Análise do texto acadêmico: o círculo de giz da “globalização”
Por: kamys17 • 3/7/2018 • 1.090 Palavras (5 Páginas) • 1.036 Visualizações
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Ainda sobre os efeitos adversos do mito da globalização, está a dependência excessiva das políticas econômicas dos países, ao mercado financeiro internacional. De forma que a globalização e seus efeitos devem ser analisados com cuidado, e geridos de forma consciente e que vise os avanços sociais e econômicos do povo, por cada país.
Ponderações acerca da relação entre os dois textos analisados
O que caracteriza o mundo atual, no que tange ao cenário político e econômico, é o que tem sido chamado de processo de globalização. Ou seja, a crescente internacionalização dos processos econômicos, sociais e culturais. Especialmente sobrepondo as características nacionais ou regionais, tornando tudo como “global e único”.
Embora seja um processo que já esteja ocorrendo há um certo tempo, as drásticas mudanças, geradas pela revolução das comunicações e informação, ampliaram as dimensões deste processo de mundialização dos países e suas economias.
A globalização, como tem sido apresentada, oferece, sem dúvida, oportunidades para o desenvolvimento. Como também, traz, simultaneamente, riscos às dimensões políticas e econômicas dos países, principalmente os que não fazem parte do contexto dominante deste processo. E estão à margem dele, ou com extrema dependência dos seus processos, trazendo instabilidades em diferentes áreas. Bem como riscos de exclusão ou de forte desestruturação das economias menos preparadas para as fortes demandas da competitividade.
Nesta perspectiva, as estratégias nacionais devem ser planejadas em função das possibilidades apresentadas, para além da simples (e a qualquer custo) incorporação à economia mundial. Para atenuar ou combater os riscos que acompanham as características preocupantes do atual processo de globalização.
Uma vez que caráter assimétrico e incompleto do processo de internacionalização e formação de uma economia mundial que acompanha a globalização, não inclui, por exemplo, temas como a mobilidade de mão-de-obra, nem mecanismos que garantam a coerência global das políticas macroeconômicas das economias. E tampouco, aborda questões como a tributação do capital e acordos de mobilização de recursos para compensar os conflitos distributivos que a globalização gera, tanto entre os países como no interior deles.
Estas deficiências, por sua vez, refletem um problema ainda mais grave: a ausência de uma governabilidade adequada, com empenho real e foco nas questões sociais e econômicas, em contraste entre os problemas de alcance mundial e as demandas políticas, que continuam tendo como âmbito as nações, e suas características locais.
Para que não mais seja pensada uma cidadania dita global, mas que tem servido para marginalizar ou segmentar as esferas mais fracas, generalizando de forma distorcida ideias e valores em torno de direitos civis, políticos, sociais, culturais e econômicos.
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