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Artigo de Geografia

Por:   •  2/1/2018  •  9.122 Palavras (37 Páginas)  •  243 Visualizações

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De maneira que se possa desenvolver e dar possibilidades de estudar e compreender as múltiplas formas que caracterizam o planeta e as relações humanas que acontecem no seu interior. Com as aulas de campo, todo estudo se materializou em harmonia com os temas das aulas e dos livros didáticos.

Criando um efeito de entendimento muito maior por combinar a teoria e a visualização na prática. Sustentado por vídeos, leituras em jornais, Power Point, mapas, globo terrestre, termômetro, que utilizados nas aulas, auxiliaram o entendimento das explicações de modo que os alunos conseguiram compreender, interiorizar o conhecimento, aumentando suas médias na disciplina de Geografia na Escola Municipal Oliva Enciso, nas turmas de 5º ao 9ºano.

Para consolidar este trabalho e embasar o conhecimento dos alunos, confeccionamos um dicionário com palavras colhidas durante as aulas, ministradas em 2015. Incluindo a Escola Estadual Hércules Maymone no trabalho de pesquisa, com a turma de 3º ano do ensino Médio. Realizamos aulas com o auxílio de Power Point e a utilização de mapas para falarmos de temas como a obsolescência programada, blocos econômicos, países latinos e etc. As dúvidas ou desconhecimento de expressões, palavras, conceitos e nomenclaturas foram catalogadas e compuseram um Pequeno Dicionário para o Ensino Fundamental e outro para o Ensino Fundamental, em duas modalidades: digital e analógico, onde a foto segue-se da explicação. Este material foi ofertado as escolas como agradecimento pela colaboração dispensada durante a ancoragem do projeto nas escolas.

A necessidade de embasar a educação nos dias atuais sob os pilares das tecnologias é uma realidade cada vez mais necessária diante do aparato tecnológico disponível aos alunos. E tornar o processo de aprendizagem como algo ativo que empolgue mais, que seja atrativo e permita que as construções cognitivas aconteçam em tempo individualizado, propicia alcançar os objetivos propostos pela educação. Oferecendo uma maior reflexão, otimizando o poder de pesquisa, aprofundando as ideias e conceitos, facilitando a prática, a utilização dos recursos tecnológicos instiga o aluno a se interessar cada vez mais pela descoberta do saber.

Promovendo o desafio contínuo de sempre incorporar o conhecimento prático a observação e a identificação, a fim de estimular o aluno a relacionar, a comparar, a analisar, a divergir, a inferir as experiências da vida cotidiana com os temas das aulas. Fazendo com que o conhecimento da disciplina, desenvolva e registre o processo de construção do conhecimento com o uso adequado das tecnologias sob a mediação direcionada do professor. Como ferramentas auxiliares, os mapas, tabelas, termômetros, imagens de satélite, sites como o do IBGE, uso de PowerPoint, entre outros, possuem a capacidade para transformar cada vez mais as aulas de Geografia em algo estimulante e prazeroso, fazendo o aluno gostar e se interessar pelo estudo.

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GEOGRAFIA E APRENDIZADO

A história da educação no âmbito geográfico, nos faz olhar a geografia como matéria escolar obrigatória, no Imperial Colégio de Pedro II no Rio de Janeiro em 02 de dezembro de 1837. Positivista e preocupada com as regiões, como Manuel Said Ali Ida contempla em sua obra Compêndio de Geografia Elementar, em 1905, o saber se concentrava em conhecer os mananciais das regiões brasileiras. Tradicionalista a geografia de La Blache é criticada em sua metodologia, sofre transformações pedagógicas na visão de Paulo Freire que defende o conhecimento construído, aplicado e correlacionado a vivência do cotidiano.

No ano de 1934 a Geografia inicia sua trajetória na Universidade de São Paulo com a forte base tradicionalista francesa. Com os conflitos e resistências sóciopolítico-culturais da época encontramos uma geografia voltada para uma elite, visando formar e estimular a vida política e o patriotismo, nos anos 60 e 70. Com Yves Lacoste a Geografia ensinada nas escolas toma um novo rumo e passa a ser crítica, como demonstra em seu livro A Geografia serve, antes de mais nada para fazer a guerra em 1977. A criação da Integração Social fez com que os Programas escolares incluíssem a disciplina de Estudos Sociais, (Lei nº 5692 de 1971). No final da década de 70, Milton Santos lança o livro Por uma Geografia Nova e inicia um processo de problematização do homem que vive neste meio natural, objeto do estudo da geografia. Preocupado com as relações ocorridas dentro dos diversos espaços geográficos, começa a debater o pensamento e o levam para o universo de acontecimentos do homem–natureza-tempo no cenário mundial. Milton Santos coloca a vida acadêmica como uma construção infindável e resgata a figura do geógrafo e sua importância vital para o entendimento do espaço mundializado geográfico onde vive o homem atual e coloca as tecnologias á serviço destas reflexões filosóficas.

Neste cenário, deste mesmo século, o nome de Aziz Ab’Saber, que traz ao conhecimento o relevo e a geomorfologia das regiões brasileira. E em uma de suas entrevistas coloca:

A educação é o meio pelo qual a criança se integra ao processo civilizatório e à sociedade. Ela deve ter três bases: o domínio do saber acumulado, as oficinas de talentos e o conhecimento da região. É aí que entra a Geografia, com sua capacidade de ajudar o aluno a entender o local onde vive. Só assim ele poderá, mais tarde, atuar sobre esse ambiente. Por isso, todo professor precisa dominar seu entorno, sua população e seus problemas. Não basta saber o bê-á-bá e usá-lo em leituras inconsequentes de velhos livros didáticos. São espaços didáticos cuja função é estimular as crianças em algumas direções. Eu insisto que o foco da educação deve ser o estudo de soluções para problemas regionais. Na beira do Amazonas, é fundamental pensar na melhor forma de navegá-lo; no sertão do Nordeste, cabe às oficinas refletir sobre como conseguir água o ano todo. No Pantanal, a questão casos, o ideal é abrir caminho para unir o que as pessoas já sabem com o que podem descobrir, se forem incentivadas. A recuperação do conhecimento regional e um professor disposto a procurar e incentivar talentos podem mudar a realidade nacional. Esse é o papel do educador competente é estimular as formas de economia que protegem a biodiversidade. Em todos os casos, o ideal é abrir caminho para unir o que as pessoas já sabem com o que podem descobrir, se forem incentivadas. A recuperação do conhecimento regional e um professor disposto a procurar e incentivar talentos pode mudar a realidade nacional. Esse é o papel do educador competente. (Revista Nova Escola edição

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