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A HISTÓRIA DO FUTEBOL NO BRASIL

Por:   •  17/4/2018  •  2.737 Palavras (11 Páginas)  •  277 Visualizações

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Na década de 1910, surgiram clubes e federações por todo o Brasil, cada estado começou a realizar seu próprio campeonato e cresceu o interesse do público e da imprensa pelo esporte. Em 1914, criou-se a Federação Brasileira de Sports e, dois anos depois, a Confederação Brasileira de Desportos (CBD). Em 1919, o Brasil sagrou-se campeão sul-americano de futebol ao vencer o Uruguai por 1 a 0, no Rio de Janeiro. Com a difusão do esporte por todo o país foi realizado, em 1922, o primeiro campeonato de seleções estaduais.

Durante quase quarenta anos o futebol foi exercido no Brasil por amadores — estudantes, empregados de companhias e jovens de nível social elevado. Em 1933, oficializou-se, no Rio de Janeiro e em São Paulo, o profissionalismo, até então praticado de forma disfarçada. Após um período de transição, em que os jogadores hesitaram em aceitar o novo regime, teve início a fase de afirmação do futebol brasileiro, em 1938, ano da primeira Copa em que o Brasil chegou às semifinais e ficou em terceiro lugar.

As arrecadações das partidas aumentaram e estimularam a construção de estádios, o maior dos quais foi o Maracanã, inaugurado no Rio de Janeiro em 1950, para a IV Copa do Mundo. Em 1959, nasceu a Taça Brasil, um campeonato interclubes de âmbito nacional, disputada em eliminatórias pelos campeões estaduais. Em 1971, o torneio foi oficializado como Campeonato Brasileiro de Clubes, cujos vencedores disputam com clubes de outros países sul-americanos a Taça Libertadores da América.

[pic 1]

Figura 3 – Time da seleção do Brasil campeão das Olimpíadas Rio 2016.

Fonte: Google (2016)

Copa do Mundo

A idéia de organizar um torneio de futebol internacional a cada quatro anos surgiu em 1928, por sugestão do então presidente da FIFA, o francês Jules Rimet. O troféu de ouro maciço, que mais tarde recebeu seu nome, seria de posse provisória, até que algum país o conquistasse por três vezes. Com 1,8kg e trinta centímetros de altura, a Taça Jules Rimet representava uma Vitória alada, que segurava nas mãos um vaso em forma de copa.

A I Copa do Mundo foi disputada no Uruguai, em 1930, por 13 países. A longa viagem por mar dificultou a participação de muitas seleções européias. A competição foi disputada em três fases: uma de classificação antes das semifinais e da final. O Brasil foi eliminado pela Iugoslávia na primeira fase. A final, disputada entre Argentina e Uruguai, terminou com a vitória dos anfitriões por 4 a 2.

Mais bem organizada e com mais participantes, a II Copa do Mundo teve como sede a Itália, em 1934, onde o governo fascista tentou fazer da competição um instrumento de propaganda política. Trinta e dois países se inscreveram para disputar a competição (três desistiram e os outros disputaram as eliminatórias para a escolha de 16 finalistas). Num sistema de eliminatórias simples, o Brasil foi derrotado na primeira fase pela Espanha, por 3 a 1. Itália e Tchecoslováquia decidiram o título, e mais uma vez a equipe anfitriã sagrou-se campeã.

Na III Copa, na França, não foram os franceses que brilharam em 1938, e sim os italianos, novamente campeões. Com a participação de 15 seleções, a III Copa seguiu os modelos da anterior, com jogos eliminatórios desde a fase das oitavas-de-final, realizados em nove cidades. O Brasil teve sua melhor participação no torneio, graças ao talento de Leônidas da Silva, Tim e outros craques: chegou às semifinais, mas perdeu de 2 a 1 para a Itália, que sagrou-se campeã.

Após 12 anos de interrupção, provocada pela segunda guerra mundial, a IV Copa do Mundo foi disputada em 1950, no Brasil. A FIFA aprovou uma nova fórmula de torneio: participavam da primeira fase, classificatória, 16 seleções divididas em quatro grupos, de cada um dos quais duas classificavam-se para as oitavas-de-final. A final foi amarga para o futebol brasileiro: o Uruguai surpreendeu e derrotou por 2 a 1 a equipe do Brasil.

Na V Copa, realizada na Suíça em 1954, o mundo conheceu uma das melhores seleções de todos os tempos, a da Hungria. Prevaleceu, porém, a determinação tática da Alemanha, que chegou ao título com uma vitória sobre a Hungria na final. O Brasil, treinado por Zezé Moreira, foi eliminado pela Hungria nas quartas-de-final.

Garrincha, Didi e Pelé foram os grandes nomes da seleção brasileira de 1958, que ganhou na Suécia a VI Copa do Mundo, conquistando seu primeiro título mundial com uma campanha memorável: seis jogos, cinco vitórias e um empate, com 16 gols a favor e quatro contra. Na final, a equipe treinada por Vicente Feola superou a Suécia por 5 a 2 e foi a primeira seleção a conquistar a Copa fora de seu continente.

A VII Copa do Mundo, no Chile, em 1962, serviu para reafirmar a superioridade brasileira, cuja seleção, quatro anos mais velha, ainda teve fôlego e técnica para conquistar o bicampeonato. Com a contusão de Pelé na segunda partida da competição, Garrincha sagrou-se o melhor jogador do torneio, e a seleção brasileira conseguiu uma campanha idêntica à de quatro anos antes: seis jogos, cinco vitórias e um empate. Treinada por Aimoré Moreira, a seleção derrotou a Tchecoslováquia na final por 3 a 1.

A Inglaterra, anfitriã da VIII Copa do Mundo, conquistou em 1966 a mais defensiva de todas as Copas. Na competição, surgiu o conceito da equipe sem especialistas, com cada jogador atuando ao mesmo tempo na defesa e no ataque. A seleção brasileira, novamente sob o comando de Vicente Feola, não conseguiu passar das oitavas-de-final, derrotada por Hungria e Portugal por 3 a 1. Na final, a equipe inglesa venceu a Alemanha Ocidental por 4 a 2, na prorrogação.

Na IX Copa do Mundo (México, 1970), a seleção brasileira conseguiu obter a posse definitiva da taça Jules Rimet. Pela primeira vez a competição era transmitida ao vivo pela televisão. Com uma campanha notável, a equipe treinada por Zagalo — que substituiu João Saldanha, afastado durante a fase de classificação — venceu todos os seis jogos, marcou 19 gols e sofreu sete. Pelé consagrou-se como “rei do futebol”, um mito para o esporte.

Na XII Copa (1982), a FIFA aumentou de 16 para 24 o número de seleções participantes e dividiu-as em seis grupos de quatro seleções, das quais apenas as duas primeiras colocadas passariam à segunda fase. Formavam-se então quatro grupos de três equipes. Os vencedores de cada grupo disputariam as semifinais. Sob o comando de Telê Santana, o Brasil foi desclassificado pela Itália. Na final, a Itália

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