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A LICENCIATURA EM HISTÓRIA

Por:   •  20/12/2018  •  3.309 Palavras (14 Páginas)  •  257 Visualizações

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e viver” (BRASIL, 1988). Assim, durante sua vida, as pessoas constroem suas identidades ao se relacionarem umas com as outras em diferentes contextos e situações. O Brasil é um país de grande diversidade cultural, pois, na nossa história, vários grupos étnicos e sociais participaram da formação do país e ofereceram diferentes contribuições culturais.

Em meio a essas contribuições, pode-se destacar a construção do Centro Cultural na cidade de Garanhuns, que inicialmente era uma estação ferroviária. Decorrente da revolução industrial houve uma expansão dos meios de transportes, que foram usados para alcançar lugares longínquos. Várias Estações Ferroviárias foram criadas no estado de Pernambuco, sendo a linha férrea em Garanhuns construída com o objetivo de ligar a cidade local com a do estado de Recife.

O Centro Cultural Alfredo Leite Cavalcanti, foi inaugurado em 28 de setembro de 1887 e funcionou como estação ferroviária até 1971. Nesse mesmo ano, sob o comando do prefeito Luiz Souto Dourado, passou por algumas reformas e transformou-se no Centro Cultural em 27 de março de 1971. O novo uso traz consigo uma grande importância, por abrigar instituições como as secretarias de Cultura e de Turismo, além do teatro Luiz Souto Dourado, palco da produção de cultura, não só local e brasileira, bem como estrangeira. Além de toda sua importância social, econômica e cultural, constitui um exemplar arquitetônico de grande valor, sendo considerada uma das mais imponentes do interior do Estado. O objetivo desse trabalho é caracterizar o centro cultural desde a sua inauguração até os dias atuais, bem como sua importância para a região de Garanhuns e como encontra-se o estado de preservação do local.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 LOCALIZAÇÃO

O município de Garanhuns está situado na Região Agreste de Pernambuco, sendo a principal cidade do Agreste Meridional, distando 235 km do Recife. Possui uma área de 493km² e uma população estimada em 138.642, ocupando 0,50% do território do Estado de Pernambuco (IBGE, 2017)

Figura 1:

A antiga Estação Ferroviária de Garanhuns, hoje Centro Cultural Alfredo Leite está localizada na Rua Afonso Pena, nº 85, Bairro São José e possui em seu entorno imediato, três Praças: Mosteiro de São Bento, Tiradentes e Dom Moura e a Grande esplanada Mestre Dominguinhos, onde ocorrem os principais eventos festivos da cidade. As praças e a esplanada foram construídas na área do antigo complexo ferroviário, resultando na demolição de equipamentos ferroviários, e na retirada ou aterramento dos trilhos.

Figura 2.

2.2 HISTÓRICO

A estação ferroviária de Garanhuns foi inaugurada em 1887 como trecho final da ferrovia vinda de Recife, por isso integrava a linha tronco sul. Com a construção da E. F. Sul de Pernambuco, em 1894, o trecho até Garanhuns transformou-se num ramal ligando a estação de Paquevira a Alagoas. A linha que vinha do Recife passava pelas cidades de Angelim, São João e Canhotinho.

Figura 3. Trecho final da ferrovia vinda de Recife que chegava a Garanhuns.

A estação ferroviária trouxe novidades para a cidade, devido ao intercambio comercial a região começou a receber mais pessoas e virou centro de comercio. Além desses benefícios o as áreas ao redor da estação foram ganhando progresso social, novos estabelecimentos foram implantados, incluindo a construção de empresas exportadoras e de escritórios, o aumento anual das feiras e respectivos produtos ofertados por elas, além da fundação de hotéis que recebiam turistas de várias partes do Estado de Pernambuco e do Nordeste, que vinham em busca do clima diferenciado e de belas paisagens esculpidas pela natureza na cidade das flores (REFERENCIA).

A paisagem da cidade também foi ganhando ares de modernização arquitetônica que se espalhou rapidamente:

Nas principais ruas, especialmente na rua do Comércio e rua Nova de Santo Antônio, partes da atual avenida Santo Antônio, são iniciadas as substituições das casas de taipas e das meias águas, assim como o preenchimento de terrenos ainda desocupados, por prédios de tijolos, alguns com as fachadas revestidas de azulejos e até com o piso de mosaicos, como foi o que tem o número 187, o primeiro a apresentar essa inovação (REFERENCIA) .

Após algumas mudanças administrativas passadas pelas estradas de ferro, a Great Western em 1950 foi sucedida pela Rede Ferroviária do Nordeste e posteriormente foi substituída pela Rede Ferroviária Federal SA (RFFSA). Por uma série de fatores, as estações Ferroviárias passaram a ser desinteressantes financeiramente e, aos poucos, foram sendo desativadas pelo interior do Estado.

A cidade de Garanhuns teve seu ramal e sua estação desativados no ano de 1971. Em 27 de março do mesmo ano, na gestão do prefeito Luiz Souto Dourado, o prédio da estação passou por obra de reforma, passando a sediar um Centro Cultural inaugurado em 27 de março de 1971 e posteriormente denominado Alfredo Leite Cavalcante.

2.3 IDENTIFICAÇÃO E DESCRIÇÃO DO BEM CULTURAL

A estrutura original foi construída foi utilizada até a década de 1960 como estação ferroviária. Em 1979, foi restaurada e transformada no atual Centro Cultural, que abriga o Teatro Luiz Souto Dourado, além de diversas salas de exposições. À sua frente está a Praça Dom Moura, de um lado a Praça Tiradentes e do outro a Praça Mestre Dominguinhos. Abaixo, onde aparece o prédio visto lateralmente, é possível entender como era a antiga estação. O edifício da antiga estação é majestoso, de arquitetura inglesa, com o corpo central em dois pavimentos, e se destaca na paisagem da cidade pela sua localização privilegiada e pela sua grandiosidade. A edificação está inserida num terreno inclinado, o módulo central não existia. Por entre os dois módulos laterais, onde estavam às plataformas, passavam os trens.

Figura 4. Antiga Estação Ferroviária de Garanhuns.

Hoje

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