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GOLPE MILITAR URUGUAI

Por:   •  18/9/2018  •  2.650 Palavras (11 Páginas)  •  314 Visualizações

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O trabalho também destacará as diversificadas histórias citadas anteriormente, para uma melhor localização do leitor. Já que trata-se de uma parte do folclore mexicano, totalmente desconhecido em nossa região.

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- Objetivos

Temos como objetivo destacar e divulgar a importância desta lenda La Llorona dentro da cultura mexicana, mostrando a importância que apresenta para a nossa comunidade. Essa lenda é apresentada por grupos folclóricos através da dança e por vezes, os expectadores não conhecem a verdadeira história apresentada. Com isso pretendemos incentivar aos nossos leitores a conhecerem e estudarem mais sobre essa fabulosa lenda.

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- Justificativa

Poderíamos apresentar diversos motivos para justificar o tema escolhido. No entanto, o escolhemos pois a lenda La Llorona faz parte de nossas vidas. Esse motivo é o que nos motiva a cumprir os nossos objetivos ao longo do trabalho.

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- A Lenda de La Llorona

Para alguns etnógrafos, a lenda La Llorona conta com escassas centenas de anos, de uma criação de colonizadores espanhóis no Novo Mundo. Para outros, como ensaístas e escritoras Gloria Anzaldúa, a origem mais remota da Llorona situar-se a mitologia asteca, mais propriamente na figura de Cihaucoatl, deusa que transporta faca do sacrifício e chora desesperadamente (Anzaldúa, 1997: 35). Qualquer que seja sua origem, o facto é que a Llorona é um elemento incontornável e das lendas do sudoeste. A sua popularidade é tão grande e as referencias a ela são comuns na cultura popular, que Robert Gish a define “ Uma das mulheres mais fascinantes, arquétipos na literatura mexicana-americana contemporânea“ (Gish 1996: 110).

Ao longo dos tempos e ao sabor da imaginação, Llorona foi objetos das mais diversas lendas e interpretações, sendo contraditoriamente descrita ora como criminosa repugnante, ora com uma beldade sedutor. Algumas vezes esta figura cumpre funções de papão para as crianças que não comem a sopa ou se recusam a dormir; outras, é um terrível infanticida protagoniza muitas lendas contadas pelos habitantes do planalto; outras é uma mulher pura, uma espécie de Virgem Maria. Neste âmbito, parece-me curioso analisar três versões da mesma lenda, mas cada uma realçando mais um aspecto diferente da personalidade de Llorona. Destes, o mais simples e mais antigo remonta ao inicio da colonização espanhola e é registrada por Gabriel Figueroa nestes termos:

Nesta lenda Llorona surge como uma assassina sem remorsos, dado que o desejo de encontrar os filhos não resulta nem do seu amor por eles, nem o sentimento de perda, mais antes da necessidade de ver livre de um feitiço. É a mulher maldita a infanticida, que percorre um rio em busca de crianças afogadas.

Numa terceira historia, estas duas visões (anjo/demônio) surgem combinadas e enriquecidas com diversos detalhes. Ray John de Aragon afirma lendária se baseia em Luiza Gertrudes de Pañuela, uma mulher do povo que viveu jos finais dos século XVI no México, Luís de Velasco, que lhe dá dois filhos. A paixão não agrada o pai, que permitia um casamento dentro da esfera como nobreza. Como consequência, o jovem D. Juan é instigado a tornar- noiva de uma dama aristocrata ( Maria Dolores de Mendoza) enquanto Luiza é chamada a entregar aos cuidados do amado os dois filhos. Recusando esta proposta, e enlouquecida pelo o ciúme, a mulher prefere assassinar as crianças a vê-las perfilhadas pela esposa de D. Juan.

A comunidade escandaliza-se e trata de a penalizar: acusa-a de bruxaria, julga-a sumariamente, e, por fim, sentencia-a à morte na fogueira inquisitorial. O remorso e a revolta levam-na a gritar desesperadamente pelos filhos, na fogueira – e dai o cognome de Luísa, la Llorona. Desde então diz-se que seu fantasma é um presença assídua no llano, e são muitos os que julgam vê-la, sob uma bola de fogo, exalando um forte odor a cinzas queimadas ( Gish 1996: 113-114). Mais ainda exortam as crianças a evitarem a margem do rio , porque Llorona pode confundir com um de seus filhos e rapta-las.

Nesta versão de horror que infanticídio causa temperado pelo desgosto de maor de Luisa: é a Llorona simultaneamente vitima e criminosa, um pouco como Medeia que sacrificou os próprios filhos que tivera de Jasão. Como nota Anzaldúa, esta figura pertence, afinal, que esfera das deusas e das mulheres magicas que misturam características positivas e negativas, como Coatlicue, a deusa asteca da vida e da morte. Que funde paraiso e o mundo das sombras, a beleza e o horror ( Anzaldúa, 1997:47). Na mesma linha, também a Llorona que Anaya invoca em vários dos seus romances é um figura mestiçada que combina em si mitos ameríndios e hispânicos, e que reciclar e suscita conotações disfóricas e eufóricas – prova da capacidade deste autor em reciclar e subverter os mitos existentes. No romance Heart of Aztlán, Llorona é uma mulher que habita nas margens de um canal de irrigação, e assusta tanto quanto crianças como adultos (Anaya,1990:109).

O local escolhido por esta mulher pra viver parece particularmente significativo. Da mesma forma que os cursos de agua dão vida ao permitirem o regadio dos campos, também podem ser sinônimo de morte, ao inundarem os povoados circundantes. Dai que muitas mitologias refiram a existência de deusa da água, seres carregados de mistério e de poder, que ora são benefícios, ora terríveis. No Mahabharata, a divindade é Ganga; entre os celtas era Boann, que viviam no rio Boyne; entre os nórdicos, era Authumla, uma vaca sagrada que lambeu a neve até esta se derreter, formando um quatro rio caudalosos na mitologia babilônica é Nanshe, que todos anos preside à festa de ano novo e julga com severidade os habitantes da região ( Husein, 1997: 48-49); no mundo asteca era Coatlicue, que simultaneamente gerava e destruía, confundindo-se seu útero com uma cova tumular ( Herrera-Sobek, 1990:176). Todas estas deusas representavam a vida, a vida e fertilidade e o recomeço: mas também o castigo do poder de matar ( Husain, 1997: 48).

Também o rio assume diversos significados da obra de Anaya, pelo que convém especificá-los. Um dos principais sentidos da agua me sua ficção do autor do Novo México é o da morte. Em Bless Me, Última, por exemplo curso de água atravessada as colinas onde se encontravam

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