A Representação Espacial em Geografia

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Outro recurso gráfico utilizado no ensino da Geografia e na confecção desse processo didático é a fotografia. O exercício de observar a paisagem e fotografá-la resultou numa prática pedagógica diferenciada, pois, através da expressão fotográfica e da análise de imagens é possível um olhar mais atento, comparativo e crítico sobre as paisagens. Em síntese, por meio deste trabalho, foi possível aplicar uma dinâmica reflexiva sobre o papel desempenhado pela linguagem gráfica na formação de leitores críticos da paisagem - categoria fundamental na análise geográfica.

A PORÇÃO SUL DE IBIRITÉ: UM OLHAR SOBRE O USO DA TERRA

A respectiva análise consiste em apresentar as transformações decorrentes de ações e dinâmicas naturais e/ou antropológicas no uso do solo na Porção Sul de Ibirité, mediante a uma pesquisa prévia dos elementos que constituem a paisagem, fundamentada ao uso da linguagem gráfica –imagem aérea da região em 1994 e da imagem de satélite em 2014.

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Imagens aéreas da Porção Sul de Ibirité em 1994 e 2014, respectivamente.

A fotografia área de Ibirité nos introduz aspectos importantes da caracterização da região. Nota-se a existência de redes de drenagem, como cursos d’agua, lagoa e represa. Na porção centro-superior, áreas de uso antrópico (áreas de cultura e pastagem plantada, edificações urbanas e rurais, vias de circulação, linha de transmissão, um campo de futebol), área desmatada e de solo exposto. Atentam-se também os tipos de cobertura vegetal: cerrado, campo, mata e mata galeria

Conforme comparação das imagens, a observação tempo-espaço nos leva a constatação da expansão da malha urbana em relação à fotografia de 1994. As áreas de uso antrópico como as vias de circulação foram pavimentadas e reduzidas, as edificações tornaram-se mais densas, embora as rurais mantenham-se esparsas.

Reparam-se transformações na heterogeneidade e na caracterização das áreas de cultivo, por exemplo, a retirada de áreas de pastagem plantada,

A cobertura vegetal permaneceu e alguns locais que possuíam, por exemplo, cultivações de carpineira, deram lugar à recuperação da vegetação, o que acontece, também, na região onde atividade mineradora ocorria.

Em concordância com essa analise prévia, infere-se que as principais mudanças no uso do solo da região ocorreram devido à relação sociedade-natureza, embora as dinâmicas de ordem antropológica sejam em proporção superior a de ordem natural.