A IMPORTÂNCIA DO TEMA PARA OS ESTUDANTES
Por: Hugo.bassi • 29/11/2018 • 1.920 Palavras (8 Páginas) • 327 Visualizações
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Cultura nas Ciências Humanas
A “[...] mais notórias definições de cultura teve lugar ao longo do debate entre os filósofos alemães e franceses, que remonta ao século XVII.” [Pág. 77, NAPOLITANO].
“O termo alemão “kultur” era sinônimo de “nação espiritual”, [...] que englobava a ciência, arte, filosofia, religião e que, para os alemães, era o contrário dos “valores corteses” [...].”[Pág. 77, NAPOLITANO].
“Já para os iluministas franceses, [...] cultura ia além das nações e povos específicos.” [Pág. 77, NAPOLITANO].
“Um pouco mais tarde, o termo “cultura” aparece ligado a dois grandes eixos de debate: sua conceitualização antropológica e a sua discussão dentro dos problemas da ideologia, conceito caro às correntes marxistas. Ambos estão presentes frequentemente na aplicação da questão cultural à educação escolar, sobretudo na área de História.” [Pág. 77, NAPOLITANO].
“A Antropologia e a Etnologia, ao avançarem como áreas de conhecimento específicas ao longo do século XIX, ajudaram a refinar o conceito de cultura dentro da discussão geral sobre identidade simbólica e a vida material dos grupos humanos.” [Pág. 77, NAPOLITANO].
“O etnólogo Edward Burnett Tylor via os termos cultura e civilização como um conjunto que incluía conhecimento, crenças, arte, moral, direito e costumes. [...] Entretanto, Tylor, adepto do evolucionismo eurocêntrico, usava o termo cultura para pensar os povos não-europeus, reservando civilização para analisar as sociedade que, do seu ponto de vista, evoluíram ao longo do tempo, ou seja, as sociedades ocidentais.” [Pág. 78, NAPOLITANO].
Antropólogos rejeitam o evolucionismo cultural:
[...] Franz Boas, Gilberto Freyre, Claude Lévi-Strauss, Brunislaw Malinowski – que a partir de perspectivas teóricas distintas, criticaram o evolucionismo como paradigma para pensar o papel da cultura nas sociedades humanas. [Pág. 78, NAPOLITANO].
Para a literatura de filiação marxista, a cultura é entendida como parte da questão ideológica de uma sociedade, implicando em duas ordens de problemas: (1) entre as classes sociais e entre as várias instâncias da realidade; (2) entre a infraestrutura econômica e a superestrutura cultural. [Pág. 78, NAPOLITANO].
A partir dos anos 1930, o campo marxista sofisticou a reflexão em torno da questão cultural e ideológica, entendendo a relação entre as duas categorias para além de determinismo econômico e das visões instrumentais de cultura como forma de manipulação direta das classes dominantes sobre as classes dominadas. [Pág. 79, NAPOLITANO].
[...] a abordagem dos historiadores da cultura se aproximava da adotada pela História das Ideias e pela História da Arte, [...]. Com a Escola dos Annales, [...]. O espectro das pesquisas históricas ampliou-se bastante. [Pág. 80, NAPOLITANO].
Nova História Cultural “A corrente da Nova História Cultural critica tanto a ideia de “mentalidades”, que enfatiza as permanências e estruturas culturais inconscientes, quanto a ideia de cultura como “superestrutura” simbólica determinada ou influenciada por uma “infraestrutura” material. [Pág. 80, NAPOLITANO].
- SUGESTÕES DE TRABALHO ESCOLAR EM TORNO DA QUESTÃO CULTURAL
As propostas giram em torno de quatro grandes eixos de discussão, acompanhados de temas correlatos (colocados entre parênteses):
Identidade e pluralidade (tolerância, convivência cultural e étnica, alteridade, cultura popular)
“Conforme os PCNS, a temática da pluralidade cultural diz respeito ao conhecimento e à valorização de características étnicas e culturais dos diferentes grupos sociais que convivem no território nacional, às desigualdades socioeconômicas e à crítica às relações sociais discriminatórias e excludentes que permeiam a sociedade brasileira, oferecendo ao aluno a possibilidade de conhecer o Brasil como um país complexo, multifacetado e algumas vezes paradoxal [...]”. [Pág. 81, NAPOLITANO].
“Dentro desse grande eixo, destacam-se alguns temas específicos, tais como a questão da alteridade (a relação com o “o outro”), memória (substrato herdado das identidades), subcultura (nichos particulares de identidade e comportamento dentro de uma sociedade), tolerância (o respeito e o convívio entre os grupos socioculturais), etnia (bases identitárias dos grupos humanos), culturas de classe (valores, modos de vida e símbolos dos estratos socioeconômicos de uma sociedade), gênero (relação entre homens e mulheres, identidades sexuais).” [Pág. 81, NAPOLITANO].
“O eixo das “pluralidades culturais” também está relacionado com um dos temas que mais demandam a ação escolar, ou seja, a promoção da “cultura da paz” [...]” [Pág. 82, NAPOLITANO].
Cultura de massa e consumo cultural (indústria cultural, meios de comunicação, subculturas juvenis, alienação, formação cultural, informação)
“[...] A relação entre escola e cultura massificada tem sido bastante problemática à medida que a escola perdeu o lugar privilegiado na reprodução dos valores sociais, prerrogativa fundamental que lhe deu substância e valorização institucional [...]” [Pág. 82, NAPOLITANO].
“[...] o tema da massificação da cultura é fundamental no mundo contemporâneo, pois os circuitos industrializados da cultura e da comunicação de massa, em última instância, são fundamentais na construção de identidades e valores do ser social, sobretudo a partir da segunda metade do século XX.” [Pág. 83, NAPOLITANO]
Mídia e à indústria cultural: “[...] a cultura escolar pode desempenhar, sob certas circunstâncias e dentro de limites, o papel importante polo gerador de debates e pensamento crítico sobre os efeitos da mídia e da massificação cultural.” [Pág. 83, NAPOLITANO].
Patrimônio e herança cultural (memória, paisagem, história, cultura material, preservação, identidade nacional, identidade social, comunidade, patrimônio material e imaterial)
“Os valores, coisas e símbolos “herdados” das gerações passadas constituem o patrimônio cultural de uma sociedade, ou mesmo, considerando sua amplitude, da própria humanidade como tal. Aquilo que um dia teve uma função prática ou instrumental, com o passar do tempo torna-se um documento material para conhecer o passado.” [Pág. 84,
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