Uma História Social do Conheimento

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Essa última questão, sobre a relação direta que Burke faz em sua obra “organização do conhecimento”, até mesmo o próprio título do capítulo 5 “uma historia social do conhecimento” pelo fato de ser um historiador e professor, quando registra este tema faz um levantamento minucioso de todos os filosofos, estudiosos e autores contemporâneos que contribuiram com as sequências das divisões e subdivisões e nomenclaturas. Na verdade como os indivíduos e a própria existência permitem criar, recriar e desconstruir, o que foi elaborado com a queda de um sistema surge um novo, por consequência a nova teoria deve ser forte o suficiente para sobrepor a anteriror.

Não houve um ruptura abrupta em nenhum dos casos, tanto a divisão, classificação e a subordinação do conhecimento foram construidas dentro de realidades e que ao nascerem relacionavam-se com a cultura onde sua existência fora lógica para o conhecimento do grupo, diretamente ligadas ao uso técnico. Um exemplo simplicado desse entendimento foi a “filosofia” que era subordinada a “teologia”. Até mesmo a partir dessa premissa, hoje a nossa a filosofia ramo do conhecimento em sua essência é a de estudar as estruturas científifcas de outras disciplinas e sua correta construção.

Tudo que agora usufruimos nas divisões do conhecimento das disciplinas e os próprios instrumentos de classificações por assuntos, suas bases foram inciadas há séculos por pensadores filósofos num processo cíclico de criação e recriação com encadeamento de ideias e processos intensos e repletos de conhecimento humano e suas divisões.

Conclusão

O capítulo 5 do livro de Burke faz um retrospecto profundo, minuncioso, denso e detalhado todo o processo da “classificação”.

Podemos inferir que o autor contempla todos os quatro principais niveis da classificação do conhecimento que autora (Pombo apud Diemer 1974: 145). “identifica quatro grandes orientações, a saber: uma orientação ontológica (classificação dos seres), uma orientação gnosiológica (classificação das ciências), uma orientação biblioteconómica (classificação dos livros) e uma orientação informacional (classificação das informações)”. Nesse sentido Burke prencheu todas a lacunas dos níveis, com dados históricos. Como ambos os textos foram objetos de estudo na disciplina, a autora supra citada em seu texto “classificação dos seres à classificação dos saberes” funicione como visal mais geral,mas é de importância fundamental ao tema. Contudo, a do historiador demande um aprofundamento na teoria do conhecimento e cultura, ambos se complementam.

Ao mesmo tempo é surpreendente a familiaridade terminologica é perfeita e corretamente utilizada, podemos inferir que o texto é complexo de carater histórico inquestionavel já é um clássico da literatura voltada para o desemvolvimento científico e cultural

Referênica

BURKE, Peter.Uma história social do conhecimento: de Gutenberg a Diderot. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.

Pombo, Olga. "Da classificação dos seres à classificação dos saberes."Revista da Biblioteca Nacional de Lisboa 2 (1998): 19-33.

SOUZA, Francisco das Chagas de. Organização do conhecimento na sociedade. Florianópolis: NUP,1998.