141988000100003&script=sci_arttext,

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