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CHE DEIXA O PAÍS PARA EXPANDIR O PROJETO REVOLUCIONÁRIO

Por:   •  16/5/2018  •  1.600 Palavras (7 Páginas)  •  314 Visualizações

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Paco continua dizendo que “A ação de Fidel contra os pecuaristas produz uma reação da ala direita do governo, que protesta contra a influência comunista no governo.” (PACO II, 2011, p. 295)

Depois da tomada do poder, de fato a posição socialista de Fidel só se deu em 16 de abril de 1961, segundo Pellegrino e Prado, com uma “revolução dentro da revolução”, com o objetivo de proteger o aprofundamento do processo revolucionário. A partir daí, “[...] Cuba alinhou-se à União Soviética e aceitou sua ajuda e sua ingerência. Passou a sofrer o embargo econômico conclamado pelos Estados Unidos e foi excluído da OEA [...] (PRADO & PELLEGRINO, 2014, p. 155)

Cuba manteve-se fiel a União Soviética até o fim desta, o que muito gerou desavenças com o governo dos Estados Unidos logo após a revolução. Destacam-se alguns eventos no período próximo à data vitoriosa do Movimento 26 de Julho:

O conflito entre EUA e Cuba teria uma evolução dramática nos anos 60, com repercussões não apenas regionais mas também internacionais. Os pontos culminantes foram a tentativa fracassada de invasão da ilha, por parte de exilados cubanos apoiados pela CIA, através do desembarque na Baía dos Porcos; o bloqueio econômico de Cuba decretado pela OEA em 1962; e, finalmente, a Crise dos Mísseis, em outubro de 1962, que quase levou a um confronto militar direto entre EUA e URSS. (Em: http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/JK/artigos/PoliticaExterna/RevolucaoCubana>. Acesso em: 11 dezembro 2014)

4 CHE DEIXA O PAÍS PARA EXPANDIR O PROJETO REVOLUCIONÁRIO

Embora tendo em Cuba todos os privilégios de um homem no poder, Che desejava levar a toda a América Latina o sonho revolucionário, e queria para isso o apoio cubano. Assim, abandona o governo e segue como guerrilheiro atrás dos seus sonhos. Mas, ao contrário da vitória cubana, ele agora só alcança derrotas – na Argentina, em 1964, quando vários membros de seu grupo são mortos; a outra no Congo Belga, depois chamado de Zaire e hoje conhecido como República Democrática do Congo; e finalmente na Bolívia, quando é morto, em nove de outubro de 1967. Apesar de ter entrado na Bolívia oculto, sem a barba e a boina que tinham se tornado características tradicionais dele, em novembro de 1966, ele não conseguiu escapar de seus algozes. Seu objetivo era criar um campo de treinamento da guerrilha, em um deserto no Sudeste do país. Mas foi preso no dia 08 de outubro, pelo exército boliviano, treinado pelos norte-americanos, e no dia seguinte executado com a autorização do presidente do país, o general René Barrientos, em uma escola da aldeia de La Higuera. (Em: http://www.infoescola.com/biografias/che-guevara/>. Acesso em: 11 dezembro 2014)

A seguir um trecho retirado do livro História da América Latina:

Che Guevara escolheu partir para ações guerrilheiras na África e logo na América do Sul. Antes, porém, representou Cuba em diferentes missões internacionais, contribuindo para associar a imagem da Revolução ao charme, à virilidade e ao desprendimento dos jovens guerrilheiros. Em 9 de outubro de 1967, Che foi assassinado pelos soldados que o capturaram nos rincões da Bolívia. (PRADO & PELLEGRINO, 2014, p. 156)

Capturado e morto na Bolívia, tornou-se um mártir. Paco Taibo II diz que passou seus últimos momentos calado, talvez pensando numa frase que havia escrito sobre a Bolívia, quando a percorreu pela primeira vez: “Aqui a vida humana tem pouca importância, e ela é dada ou tirada sem maiores problemas.” (TAIBO II, 2011, p. 590)

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4 CONCLUSÃO

Conclui-se que a Revolução foi necessário no que tange a exploração de Cuba pelos Estados Unidos da América, que tinha emendas constitucionais reafirmando seus interesses sobre a região, como um legitimo protetorado.

O processo revolucionário vingou e manteve-se forte, mesmo com o embargo econômico, visto que tinha apoio de uma superpotência da época, a União Soviética. Desde o desmantelamento da URSS, Cuba permanece como o bastião socialista restante, e sofrendo as mazelas do embargo, com vários bens de consumo que remontam à década de 50.

Uma das vitórias da Revolução pode ser constatada no IDH de Cuba, maior inclusive que o do Brasil, ocupando o 59° lugar em 2012, segundo a United Nations Development Programm; e 32° no ranking mundial de IDH de educação, de 2012. (Em: http://www.deepask.com/goes?page=cuba-Confira-a-evolucao-do-IDH---indice-de-desenvolvimento-humano---no-seu-pais>. Acesso em: 11 dezembro 2014).

Che Guevara, símbolo revolucionário, dedicou sua vida a causa, e a ceifaram enquanto ele a defendia. Mesmo capturado e ciente de seu destino, Ernesto tinha orgulho de seus feitos e de lutar por uma causa que pensava ser nobre. Segue um trecho de Taibo II em que fica explícito seu orgulho:

– O senhor, quem é? [...] Sou Che Guevara.

[...] Che falava “orgulhosamente, sem baixar a cabeça e sem afastar os olhos do meu capitão [relato de um dos rangers] [...] “Che tinha um olhar impressionante, uns olhos claros, uma cabeleira quase ruiva e barba bastante crescida. [registro de Gary Prado] (TAIBO II, 2011, p. 588)

Como pontuado no livro de Maria Ligia Prado e Gabriela Pellegrino, a “atraente escolha [combater as mazelas do mundo em nome de um ideal] implicava [...] sacrifícios à vida pessoal” (PRADO & PELLEGRINO, 2014, p.152) Che pagou por um ideal, e conseguiu refleti-lo com seus companheiros na Revolução que se opôs e libertou todo o povo cubano do imperialismo norte-americano.

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