Construção da identidade nacional brasileira

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Já o outro tipo de identidade a auto-identidade (ou a identidade pessoal) refere-se à formulação de um sentido único que atribuímos a nós mesmos e à nossa relação individual que desenvolvemos com o restante do mundo. A escola teórica do “interacionismo simbólico” é o principal ponto de apoio para essa idéia, já que parte da noção de que é diante da interação entre o indivíduo e o mundo exterior que surge a formação de um sentido de “si mesmo”. Esse diálogo entre mundo interior do indivíduo e mundo exterior da sociedade molda a identidade do sujeito que se forma a partir de suas escolhas no decorrer de sua vida.

Observando o texto (A construção da identidade nacional brasileira) do autor José Luiz Fiorin, fica evidente a relação entre a identidade nacional brasileira e a cultura propriamente dita, quando o autor destaca em sua obra os dois grandes princípios que regem a cultura: o da exclusão e o da participação. Percebe-se claramente o que o autor quer transmitir, pois a construção da identidade nacional brasileira apóia-se nesses dois princípios, assim podemos exemplificar de forma como eles realmente aconteceram em nosso pais. A exclusão se manifesta por meio da triagem e segregação dos indivíduos, já a participação promove a heterogeneidade e a expansão cultural.

O principio de exclusão, pode-se exemplificar na história brasileira como no caso da escravidão, onde os negros eram vistos como impuros ou inferiores aos brancos; na superioridade masculina sobre o sexo feminino, onde a mulher era imposta como um ser inferior sem direito ao voto, ganhando menos que os homes, e com o rotulo de que lugar de mulher e na cozinha; outro fato da cultura de exclusão é a diferença ocorrente entre os européia e os nativos. Esses são alguns exemplos de fatos históricos que de certa forma constrói a cultura de exclusão, claro que algumas culturas não se misturam por outros motivos como, exemplo a religião, opção sexual, vestimentas, linguagem entre outros.

O principio de participação, identifica-se na história como um principio evolutivo, devido ser fundamentado no termo de mistura, ou seja, aceitação de diferentes culturas, costumes, religião, vestimentas, opção sexual, gênero, cor da pele, músicas e danças entre outros, os princípios da cultura de participação apresenta características continuas, favorecendo assim ao crescimento cultural, com isso o desenvolvimento cultural e rápido e evolutivo diferente da cultura de exclusão que raramente muda ou nunca muda sempre seguindo os princípios nela implantados pelos anteriores.

A identidade nacional brasileira e conseqüência de um processo de evolução histórica que abrange desde o princípio com as características dos povos nativos, a influencia européia entre outros fatores, como exemplos temos a influencia portuguesa, a cultura escravocrata, entre demais povos que aqui habitavam, temos também a Independência em 7 de setembro de 1822, em seguida o processo de constituição da identidade nacional ganhou um impulso maior após a década de 1930, quando Getúlio Vargas chegou ao poder. A partir disso, pôde-se perceber que a construção da identidade.

Os esforços para se constituir a identidade brasileira, que também é chamada de brasilidade, estão ligados à necessidade de uma coesão social que acompanhe a existência de um Estado que administra todo o território nacional. Dessa forma, a manutenção de uma máquina administrativa comum a todo o território nacional foi um primeiro passo na construção da identidade.

Contribuiu ainda para a existência da identidade nacional o fato de a língua portuguesa ser comum a todo o território, apesar de suas particularidades regionais. A língua seria então um elemento no conjunto de elementos culturais comuns que são constitutivos da cultura nacional.

Porém, durante o Primeiro Reinado e o Período Regencial, não houve grandes avanços na construção da identidade nacional, a não ser a formação de forças repressivas militares para garantir a ordem latifundiária e escravocrata em todo o território nacional.

A cultura da violência estatal permeou desde o início a formação da identidade nacional. Anos depois, no âmbito da Literatura, o surgimento do Romantismo buscou também contribuir com a construção dessa identidade. As obras de José de Alencar foram um exemplo de aliar a imagem da nação brasileira às suas belezas naturais, como também a mitificação do indígena como componente principal da nação brasileira. Esse trabalho literário e cultural buscava criar uma interpretação genuinamente brasileira, afastada das influências estrangeiras.

O respeito às diferentes manifestações culturais é fundamental, ainda mais em um país como o Brasil, que apresenta tradições e costumes muito variados em todo o seu território, o Brasil é um país de grande extensão territorial, de tal forma que a quantidade e diversidade de culturas é muito grande. O ser humano ainda esbarra em muitos preconceitos quando conhece algo diferente do que está acostumado a conviver. E com as formas de cultura não seria diferente, muitas delas são inferiorizadas e até mesmo tentam apagá-las da identidade cultural brasileira. Ao investigarmos o passado do nosso país percebemos que a colonização não trouxe só os costumes portugueses. Com eles vieram holandeses, franceses, italianos, japoneses, africanos, entre outros, além dos índios que já habitavam o Brasil. E assim o país recebeu uma mistura de diferentes costumes, línguas, crenças, e foi construindo novas formas de expressar-se como país e sociedade. Toda essa diversidade enriquece a cultura nacional. A forma que se fala, comporta-se no Nordeste é muito diferente da maneira que é no sul do país, por exemplo. E não devemos olhar isso como uma falta de identidade, pelo contrário. É com o diferente que aprendemos a observar o mundo com um novo olhar, e essas misturas nos mostram como é possível que existam juntas. Quando não se sabe muito bem sobre um tipo de cultura, muitos aparecem para apontar outras formas de costumes como errado. Quantas vezes escutamos pessoas discriminando nordestinos, gaúchos, paulistas, cariocas, índios, capoeira, pessoas da umbanda, candomblé, espíritas. Quando não consegui entender o que é diferente, a ignorância e a arrogância faz surgir o preconceito, exclusão e a descriminação Para que possamos construir uma identidade cultural nacional contemporânea, é necessário que aprendamos a respeitar as diferenças e entender que o Brasil é uma mescla de culturas. Dessa forma é necessário que desde cedo, nas escolas, as crianças consigam identificar essa diversidade nacional cultural, e sejam ensinadas as