As Ditaduras Militares na América Latina
Por: SonSolimar • 12/12/2018 • 1.783 Palavras (8 Páginas) • 338 Visualizações
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O ataque de Fidel se manteve distante do capitalismo e do comunismo e é durante esse ataque que Che Guevara, médico da guerrilha, decide entrar em combate com toda coragem e crueldade com os inimigos, tornando-se rapidamente o homem de confiança de Fidel. Os revolucionários em 1959 ganharam uma batalha e Batista se exilou em São Domingos. A partir desse exílio Cuba se torna um país comunista governado por Fidel Castro.
Em 1962, Kenedy fez uma denúncia contra Cuba, dizendo que havia mísseis soviéticos e então foi ordenado o bloqueio naval de Cuba, com isso, Fidel passou a trabalhar pela inclusão na América Latina para acabar com o isolamento. Por causa do bloqueio econômico, Cuba se encontrava em situação crítica e em 1965 os revolucionários decidiram que: ou apelavam para soluções políticas e econômicas ou pregariam a revolução novamente. Che Guevara optou pela revolução, mas como a América Latina era seu único apoio e não havendo total decisão dos revolucionários, decidiram que era suicídio abrandar a revolução em Cuba.
No Peru o militarismo teve características bastante peculiares: assumindo o poder em 1968, o general Juan Velasco Alvarado deu inicio a uma política caracterizada por um discurso nacionalista e anti-imperialista e colocou em marcha a reforma agrária garantindo a uma parcela dos camponeses o acesso a terra, reivindicação secular da sociedade rural. Reformou a legislação social criando condições para a elevação do nível de consumo do país, fato que interessou tanto a burguesia internacional como à incipiente burguesia nacional.
O governo militar (1968-1975) foi responsável por importantes transformações, eliminando o poder das oligarquias, transferindo a hegemonia econômica para a burguesia. No entanto a repressão interna e a crise internacional determinaram o fim do Peruanismo e regresso de uma política conservadora, pautado pelos interesses internacionais ditados pelo FMI, fato que foi responsável por violenta crise, caracterizada pela miséria e desemprego. É nesse novo quadro que insurgiram os movimentos guerrilheiros do Sendero Luminoso (1980) de tendência masoísta e o Movimento Revolucionário Tupac Amaru (1984).
É conhecido no Brasil como “Regime Militar” o período que vai de 1964 a 1985, onde o país esteve sob o controle das Forças Armadas Nacionais. Nesta época, os chefes de Estado, instalados nas principais posições do aparelho estatal pertenciam à hierarquia militar. Era denominada “Revolução” em sua época, pois os principais mentores do movimento viam o cenário político do início dos anos 60 como: corrupto, viciado e alheio às verdadeiras necessidades do país naquele momento. Deste modo, seu gesto era interpretado como saneador da vida social, econômica e política do país, livrando a nação da ameaça comunista.
Os antecedentes do Regime Militar podem ser encontrados no período Vargas, entre os responsáveis pela sua derrubada em 1945, pondo fim ao Estado Novo. Este contingente de oposição se agruparia logo depois na União Democrática Nacional (UDN). Com a volta de Vargas ao poder em 1951, por meio de eleições diretas, tal grupo continuaria fazendo oposição à sua política, considerada “populista”. Tal pressão acabaria por provocar o suicídio do presidente. Este gesto, apesar de frear o movimento das forças conservadoras, não impediu algumas tentativas, em especial uma manobra para que o presidente eleito Juscelino Kubitschek não tomasse posse. Uma intervenção de um grupo militar não-ortodoxo garantiria a posse de Kubitschek.
Eleito Jânio, finalmente parecia que as forças que dariam respaldo aos militares subiriam ao poder, porém, o temperamento ímpar do novo presidente e sua inesperada renúncia implodiu o projeto conservador. Outra vez as ideias de Vargas estariam representadas por um de seus mais aplicados discípulos, João Goulart, que tinha o talento de atrair repulsa de todos os movimentos um pouco mais a direita do espectro político. O medo de que Goulart implantasse no Brasil uma república sindicalista com o discreto apoio do Partido Comunista Brasileiro acabou lançando a classe média contra o presidente. Entendendo que o país caminhava para o caos do socialismo operário e campesino, os militares entraram em cena novamente e agora a deposição do presidente asseguraria a ordem e a legalidade.
Na noite de 31 de março para 1 de abril de 1964 começa então um período de exceção, arbitrariedade e desrespeito aos poderes estabelecidos, aos direitos dos cidadãos, à sua integridade física, bem como sua liberdade e expressão.
A ideia era de que quando o Marechal Humberto Castelo Branco assumisse o poder, logo o devolveria a um representante civil, garantindo mesmo as eleições previstas para 1965. Castelo Branco pertencia ao grupo moderado do movimento denominado “Grupo de Sorbonne”. Logo, porém, os radicais assumiram o controle do movimento, forçando a permanência dos militares no poder. É por obra dos radicais que ocorre a posse de Costa e Silva como segundo presidente militar e onde se inicia o período mais pesado da repressão e das perseguições a parlamentares da gestão anterior. Os militares decidiram fechar o Congresso Nacional em 1968, através do infame Ato Institucional nº5. A repressão chegaria ao seu auge com o presidente Emílio Médici, que acaba com qualquer movimento armado da oposição, dando a ideia da completa predominância e popularidade do Regime, sob pleno “Milagre econômico”.
Ao aproximar-se a Primeira Crise do Petróleo, sobe ao poder justamente o presidente da Petrobrás, general Ernesto Geisel, confrontando com o disparo da inflação e fim do milagre. Moderado, ele é incumbido de preparar a volta à normalidade, fazendo a distensão “lenta, gradual e segura”. Geisel parece conseguir seu objetivo, entregando o poder ao último general da era militar João Batista Figueiredo. Apesar da crise econômica, que começava a atingir níveis insuportáveis, da concreta “quebra” do Brasil no plano econômico e da impunidade de vários personagens da época da repressão, Figueiredo irá depois de 21 anos de ditadura transferir
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