Reflexão filosófica sobre ideologia alemã - Marx
Por: Sara • 30/4/2018 • 4.487 Palavras (18 Páginas) • 391 Visualizações
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Platão. A República (Livro VIII)
Neste livro há uma busca por um tipo de organização de governo ideal. Sócrates reconhece que existem cinco formas diferentes de organização de governo, sendo elas estabelecidas pelo resultado de cinco formas diferentes de caráter. No entanto, dentre elas, um tipo seria o ideal. É entendido que esse tipo de organização resultaria uma comunidade de mulheres, uma de filhos e que os melhores filósofos e guerreiros se revelarão soberanos. Após as nomeações, os soldados deveriam ser instalados em casas comunitárias, e receberam da sociedade, como forma de pagamento, o necessário para sua subsistência, tendo em vista que seu dever é zelar pela sua segurança e a segurança de todos. Tendo a proposta de Sócrates como boa, as outras quatro formas eram falhas, sendo observadas e tendo o grau de felicidade, e a relação justo/injusto em cada tipo de organização como mérito de comparação para dizer, se é ou, se não é bom o suficiente esse tipo de organização. A próxima analisa a ser feita, era analisar os homens de cada tipo de governo, sendo comparado ao governo ideal, nomeado “timocracia”, depois a oligarquia, posteriormente a democracia e por fim, tentar considerar a tirania e a alma de quem a pratica. Sócrates percebe que as constituições dependem de que governa, e então ele analisará como e através de que meios, se passa da aristocracia para a timocracia. Sócrates fala sobre a natureza do cidadão timocrático, onde tais homens seriam cobiçosos de riquezas, amantes de honrarias e, na juventude poderia até de desprezar a riqueza, mas com o tempo sua natureza se converteria pela busca da avareza, pois essa é sua natureza. Para a passagem da timocracia para a oligarquia, precisaria da desobediência das próprias leis timocraticas.
Ele afirmava que quando homens são honrados pela riqueza, os homens virtuosos se encontrariam em menor número. O comando da cidade é dado pelo mais rico e influente, tornando a cidade dividida entre ricos e pobres. Para ir da oligarquia para a democracia, partiria do interesse em ter bens e se tornar o mais rico possível. Os jovens ansiariam por riqueza e poder. Os cidadãos dessa cidade organizariam suas vidas da melhor forma que lhes fosse conveniente, onde haveriam cidadãos de todo tipo, como comerciantes, mendigos, homens bons e homens maus. Sócrates diz que quem deseja fundar uma cidade, precisa se basear na democracia, analisando diversas constituições, para enfim, escolher a que lhe é mais conveniente. Sócrates afirmou ainda que uma cidade democrática, não praticaria a justiça, visto que uma criança nascida distante das bases planejadas, se voltaria para o caminho dos vícios, por conta da competição observada em um Estado democrático. Sócrates diz que a passagem da democracia para a tirania se daria em conta, pelo desejo do povo e dos líderes em alcançar a liberdade. Mesmo movimento encontrado na passagem da oligarquia para a democracia.
Aristóteles - A Política (Livro I a III)
Aristóteles entendia por Estado, algo como uma família, uma sociedade, voltado para o bem de todos que a compõe. Vale ressaltar que para ele, e para a época, a família era constituída por homem, mulher, filhos e escravos. Segundo sua filosofia, o homem era condicionado a viver em coletividade, e só assim o homem conseguiria alcançar a felicidade e se tornar um cidadão pleno. Essa coletividade, em certo avanço formaria as cidades. A família possuía um governo, o governo familiar, que é diferente do governo público (Estado). Aristóteles se mostra favorável a escravidão, por entender que tal situação era algo natural, uns nascem para servir, outros para comandar. Todos possuem virtudes, mas elas se diferenciam. Por exemplo, o escravo possui virtudes de obediência e servidão, enquanto senhores nasciam com virtudes de comandar. Dentro das famílias, existia três tipos de poder, o despotismo (senhor que manda no escravo), marital (homem e mulher), paternal (poder do pai sobre o filho). As famílias constituem o Estado, que é entendido como o todo, como um corpo, onde as famílias são partes desse corpo, sendo assim, separadamente eles não funcionam, e ainda o conjunto e diversas famílias é o que forma a pólis. Cabe ao Estado a administração da justiça em nome da ordem social.
Aristóteles evidencia dois tipos de escravidão, a escravidão natural, compreendida como a escravidão natural, imposta pela natureza do indivíduo, e a escravidão convencional, compreendida como a escravidão imposta por alguma lei, como no caso de estrangeiros, prisioneiros. Apesar de ser a favor da escravidão natural, ele fazia críticas ao tipo de escravidão convencional. Aristóteles ainda decorria em suas discussões, sua compreensão sobre cidadania. Era considerado cidadão somente os nascidos e reconhecidos pela jurisdição de seu país, onde sua maior característica era poder de voto. O cidadão deveria se voltar sempre para o bem do Estado. Porém, em todos os diferentes tipos de governo, não existem somente homens de bem. Mesma que não sendo um homem de bem, todos deveriam ser bons cidadãos.
O homem deveria ser dotado de virtudes, cujo a honestidade e a justiça eram uma das mais importantes e eram também a base para se chegar a um Estado feliz. A alma do homem possuía duas partes: a razão (podendo ser contemplativa ou ativa), e outra parte que não participa, apenas “obedece”. Como as pessoas possuem virtudes diferentes, elas também possuem “funções” diferentes no Estado, sendo algumas consideradas como inúteis. Aristóteles dizia que existiam diferentes tipos de regimes políticos, e cada um deles era baseado no número de pessoas no poder, e como elas alcançam tal patamar. Assim como Platão, Aristóteles acreditava que a timocracia era a melhor forma de governo, equilibrada e justa, pois em suas discussões ele sempre tenta achar a melhor forma de se viver, que levaria ao maior estado de felicidade geral.
Políbio - A Teoria das Formas de Governo
É do livro VI da História de Políbio que temos as definições das formas de governo, apresentadas através de Bobbio. Nesta obra, que conta a história de Roma, Políbio evidencia a importância que teve a excelência da constituição romana para explicar o sucesso da política de um povo que conquistou todos os Estados, demonstrando a tese de que a constituição de um povo é a causa do êxito ou insucesso de uma Nação e que é necessária conhece-la para conhecer o povo.
O autor, então, expõe as 3 teses, demonstrando a fixação da sistemática clássica das formas de governo:
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