Filme Maria Antonieta análise

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dos anos não vinha acontecendo, mesmo recebendo conselhos até de sua mãe, que achava que o motivo de a relação sexual não ter acontecido ainda era culpa da mesma não estar sendo seduzem-te o suficiente ao marido. Pela falta de intimidade enorme indiferença que ele dava a isso, e pela demora de sete anos para a consumação de seu casamento, o povo já especulava algumas coisas, levando Maria Antonieta até ter um amante e várias aventuras.

As refeições eram diferentes, em que a rainha tinha que esperar o rei se alimentar, para então depois se alimentar também. Outra coisa que o filme da ênfase, é em como a rainha se vestira, uma vez que ela não pode ser vestida sozinha, e sim por membros importantes e privilegiados que participavam desse mundo de luxo em que ela estava vivendo no palácio, além de que naquela época se banhar nu era proibido e considerado pecado, tendo que usar uma camisola para poder fazer tal ato.

Mesmo tendo um papel importante na revolução, a burguesia e seu domínio político devido à alguns acontecimentos não é muito retratado, apenas na compra de títulos, como a prostituta do rei Luís XV e quando a corte sai do palácio e o rei, rainha e sua família ficam lá durante um ataque da população aos mesmos. A liderança burguesa não aparece no filme, e o papel de cada classe não fica claro, apenas da corte e da família real. A revolução no filme não é mostrada, apenas em pequenas frases e cenas do filme.

O rei Luís XVI, além de ter herdado um estado ‘falido’, estava fazendo mais dividas ainda, como sua esposa, Maria Antonieta que se mostrava totalmente indiferente a crise, abusando das finanças reais as desperdiçando em vestidos, chapéus, sapatos, jardins, entre outras coisas e interesse pessoal, sem contar os gastos do rei para sustentar a corte, que vivia à suas custas, enquanto o povo vivia em condições miseráveis, encarregado de coisas pesadas e de todos os trabalhos que a ordem privilegiada se recusava cumprir, sustentando toda a sociedade com seu trabalho e pagamento de impostos altos.

Maria Antonieta se mostra totalmente indiferente à crise, as miseráveis condições da parte desprivilegiada da população, na falta de alimentos, passando fome, nas péssimas condições de vida e trabalho, como citado anteriormente, a diretora e roteirista do filme demostra uma tentativa de humanizar Antonieta. A administração do rei é caracterizada pela mistura do público com o privado, fazendo cada vez mais dividas mesmo tendo herdado um estado já falido. Ele ajuda os ingleses no processo de Independência dos EUA, enviando dinheiro, obtido através dos impostos dos camponeses.

Os objetivos da burguesia ao desencadear o movimento revolucionário de acordo com o filme não foram alcançados, por dar mais enfoque a vida da Maria Antonieta e da corte do que da própria revolução e seus objetivos. Uma cena que me chamou a atenção foi quando Maria Antonieta é informada pela forte crise que estava ocorrendo na França, e mesmo assim continua a escolher vestidos, sapatos, jardins entre outros para a mesma, gastando desnecessariamente, mesmo estando ciente sabendo do sofrimento do terceiro estado, demonstrando por tal ato, a maneira insignificante que a corte agia e pensava diante das necessidades básicas do mesmo. O filme ajudou na melhor compreensão de como a corte e realeza vivia, que junto ao conteúdo trabalhado em sala de aula, possibilitou essa melhor compreensão.