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Brasil sec 19

Por:   •  6/2/2018  •  1.044 Palavras (5 Páginas)  •  263 Visualizações

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Por isso, a seu ver, a dedicação científica na observação do mundo natural seria permeada por uma essência poética que, conforme o tipo de objeto a ser investigado, seria mais ou menos, limitada pela razão. Contudo, essa razão atua sempre subordinada à essência poética. Enfim, nota-se que para a intelecção do mundo natural e a produção do conhecimento, Martius confere menor importância à razão do que ao sentimento, aproximando-se para falar com Antônio Candido, da “aventura essencialmente romântica”, porém na medida certa para não comprometer a ciência. (Lisboa, 2009, p.184)

Junto com o seu colega Spix, Martius também desembarca no Brasil. Ambos realizariam seus estudos, sendo que o primeiro focou as pesquisas zoológicas, e o último a flora brasileira. A academia austríaca, solicitou aos dois um estudo completo do Brasil, que abarcasse diversos pontos como: a mineralogia, geologia, física e aspectos econômicos e também culturais como diferentes línguas, tradições e mitos. Também estavam incluídos nestes estudos os povos indígenas.[3] Em relação aos aspectos românticos presente em seus relatos, podemos citar a descrição de sentidos como visão, tato, olfato e a personificação dos fenômenos e seres da natureza, sendo os mesmos dotados de sentimentos dramáticos, líricos ou românticos.[4]

Acerca da visão de cultura e diversidade, a percepção dos colegas naturalistas, assim como de todos os outros viajantes naturalistas ou não do período, é fortemente marcada pelos ideais iluministas de progresso e civilização x barbárie. Apesar de se oporem as visões pessimistas e degradantes em relação às regiões tropicais[5], os mesmos reiteram as visões acerca de diferentes povos, tanto indígenas como negros. Tendo em vista os preceitos da época, os diferentes são considerados não civilizados, e com isso os diversos viajantes do período esbarram nessa limitação (ainda não superada totalmente), perdendo a oportunidade de realizarem relatos ainda mais férteis.

REFERÊNCIAS:

- LISBOA, Karen M. A Nova Atlântica de Spix e Martius: natureza e civilização na Viagem pelo Brasil (1817-1820). São Paulo: Editora Hucitec/Fapesp, 1997

_______________________. O Brasil dos Naturalistas Spix e Martius; Taxonomia e sentimento. Acervo, Rio de Janeiro, v. 22, nº 1, p. 179-194, 2009.

- TV SENADO. Brasil no Olhar dos Viajantes. Episódio 03 - Século XIX. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=8t_WVzU2lUo

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