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Relatório de Cartografia

Por:   •  17/6/2018  •  1.746 Palavras (7 Páginas)  •  395 Visualizações

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Seguidamente formos conhecer a “Pedra dos índios” localizada no sitio Muquém, que tem nome provindo de origem indígena. Sabe-se que antigamente foram até o local algumas pessoas pra estudar os traços feitos naquela rocha, as inscrições que nela existem, porém até hoje não sabe ao certo se naquele lugar houve ou não a passagem de índios, ou seja, se ali já foi um sítio arqueológico. Apesar de já terem sido encontrados alguns fósseis e pedaços de cerâmica não se chegou a nenhuma conclusão, tem que haver um estudo mais detalhado para certificasse, mas a população da comunidade luta para que se algum sítio arqueológico for encontrado, que ele seja reconhecido. Há toda uma misticidade no lugar, com a utilização de coisas naturais para fazer chás e outras coisas, além de serem produzidas muitas coisas de barro e artesanatos que provavelmente também eram utilizados naquela localidade.

Na próxima parada observamos o Senhor Zé de Mecer falou um pouco sobre a casa de farinha, a qual era bastante utilizada por toda a comunidade, pois o cultivo da mandioca e de algodão foi por muito tempo praticamente a única fonte de renda das comunidades. Na casa de farinha eram produzidas a farinha da mandioca e a goma para a fabricação da tapioca e do beiju. Infelizmente a cultura foi deixando essa atividade para trás devido a modernização da produção da farinha e da coma por indústrias alimentícia e a comercialização desses produtos de forma bastante barata, o que fazia com que a produção manual não compensasse mais. Mas não deixou de ser de grande importância para a cultura da localidade, pois conta a sua história.

Logo após a casa de farinha, fomos todos conhecer o olho d’água que dá nome ao lugar, porque antes havia uma tribo indígena por lá. A barragem que existe logo após o olho d’água foi construída para impedir que a água fosse para a comunidade, mas antes de terminar caiu. Existe uma cruz, devido uma criança que morreu por lá provavelmente afogada, mas o pessoal da região fala que ela foi arrastada pela mãe d’água, uma crendice folclórica.

Na escola está sendo desenvolvido um projeto de ecologia, e alguns alunos de mestrado estão promovendo uma parceria com a associação da comunidade para ajudar aos alunos fazerem uma agricultura focada na agroflorestal, identificando as espécies nativas que existem na mata atrás da escola e produzindo sementes das espécies nativas, ou seja, com o objetivo de mapear as espécies nativas, coletar as sementes e multiplicar as sementes fazendo mudas para novas plantações. Eles utilizam as sementes crioulas que são aquelas que são adaptadas às condições daquele lugar. Eles desenvolvem esse projeto para que a escola sirva de modelo para outras, incentivando a preservar e resgatar a agricultura familiar.

A Cerca de Pedra ela separa a parte mais da encosta para as áreas mais de baixo. Essa cerca foi construída também para dividir as áreas de produção agrícola e de gado. Logo após ela é possível chegar ao município de Barbalha, na comunidade de Santa Rosa.

Após o almoço, fomos entrevistar os pais do Lírio, que são Maria Dias Nobre e José Willian Nobre. A Dona Maria nos convidou para entrar e sentar para que assim o seu esposo pudesse nos contar melhor sobre a história da comunidade e da sua vida. Ele começou dizendo que é morador da comunidade de Baixio das Palmeiras há mais de 50 anos, nascido e criado na comunidade. Todos estão um pouco preocupados com a transposição do Rio São Francisco que ameaça cortar um a área onde habitam, pois talvez seja necessário ter que se retirar das propriedades por causa do barulho e ter prejuízo com a perda de terras. Segundo ele, os moradores já ouviram falar de pessoas que se sentiram mal com a notícia que iam perder as casas por conta da transposição, pois elas se importam com a questão cultural e o apego que têm com a comunidade.

Hoje em dia o senhor Willian não trabalha mais com a agricultura por conta da velhice, mas ainda cria ovelhas, galinhas e outros animais, plantam roças pequenas de milho e feijão no terreiro de casa, mesmo já aposentado. Tem dezenove irmãos e seis filhos. Ele diz que sente falta da tranquilidade que tinha antigamente, pois com o passar do tempo a comunidade vem crescendo, e a família dele foi uma das primeiras que habitaram na comunidade. Começou a trabalhar na roça com oito anos de idade, e com a questão do lucro para eles nunca faltava o essencial, e o que sobrava da colheita eles tipo trocavam por outros alimentos. Segundo eles o nome Baixio das Palmeiras surgiu por que na comunidade tinham muitas palmeiras. E antes muitas pessoas conhecidas como retirantes vinham de outras comunidades em busca de trabalho em engenhos e outros trabalhos.

Terminando a conversa ele e sua esposa foram bastante gentis ao nos oferecer um café. Logo após fomos conhecer a casa do irmão do Senhor Willian, que se chama Narcélio Ferreira Nobre, casa a qual, segundo o Senhor Willian, a transposição irá passar por o terreno se a comunidade não conseguir impedir o processo.

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Universidade Regional do Cariri – URCA

Centro de Humanidades – CH

Departamento de Geociências – DEGEO

Disciplina: Cartografia Básica – Noite

Professor: Jorn Seemann

Alunas: Andressa

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