Geografia 12ªClasse/ Clementino Semo

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ao crescimento dos bens e serviços a desposição do público não é mais doque o que se conhece como inflação.

A inflação pode ser considerada como moderada, galopante e hiperinflação mesmo considerado a inexistência de fronteiras bem definida entre estes três qualificadores.

Organização territorial do comércio

A organização territorial do comércio não é homogénea, porque há diferenças intra e interespaciais. No entanto, elas serão mais notórias se estabelecermos a comparação entre zonas rurais e urbanas.

Com o desenvolvimento dos transportes e da expansão urbana permite maior dinamismo comercial bem como favorece novas localizações desta actividade. A mobilidade humana, nesse processo, é muito importante porque ela, desempenha um papel fundamental se considerarmos os locais de produção e os de consumo. O comércio inter-relaciona-se como o espaço, desenvolve-o e (re)organiza-o.

Com alguns modelos teóricos que nos podem ajudar a entender como o comércio pode organizar-se territorialmente, a destacar-se:

O modelo de von Thünen, por exemplo, ao mostrar como e porque varia a utilização do solo agrícola com a distância relactivamente a um mercado, chama a atenção para os factores económicos, particularmente o custo de transporte.

O modelo de Weber ( o de localização industrial), também podemos encontrar aspectos ligados à organização espacial do comércio, no seu modelo estão em evidência três factores regionais que afectam os custos de produção: o custo das matérias-prima, o custo do transporte das matérias-primas e dos produtos e, finalmente, o custo da mão-de-obra.

Os factores dinamizadores das relações comerciais

Os factores dinamizadores das relações comerciais são:

A distância, condiciona a circulação de bens e serviços e, em função da acessibilidade, favorece o fluxo do volume comercial.

A especialização, da produção conduz a uma maior rentabilidade. Segundo a Teoria do comércio internacional cada país deveria especializar-se na produção de artigos que pudesse produzir de forma vantajosa, trocando, posteriormente, o excedente dessa produção por artigos produzidos por outro paises. Este facto traria maior disponibilidade de bens e serviços para as respectivas populações, a preços mais acessíveis, aumentando-lhe as possibilidade de consumo e elevando, assim, o seu bem-estar.

A complementariedade, decorre da diferenciações regional, dai que seja um factor essencial para o comércio. Uma região produz o que a outra necessita garantindo assim a oferta e a procura.

As políticas comerciais, tem um papel importante na medida em que a sua repercussão tanto se pode fazer sentir no contexto nacional como internacional (sem perder de vista os factores atrás referidos).

As grandes regiões comerciais do mundo

As grandes regiões comerciais do mundo com poder económico a nível global são:

Os Estados Unidos da América, Japão e a União Europeia.

É neste conjunto que encontramos o G-8, o grupo dos oito, ela é responsável pelas mais importantes decisões mundiais e congrega os seguintes paises: EUA, Canadá, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Itália, Rússia e Japão.

Nos países em desenvolvimento esforçam-se por promover o comércio entre si. Há uma nova dinâmica da geografia de comércio relativamente à crescente participação dos chamados países do eixo Sul-Sul na economia global.

Balança comercial

É a relação entre o valor das exportações e o das importações de qualquer país. É positiva quando as exportações são maiores que as importações e deficitária ou seja negativas, quando a relação é oposta.

Balança de pagamentos

É um registo de transacções envolvendo recebimentos ou pagamentos em relação ao estrangeiro. Porém, também regista transacções que não dão origem a recebimento ou pagamentos (como o caso das transferências Unilaterais, especialmente donativos em forma de mercadorias).

Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), a balança é o registo sistemático de todas as transacções económicas realizadas, durante um certo período, entre residentes do país e residentes de outros países (estrangeiros).

Débito e Crédito

São todas as transacções que representarem saída de divisas serão consideradas como itens de débito e todas as que resultarem em entrada de divisas para um determinado pais itens de crédito.

Podemos representá-la da seguinte maneira, esquematicamente:

Débito ( - )

Importação de bens e serviços;

Exportações de capital;

Aumento de haveres no exterior (aumento das reservas de ouro ou da posição credora dos banqueiros nacionais junto aos banqueiros estrangeiros);

Decréscimo das obrigações no exterior (decréscimo da posição devedora dos banqueiros nacionais junto aos banqueiros estrangeiros).

Crédito ( + )

Exportação de bens e serviços;

Importações de capital;

Decréscimo de haveres no exterior (diminuição das reservas de ouro ou da posição credora dos banqueiros nacionais junto aos banqueiros estrangeiros);

Acréscimo das obrigações no exterior (aumento da posição devedora dos banqueiros nacionais juntos aos banqueiros estrangeiros).

Principais características do comércio internacional e grupos de produtos comercializados

O comércio internacional ou externo baseia-se fundamentalmente no intercâmbio de mercadorias e ela é vital para a balança comercial de um país (por meio dos seus fluxos de importação e exportação) e caracteriza-se pelos seguintes aspectos:

Possui um carácter mundial;

Há um aumento progressivo do volume e do valor dos bens derivados do crescimento económico e populacional;

Exige uma complexa organização bancária e financeira;

A diversificação de produto é progressiva;

A eficácia dos meios de transportes é fundamental;

É