Trabalho Primeiro Semestre Unopar Geografia
Por: Rodrigo.Claudino • 2/11/2018 • 2.831 Palavras (12 Páginas) • 620 Visualizações
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Outro ponto a ser apontado desta corrente teórica é o encorajamento dado ao estudante a fazer uma revisão crítica de todo conhecimento passado a ele, e da mesma maneira da realidade social que o rodeia. Desta maneira, o pensamento crítico-social serve para a constituição de sujeitos politicamente conscientes e pensantes, sem a necessidade de recorrer a recursos puramente ideológicos e manipuladores.
De outra forma, esta pedagogia formaria alunos totalmente sem a objetividade necessária para que se veja a realidade em que se vive com o mínimo de capacidade crítica. Portanto objetivo desta corrente é, propiciar um ambiente no qual o aluno possa interagir com o conhecimento ofertado pelo professor, e tendo também como base suas próprias experiências cotidianas. A ação dos professores é muito importante para o aprendizado do aluno, mas a integração ativa deste no processo educativo é essencial.
Segundo o autor e teórico Paulo Freire (2005) “A teoria sem a prática vira 'verbalismo', assim como a prática sem teoria, vira ativismo. No entanto, quando se une a prática com a teoria tem-se a práxis, a ação criadora e modificadora da realidade. ”
A concepção Positivista da educação é bem diferente da corrente teórica que foi apresentada anteriormente. O filósofo Augusto Comte (1798-1857) foi o pai do Positivismo, corrente filosófica que tem por objetivo explicar as leis do mundo social com fundamentos nas ciências exatas e biológicas. Foi também o grande estruturador da sociologia, dividindo a mesma em duas áreas: a estática social e a dinâmica social.
Para o Positivismo apenas o conhecimento científico é verdadeiro, então afirmações ligadas ao sobrenatural, à divindade logo não são aceitas. Comte criou uma nova ordem espiritual do positivismo, onde a humanidade seria venerada, e não mais a divindade. Essa ideia veio do fato de Comte considerar a humanidade como sendo uma entidade unitária, que o mesmo batizou de Grande Ser.
Na escola positivista a disciplina é fundamental. Para os positivistas com as inferências do ensino científico é que a maturidade do indivíduo será alcançada. Para isso que isso aconteça, os estudos científicos terão plena prioridade sobre os estudos literários e o objetivo da escola positivista é promover o altruísmo e repreender o egoísmo.
No artigo “Função social da escola e organização do trabalho pedagógico”, o autor José Geraldo Silveira Bueno (2001), tem uma concepção crítica sobre a escola atual, Silveira Bueno já no início de seu artigo deixa claro que não concorda com o argumento usado por muitos estudiosos, de que a democratização do ensino nas últimas décadas (ampliação de vagas; mais alunos; mais professores) foi responsável pela queda da qualidade na atuação da escola. Contrário a este argumento, o autor aponta que cada unidade escolar, (mesmo com todos os problemas estruturais e das políticas educacionais falhas), chamem para si o desenvolvimento de suas práticas pedagógicas, tendo como base a realidade que está inserida. A escola, enquanto unidade/espaço, pode fazer a diferença para o aluno, por ser um ambiente privilegiado para trocas e convivências sociais. Na opinião dele, para que isso aconteça, seria preciso nas unidades escolares, um projeto envolvendo todos: alunos, professores, gestores, funcionários e comunidade. Para isso, aponta como possíveis pontos de partida, algumas sugestões:
1. Configurar um projeto pedagógico real com envolvimento e participação de todos os elementos que compõem o quadro sócio educacional, priorizando o acesso à cultura, o desenvolvimento da cidadania e a consciência do espaço social, tendo como variante, a história de cada escola.
2. Privilegiar o cotidiano da escola com redução da distância entre discurso e prática, favorecer acesso ao conhecimento e organização do tempo escolar.
3. Estabelecimento de metas precisas e gradativas para acesso ao conhecimento, para a formação do cidadão e para o convívio social.
O autor repete o que vem sendo discutido na teoria há muito tempo, porém a execução da prática esbarra em professores mal remunerados e desestimulados, gestores indicados politicamente, unidades escolares situadas em áreas de alto risco, violência explícita em ambientes escolares e falta de interesse das comunidades. As sugestões do autor se encaixam muito bem em escolas de pequeno porte, mas em escolas que suportam um grande número de alunos em ambiente escolar degradado, sem material didático, sem aparelhamento apropriado e turmas infladas com 40 ou 45 alunos, tais sugestões podem até ser apresentadas, mas, o cumprimento das mesmas é muito difícil. Mas para que seja mais fácil a aplicação dessas ideias, o autor sugere que cada escola desenvolva sua própria política de atuação de acordo com a comunidade à qual ela está inserida, mas as condições socioculturais, humanas e estruturais que facilitariam êxito a uma unidade, possivelmente não se repetiriam em outra unidade com realidade adversa. Nesse sentido, é absolutamente necessário o desenvolvimento de um amplo projeto político-educativo que dê às unidades escolares e aos professores, as condições gerais básicas para que a partir daí as escolas possam buscar seus próprios caminhos.
2.2- Função Social da Escola e do Estado
Pensando a função de que a escola e seus professores não devem passar apenas conhecimento científico a seus alunos em suas vastas disciplinas: português, matemática, filosofia, história, geografia, educação física, etc., eis que surge a questão: Qual a função da escola como Instituição Social? A postura da escola como Instituição Social é a de trabalhar na formação de cidadãos conscientes que sejam capazes de compreender e criticar a realidade a sua volta, e que estes busquem a superação das desigualdades.
Fazendo uma pequena análise do primeiro e terceiro artigo da LDB:
Em seu Primeiro Artigo, a LDB deixa claro que os processos formativos do cidadão não se vinculam apenas à escola, mas também em organizações, manifestações democráticas de movimentos sociais e na família, que é a base de para tudo, pois uma boa educação em casa reflete na escola. Percebemos que a educação escolar se desenvolve predominantemente (não exclusivamente) em instituições próprias, isso nos leva ao pensamento das diversas formas de ensino que encontramos hoje em dia: como os cursos EAD, palestras, simpósios, seminários, congressos, fóruns, tudo isso para ajudar na formação emancipadora do cidadão. Evidencia
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